FC Porto perde em casa com o Arouca e afunda-se na I Liga

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Um ‘bis’ do avançado paraguaio Walter Gonzalez permitiu hoje ao Arouca arrancar uma histórica vitória em casa do FC Porto por 2-1, na 21.ª jornada da I Liga de futebol, atrasando ainda mais os ‘dragões’ na luta pelo título.

Com este desaire, o primeiro em casa esta época, a equipa de José Peseiro, que na próxima jornada se desloca ao terreno do Benfica, passa ter uma desvantagem de 6 pontos para os ‘encarnados’, que lideram provisoriamente, e de 5 pontos para o Sporting, que tem menos um jogo.

Já os arouquenses, que nunca na sua história tinham vencido um duelo com o FC Porto, põem fim a um ciclo de sete jogos consecutivos sem vencer, quatro dos quais para a Liga, e com este resultado sobem ao primeiro terço da tabela classificativa.

O triunfo do Arouca foi alicerçado com uma entrada de rompante da equipa de Lito Vidigal, surpreendendo os locais logo aos 13 segundos, com o golo inaugural – o mais rápido na presente edição da Liga -, apontado por Walter Gonzalez, após arrancada e assistência de Zequinha.

Sofrendo um golo ‘a frio’, o FC Porto precisou de alguns minutos para se restabelecer e estabilizar o seu futebol, antes de começar a criar os primeiros lances de perigo para baliza de Bracali.

Danilo deu o sinal de perigo inaugural para os ‘dragões’, com um remate ao lado, a que se seguiu, pouco depois, um cabeceamento de Aboubakar que teve uma das defesas da noite do guardião do arouquense.

Na sequência desse lance, que resultou em canto, o avançado camaronês acabou por não desperdiçar uma segunda oportunidade, e já perto do quarto de hora, restabeleceu a igualdade, num golpe de cabeça.

Pensava-se que o lance poderia dar mais tranquilidade aos nortenhos, mas apesar de mais dominadores, os comandados de José Peseiro não evitavam que os visitantes, sempre que espreitavam o contra-ataque, causassem calafrios nas bancadas do Dragão.

Assim foi quando aos 20 minutos Nuno Coelho surgiu isolado frente a Casillas, mas não conseguiu superar o guarda-redes do FC Porto na altura do remate, num lance copiado por Mateus, pouco depois, que teve o mesmo desfecho.

Apesar do atrevimento visitante, continuavam a pertencer ao FC Porto as melhores oportunidades para chegar ao golo, mas ora por falta de pontaria, ora pelas intervenções de Bracali a igualdade persistiu até ao intervalo.

No regresso do descanso, os ‘dragões’ voltaram a entrar com uma postura mais ‘mandona’, mas inconsequente no último terço, perante um Arouca que se fechava bem e sorvia todos os espaços nas iniciativas contrárias.

Aboubakar, logo após o reatamento, ainda teve um lampejo junto à área, mas não conseguiu superar o concentrado Bracali, guarda-redes brasileiro que já pertenceu aos quadros do FC Porto e que viu a bola entrar na sua baliza aos 62 minutos, num lance anulado por alegado fora de jogo de Brahimi.

O Arouca mantinha então uma a postura concentrada a defender, e ia armado o contra-ataque, tentando explorar os erros contrários.

Assim aconteceu à passagem do minuto 66, quando após uma pontapé de baliza, Maicon cometeu uma fífia e não conseguir controlar esférico, permitindo que Walter Gonzalez ganhasse o lance e arrancasse para baliza do indefenso Casillas, ‘fuzilando’ para o 2-1.

Maicon, que saiu lesionado desse lance, não escapou aos ruidosos assobios vindos do ‘tribunal’ do Dragão, que ao mínimo passe falhado manifestava feroz desagrado.

Talvez enervados com os protestos das bancadas e com as constantes perdas de tempo do Arouca, os jogadores do FC Porto não mais se encontraram ofensivamente, e à exceção de uma perdida de Marega, não mostraram, até ao final, argumentos para inverter o desaire.

Futebol 365


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