Em agosto do ano passado, Yusra Mardini, de 18 anos, estava num barco com a irmã e outras 18 pessoas. Fugiam da guerra na Síria, que já lhes tinha destruído as casas e matado amigos e familiares.
A casa da família de Yusra Mardini foi destruída durante a Guerra Civil Síria. Yusra e a irmã, Sara, decidiram fugir do país em agosto de 2015.
Chegaram ao Líbano e atravessaram a Turquia, onde arranjaram um meio de chegar à Grécia: num bote com outros 18 refugiados.
Quando faziam a travessia entre a Turquia e a ilha grega de Lesbos, o motor do barco parou.
Dos 20 passageiuros, apenas quatro sabiam nadar. Um deles era Yusra Mardini.
Perante este problema, a adolescente não hesitou e saltou para a água, juntamente com a irmã, Sara, e outras duas pessoas.
Em conjunto, nadaram durante mais de três horas e levaram o barco até terra firme.
“Eu tinha a mão numa corda, que estava presa ao barco, e movia as duas pernas e um braço”, conta Yusra Mardini ao The Independent, “foram três horas e meia na água fria“.
“O teu corpo fica quase… Exausto. Não sei se consigo descrever isso”, explica a jovem nadadora.
Depois de sobreviverem até à Grécia, a jovem e a irmã atravessaram grande parte da Europa para chegar à Alemanha.
Estabeleceram-se no país, e foi no próprio centro de treinos de Wasserfreunde Spandau 04, em Berlim, que a refugiada continuou a treinar natação.
Em março, a história de sobrevivência de Yusra Mardini tornou-se pública e o Comité Olímpico Internacional identificou-a como candidata a competir pela equipa de refugiados nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Em 2012, Mardini representou a Síria no Campeonato Mundial de Natação em Piscina Curta em várias modalidades. Em 2016, compete sob a bandeira dos cinco anéis do Comité Olímpico Internacional.
Mardini vai participar nas provas de 100m livres e 100 metros mariposa. Estreia-se na quarta-feira, 10, às 17 horas, na primeira eliminatória dos 100m livres femininos.
ZAP / Bom Dia
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