O Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Norte, Paulo Esteves, afirmou esta terça-feira, em Viana do Castelo, que 35% dos incêndios florestais que fustigam o Alto Minho deflagraram à noite e “têm mão humana”.
“É fácil de ver que há mão humana quando se reportam incêndios noturnos na ordem dos 30 a 35%. Termos seis focos no espaço de um quarto de hora, em quatro freguesias seguidas do concelho de Ponte de Lima, é um facto”, referiu aquele responsável.
Paulo Esteves, que falava em conferência de imprensa no Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo adiantou que “o número de ignições” registadas nos últimos dias do Alto Minho “é que está na génese de tudo”.
“Não é fácil de compreender como é que algumas ignições acontecem a determinadas horas e em determinados locais. Só resulta uma conclusão, mão humana. A investigação não compete à Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), mas o que é certo é que há mão humana”, frisou.
Para aquele responsável, “não são só as condições meteorológicas” que explicam as causas dos fogos.
“Tivemos dias em que Porto, Braga e Viana do Castelo tiveram um número ignições elevadíssimo e tivemos um distrito, que me reservo de dizer qual para não acontecer outra coisa, com zero ignições e onde habitualmente as temperaturas são mais altas”.
O Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Norte apelou “à população que agora ajuda os bombeiros a ter um comportamento responsável e adequado, no sentido de proteger a floresta”.
O estado de alerta especial ‘Laranja’ está em vigor até dia 11 agosto às 20:00.
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