O nadador norte-americano foi formalmente acusado pelas autoridades brasileiras por ter inventado um assalto no Rio de Janeiro, cidade onde estava a competir nos Jogos Olímpicos.
Se dúvidas ainda houvesse sobre a veracidade da história do assalto armado, que Ryan Lochte disse ter sofrido nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, então estão mais que dissipadas.
As autoridades brasileiras acusaram formalmente o nadador norte-americano, esta quinta-feira, por ter inventado o assalto. A simulação de crime é por si só um crime.
O recordista e campeão olímpico já tinha admitido que tinha exagerado na história, mas mantinha a versão de que tinha sido mesmo assaltado.
Lochte estava impedido de sair do Brasil, mas acabou por viajar para os Estados Unidos. Agora será informado do processo, através da comissão de ética do Comité Olímpico Internacional, para decidir se quer apresentar defesa no Brasil.
O atleta contou que sofreu, assim como os colegas de equipa Gunnar Bentz, Jack Conger e James Feigen, um assalto num posto de combustível perto da Aldeia Olímpica, quando regressavam de uma festa.
O que as imagens de videovigilância e o colega Gunner revelaram é que Lochte vandalizou a gasolineira e recusou-se a pagar os estragos.
A pena máxima por simulação de crime é no Brasil de 18 meses (um ano e meio) – em Portugal é até um ano.
Se Lochte não viajar para o Brasil no decorrer deste processo, pode ser julgado à revelia (sem a presença do arguido).
O Brasil e os EUA têm um tratado de extradição, que implica devolver os presos ao país de origem, com exceção de crimes em que a lei prevê pena de morte.
Entretanto o vencedor de 12 medalhas olímpicas na natação já perdeu 1 milhão de dólares em patrocínios e tem já uma mancha na carreira anteriormente imaculada.
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