O Comité Olímpico Internacional anunciou esta quarta-feira a criação de uma equipa de atletas refugiados, que vai participar nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, e que desfilará sob a bandeira olímpica na cerimónia de abertura, a 5 de agosto.
Estão já pré-seleccionados 43 atletas para a equipa, cuja criação foi decidida numa reunião do comité executivo do Comité Olímpico Internacional,
“O número final de atletas depende de critérios de qualificação. Também precisamos de verificar os critérios de elegibilidade de alguns atletas”, disse Thomas Bach, presidente do COI, citado pelo El País.
“Só posso dar a minha opinião, mas acredito que esta equipa poderá vir a ser composta por 5 a 10 atletas”, acrescentou Bach.
“Esta equipa será tratada, durante a competição, como qualquer outra”, explicou.
“Fomos todos afectados pela magnitude da crise de refugiados. Com esta equipa, queremos enviar uma mensagem de esperança aos refugiados de todo o mundo”, disse Bach, ex-campeão olímpico de esgrima em Montreal em 1976.
Em dezembro, o COI já tinha identificado três atletas que tinham fugido das suas pátrias devido à crise de refugiados, e que estavam em condições de tentar obter mínimos olímpicos – a classificação para participar nos Jogos.
Estes 3 atletas são uma nadadora síria, que está a treinar-se na Alemanha, um judoca da República Democrática do Congo refugiado no Brasil e uma praticante de tae-kwon-do iraniana, que treina na Bélgica.
Para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o COI irá designar técnicos, treinadores e especialistas para acompanhar a equipa de refugiados.
Na cerimónia inaugural os atletas “marcharão atrás da bandeira olímpica, em penúltimo lugar, antes da equipa brasileira”, que encerra o desfile, revelou o presidente do COI.
ZAP
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