Os velejadores José Costa e Jorge Lima, que este domingo partem para o Rio de Janeiro para participarem nos Jogos Olímpicos, revelaram-se “chocados” com a poluição presente na baía onde vão decorrer as regatas.
“A poluição é um facto inegável. Não há dias iguais: conforme a chuva, há mais ou menos. Choca-nos um bocado a poluição existir e aquilo que não foi feito para tentar melhorar a qualidade da água“, disse à agência Lusa o velejador Jorge Lima.
A dupla de velejadores portugueses esteve recentemente no Rio de Janeiro a estagiar e avança que teve mesmo de criar uma comunicação a bordo para tentar evitar “se possível e quando possível” o lixo.
“Saem notícias a falar em ecobarcos que fazem recolha de lixo na água. Estivemos lá perto de 50 dias a treinar e se vimos um ou dois a passear foi muito“, referiram à margem de um convívio que decorreu na Marina de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, e que juntou vários jovens velejadores da Academia BB Douro.
Quanto a expectativas para o Rio’2016, José Costa confessou que “esperança” em alcançar medalhas “há sempre”, mas sublinhou que “muitas condicionantes vão pesar”.
“Nós acreditamos que é possível, no entanto, não queremos assumir que é o nosso objetivo. Terão de acontecer uma série de favoráveis, para além das nossas capacidades”, disse o velejador.
Ao longo de uma tertúlia organizada com o objetivo de inspirar os mais novos, José Costa e Jorge Lima apontaram que “o Rio de Janeiro é um sítio muito especial” e que “só as condições de lá vão ditar a conquista de uma medalha”.
“No entanto, pela nossa parte, a ambição é ficar lá na frente. Vamos ver agora se as condições ajudam e se conseguimos lá chegar.”
A dupla, cuja melhor classificação no ranking mundial foi um sétimo lugar, respondeu a várias perguntas e desafios da assistência, tendo revelado que gostava de ter na comitiva um psicólogo, como outros países têm, e apontou a Nova Zelândia como principal candidato ao ouro.
/Lusa
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