Escândalo de doping russo chega ao futebol

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A Agência Mundial Antidopagem (AMA) pediu à FIFA que investigue o papel de Vitaly Mutko, ministro do Desporto e presidente da federação de futebol da Rússia, no seu comité executivo, após novas revelações sobre doping no país.

Segundo um relatório divulgado esta segunda-feira, Mutko, que também é presidente do comité organizador do Mundial 2018, a disputar na Rússia, teve “participação ativa” no programa de dopagem com apoio estatal e dos serviços secretos.

O relatório indica que entre os 643 casos de doping encobertos pelas autoridades russas entre 2012 e 2015, figuram 11 de futebolistas.

Em comunicado, a AMA solicitou à FIFA que “estude as acusações relacionadas com o futebol e que investigue o papel de Vitaly Mutko”, membro do seu comité executivo.

Os casos de doping no futebol divulgados no relatório são bastante inferiores aos verificados em modalidades como o atletismo (139) e o halterofilismo (117), mas tem a particularidade de terem sido verificados numa modalidade tutelada por Mutko, uma figura central em todos os escândalos de doping que têm afetado o país.

Segundo o relatório, elaborado pelo professor canadiano Richard McLaren, o programa “à prova de falhas” foi colocado em prática pelos responsáveis russos, inclusivamente durante os Jogos Olímpicos de Inverno Sochi 2014.

Após a divulgação do relatório de McLaren, a AMA pediu a exclusão dos atletas russos de todas as competições internacionais, incluindo os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Futebol365 / Lusa


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