No Estádio Vélodrome, em Marselha, Rui Patrício defendeu o remate de Blaszczykowski, naquele que foi o único penálti desperdiçado pelos polacos, e de seguida Quaresma confirmou a continuidade da seleção nacional na prova, não tremendo perante Fabianski.
Antes, Lewandowski tinha colocado a Polónia na frente, logo aos dois minutos, mas Renato Sanches, com o seu primeiro golo com a camisola de Portugal, refez, aos 33, a igualdade, resultado que se manteve durante o resto do tempo regulamentar e no prolongamento.
A seleção lusa chega pela quinta vez às meias-finais de um Campeonato da Europa, desta feita sem ter vencido qualquer jogo durante os 90 minutos, nem perdido, numa altura em que Fernando Santos contínua imbatível em jogos oficiais.
A selecção nacional leva agora 12 jogos oficiais sem perder.
Ao contrário do que aconteceu com a Croácia, desta vez o jogo teve oportunidades de golo, defesas do guarda-redes e emoção, tendo ficado a ideia de que Portugal podia ter resolvido a passagem ainda durante o tempo regulamentar.
Cristiano Ronaldo, que desta vez não falhou da marca de grande penalidade, teve duas ocasiões soberanas para resolver a questão, durante a segunda parte, mas em ambas acertou mal na bola.
Não houve muito Ronaldo, mas houve muito Renato Sanches, sobretudo na primeira parte, e muito Pepe.
Pela primeira vez titular, o médio de 18 anos foi crucial na recuperação da equipa portuguesa após o golo madrugador de Lewandowski.
Além do golo marcado, Renato Sanches encheu o campo, puxou pela equipa e levou-a para a frente.
Na segunda parte, talvez também por estar demasiado ‘preso’ às laterais, Sanches desapareceu um pouco, mas entrou em cena Pepe.
O central do Real Madrid até iniciou mal a partida, mas acabou por ser uma ‘muralha’ na defensiva lusa até aos penáltis, não dando hipóteses aos polacos de ‘alvejarem’ a baliza de Rui Patrício.
O antigo jogador do FC Porto foi também chamado muitas vezes para ‘socorrer’ Eliseu no lado esquerdo.
O lateral do Benfica, que apareceu no lugar do lesionado Raphael Guerreiro, voltou a mostrar-se com pouco ritmo competitivo, tal como tinha acontecido com a Hungria.
Um jogo de nervos (controlados)
O jogo começou praticamente com o golo de Lewandowski, aos dois minutos, num lance com muitas culpas para a defensiva portuguesa.
Cedric deixou a bola passar no lado direito e Grosicki cruzou para o avançado do Bayern Munique, que apareceu completamente solto na área.
Depois de o árbitro não ter assinalado uma grande penalidade clara sobre Ronaldo, Sanches recolocou Portugal na partida, aos 33 minutos. Depois de combinar com Nani, o jogador de 18 anos rematou de pé esquerdo à entrada da área e, com a ajuda de um desvio, bateu Fabianski.
Com o empate, o encontro perdeu ritmo, a seleção lusa juntou as suas linhas e impôs a toada que quis, entregando mais bola aos polacos, mas procurando sempre sair em contra-ataque.
Cedric esteve perto de marcar, com um remate de longe, que passou bem perto da baliza dos polacos, mas o prolongamento e os penaltis podiam ter sido evitados se Ronaldo estivesse numa noite inspirada.
Primeiro, em boa posição, acertou nas malhas lateiras, e depois, já com João Moutinho em campo (rendeu Adrien Silva), falhou completamente a bola, após belo passe do médio do Mónaco.
Antes do prolongamento, Fernando Santos colocou Ricardo Quaresma no lugar de João Mário, e Jedrzejcayk ficou a centímetros de um autogolo e ‘oferecer’ a Portugal a passagem.
Como era esperado, as duas equipas ainda baixaram mais as linhas, começaram a arriscar ainda menos e o jogo tornou-se algo aborrecido.
Destaque ainda para a entrada de Danilo para o lugar de William Carvalho e para a invasão de campo de um adepto, à procura de Ronaldo.
Na decisão final por penalties, Ronaldo, Renato Sanches, Moutinho, Nani e Quaresma não falharam, transformando em golo todos os pontapés da m arca de grande penalidade.
E Rui Patrício fez a grande defesa da noite, perante Blaszczykowski, abrindo as portas das ‘meias’ à selecção nacional
QUARTOS-DE-FINAL
Polónia – Portugal, 1-1 (3-5 GP)
País de Gales – Bélgica – Sexta-feira 1 Julho, 20h00 (Lille)
Alemanha – Itália – Sábado 2 Julho, 20h00 (Bordéus)
França – Islândia – Domingo 3 Julho, 20h00 (Saint-Denis)
ZAP / Futebol 365
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