Avião da Chapecoense terá caído por falta de combustível

Adeptos da equipa de futebol da Chapecoense homenageiam as vítimas do acidente de avião na Colômbia, que fez 75 mortos

Uma falha no sistema eléctrico motivada pela falta de combustível é a explicação mais provável para a queda do avião que matou grande parte da equipa de futebol da Chapecoense, a grande sensação do momento no Brasil.

Apenas três atletas da Associação Chapecoense de Futebol (ACF) sobreviveram. Um deles perdeu a perna e o outro pode ficar paraplégico.

As causas do acidente estão ainda a ser investigadas. A Aeronáutica Civil da Colômbia, onde ocorreu a queda, perto de Medellín, já encontraram as duas caixas negras do avião que permitirão chegar a dados mais concretos sobre o que motivou a tragédia.

Um dos seis sobreviventes do acidente, um elemento da tripulação, relatou que houve uma falha eléctrica repentina nos instantes anteriores à queda, conforme refere o jornal Folha de S. Paulo.

Este dado indicia uma “falta de combustível e desligamento dos motores”, sustentam especialistas consultados pelo jornal brasileiro.

A mesma ideia é reforçada pelo piloto de outro avião, que estaria próximo do aparelho que caiu. De acordo com esta fonte, conforme sustenta o Folha de S. Paulo, o piloto da aeronave que levava a Chapecoense terá pedido para aterrar de emergência porque teria pouco combustível.

Mas a torre de controle teve que protelar a aterragem, porque haveria outro avião com problemas.

Jogador tem perna amputada, outro pode ficar paraplégico

Entretanto, o mundo do futebol, e não só, homenageia as vítimas da equipa de futebol que morreu quase por completo. Dos atletas que seguiam no avião, apenas sobreviveram três jogadores, respectivamente, Alan Ruschel, Jackson Ragnar Follmann e Hélio Hermito Zampier Neto, segundo o Folha.

Mas o defesa lateral Ruschel corre o risco de ficar paraplégico e o guarda-redes Jackson Follman ficou sem uma perna e está em estado crítico, de acordo com o mesmo jornal.

Entre os sobreviventes estão ainda o jornalista Rafael Henzel Valmorbida e os elementos da tripulação Ximena Suárez e Erwin Tumir.

Argentina oferece jogadores

Comovidos com a tragédia, milhares de pessoas concentraram-se na catedral e encheram o estádio de Chapecó, no Brasil, para o velório das 71 vítimas mortais do acidente.

Residentes inconformados da cidade brasileira, que tem cerca de 200 mil habitantes, vagueavam na terça-feira pelas ruas à volta do estádio, em silêncio.

Entretanto, a Associação de Futebol da Argentina (AFA), em conjunto com os clubes que a integram, pôs à disposição do clube brasileiro Chapecoense jogadores que possam “contribuir para a reconstrução” do seu plantel, lamentando a “tragédia irreparável, que exige a solidariedade das Federações irmãs”.

A Chapecoense, que atravessava a melhor época da sua história, ia disputar, nesta quarta-feira, o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.

Papa e Guns N’Roses juntam-se às homenagens

As homenagens à equipa sucedem-se, desde grandes figuras do futebol como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, passando pelo Papa e chegando a bandas como os Megadeth e os Guns N’ Roses.

https://twitter.com/futmai5/status/803781362792566784

Há também um vídeo publicado pelo clube brasileiro no Youtube que está a emocionar o mundo.

“Hoje acordamos com um novo desafio, pois a vida nos deu uma missão diferente”; “nossos guerreiros viraram heróis e eternizaram suas vidas em uma batalha que fez o mundo parar”, diz-se no texto que acompanha o vídeo.

ZAP / Lusa


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