As obras realizadas para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, realizadas entre janeiro de 2016 e março último, causaram a morte de onze operários.
De acordo com o levantamento, feito pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro e citado pela imprensa local, a linha 4 do metropolitano registou o maior número de mortes: três.
Outros acidentes ocorreram nas obras circundantes do Parque Olímpico, no Museu da Imagem e do Som, no Museu do Amanhã, nas obras de ampliação do Elevado de Joá, na Nova Subida da Serra, na Supervia e na Transolímpica.
Elaine Castilho, auditora fiscal e coordenadora do trabalho de fiscalização, acrescentou que houve ainda dois casos de acidentes graves, nomeadamente um choque elétrico no Parque Olímpico e uma amputação da perna de outro funcionário na Transbrasil.
“É uma equipa de futebol de mortos. Isso tudo causado por falta de planeamento, sem dúvida. É a correria na hora de finalizar”, lamentou.
A Superintendência realizou 260 ações de fiscalização, com 1.675 autos de infração e 38 interdições e embargos.
Segundo o superintendente do Trabalho e Emprego do Rio, Robson Leite, citado pelo jornal Globo, os motivos das mortes são “falta de planeamento e corrida para cumprir o cronograma (de obras)”.
“Acidente não acontece por acaso. Acontece por negligência, ou por falta de prevenção. A prefeitura vem falhando em relação à segurança do trabalho. Você tem que ter o Estado impedindo que as pessoas morram”, referiu.
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro realizam-se entre os dias 5 e 21 de agosto.
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