As autoridades espanholas estão a analisar negócios de Jorge Mendes, nomeadamente as transferências de jogadores para o Valência.
O El Mundo escreve que a investigação às transferências intermediadas pelo super-agente tem origem numa denúncia do ex-dirigente do clube Miguel Zorío, que acusou Peter Lim de “presumíveis delitos económicos”.
Segundo o diário espanhol, em causa estão transferências como as de Enzo Pérez, André Gomes, Rodrigo e João Cancelo (todos do Benfica) e Aderlan Santos (Braga).
A Agência Tributária tem estado a analisar os aspetos fiscais das contratações realizadas pelo Valência durante a gestão do magnata Peter Lim, acionista maioritário do clube.
Apesar de numa fase inicial a denúncia ter sido considerada pouco consistente, o Fisco decidiu agora, investigar parte dos argumentos incluídos numa denúncia genérica apresentada pelo ex-vice-presidente do Valencia, Miguel Zorío.
Miguel Zorío denunciou os negócios do magnata Peter Lim, com a conivência de Jorge Mendes e do dirigente Amadeo Salvo, ligados à compra de ações do clube e ao mercado de transferências, que indiciavam “presumíveis delitos económicos”.
O jornal El Mundo descreve que o primeiro negócio, em janeiro de 2014, envolveu Rodrigo e André Gomes, cujos passes foram comprados pelo fundo Meriton Capital Limited, propriedade de Peter Lim.
O Meriton Capital pagou 30 milhões por Rodrigo, incluindo 17 milhões para pagamentos a terceiros e comissões, enquanto que no caso de André Gomes a contratação fixou-se em 15 milhões, dos quais somente 9,5 milhões ficaram nos cofres do Benfica”, refere o diário.
Segundo o El Mundo, é no “amontoado de direitos económicos, desportivos e de comissões” que as Finanças espanholas se concentram, nomeadamente tendo em conta que, em junho de 2015, ambos os jogadores passaram a ser do clube “por troca do pagamento dos mesmo montantes que o Meriton pagara”.
Mais tarde, “já sem participação do fundo de Lim”, o Valência contratou o argentino Enzo Pérez ao Benfica por 25 milhões e João Cancelo por 15 milhões – ambas as contratações por intermédio de Jorge Mendes -, negócio onde “as comissões pagas pelo clube lisboeta chegaram a 25%”.
O El Mundo aponta ainda a ligação de Mendes a outros negócios, tais como as transferências de Negredo, Abdennour, Santi Mina, Bakkali e Danilo Barbosa.
Por fim, no caso de Aderlan Santos, dos 10 milhões da transferência, metade foram para o Sporting de Braga e outra metade para a empresa MNM, propriedade de Fernando Meira, antigo jogador representado por Jorge Mendes.
ZAP
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