O Sporting empatou hoje com o Rio Ave 0-0, na 21.ª jornada da Liga de futebol, e confirmou a má fase que atravessa, expressa na intranquilidade dos seus jogadores e na falta de intensidade do seu jogo.
A equipa de Jorge Jesus deixou perceber neste jogo a razão de ter sentido tantas dificuldades para ultrapassar duas equipas do fundo da tabela, Tondela e Académica, claramente inferiores a nível individual e coletivo ao adversário de hoje, o Rio Ave.
O que mais sobressaiu na primeira parte foi a intranquilidade que os seus jogadores revelaram, falhando um número anormal de passes, como se a bola tivesse ‘picos’, com particular incidência para William Carvalho, que está a atravessar um mau momento de forma.
Com tantos passes falhados, a dinâmica de jogo da equipa foi afetada, com reflexos na intensidade de jogo, que faltou sempre ao Sporting, formação que surge nesta fase da época com vários jogadores em má forma, com baixo ritmo competitivo e a darem sinais de muita intranquilidade.
Além de William Carvalho, Téo Gutierrez é o caso mais flagrante de um jogador sem condição física para jogar, João Pereira uma lacuna desde o início da época que não foi preenchida no lado direito da defesa, mas hoje o próprio Adrien e João Mário estiveram abaixo do que costumam produzir e a equipa disso se ressentiu, nomeadamente Islam Slimani.
De sublinhar que o Rio Ave, exceção feita aos últimos 20 minutos, em que estacionou o ‘autocarro’ na sua área, foi uma equipa bem organizada defensivamente e que envolveu sempre cinco a seis unidades na suas transições para o ataque, abrindo bem os extremos com Kuca e Kayembe no apoio a Yazalde, o que contribuiu para intranquilizar o Sporting e condicionar o seu balanceamento ofensivo.
O Sporting dispôs da primeira oportunidade flagrante de golo, aos 12 minutos, num ressalto infeliz da defesa do Rio Ave que deixou Bryan Ruiz na cara de Cassio, que negou o golo aos ‘leões’, mas foi Rui Patrício a evitar o 0-1 aos 24 minutos, na cara de Kuca, completamente isolado, e aos 45+1, num remate de Tarantini, que levava o ‘selo’ de golo.
O guarda-redes do Rio Ave Cassio também teve duas intervenções decisivas, uma delas aos 36 minutos a evitar o golo a João Mário, mas o Sporting era uma equipa insegura com a bola e incapaz de emprestar intensidade ao jogo por forma a forçar o adversário a cometer erros defensivos.
De tal maneira que Jorge Jesus só aos 73 minutos fez uma alteração tática e estratégica, com a entrada de Gelson e o ‘sacrifício’ de William Carvalho, por sentir justamente que o Rio Ave podia chegar ao golo.
Fez duas substituições antes, é certo, mas uma forçada por lesão de Paulo Oliveira, aos 51 minutos, tendo entrado Rubén Semedo para o seu lugar, e outra por troca direta, de Téo Gutierrez, aos 61 minutos, por Hernán Barcos, que revelou, obviamente, falta de ligação com os colegas e falta de ritmo.
O Sporting conseguiu ser mais intenso na segunda parte e Adrien e João Mário subiram de rendimento, mas a equipa nunca teve soluções para chegar ao golo e, a partir de certa altura, discernimento para o fazer, mesmo reconhecendo que Gelson agitou um pouco o jogo e forçou a defesa do Rio Ave a baixar o bloco no último quarto de hora e a tapar todos os caminhos para a sua baliza.
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