O ex-ministro português vai deixar o Comité de Governação da FIFA, depois de o Conselho do organismo ter anunciado esta terça-feira o indiano Justice Mukul Mudgal como candidato ao cargo.
Miguel Poiares Maduro tinha entrado para o cargo há cerca de um ano, aquando da eleição do suíço Gianni Infantino para a presidência do organismo.
Reunido em Manama, a preparar o Congresso de 11 de maio, o Conselho da FIFA anunciou os nomes para vários comités, destacando-se as mudanças na liderança das duas secções do Comité de Ética.
Principais figuras da investigação ao caso de corrupção na FIFA, o alemão Hans Joachim Eckert (secção de julgamento) e o suíço Cornel Borbely (instrução) serão substituídos pelo grego Vassilios Skouris e pela colombiana Maria Claudia Rojas, respetivamente.
Em comunicado, Eckert e Borbely já criticaram esta decisão, considerando que a não recondução no cargo tem motivações políticas e põe “um fim nos esforços de reforma” do organismo, que poderá mesmo pôr o seu futuro em causa.
Em declarações ao Público, o ex-ministro português considera que “a FIFA não está preparada para ter instrumentos de escrutínio independente” e é ainda mais duro nas críticas: “Durante este processo, sofri pressões mais fortes do que na política ou no Tribunal Europeu de Justiça”.
O ex-governante deixa ainda elogios ao Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes: “Se todos fossem como ele o futebol podia ser muito melhor”.
Escreve o jornal que, durante este ano, Poiares Maduro esteve envolvido na exclusão do vice-primeiro-ministro da Rússia para um dos organismos da FIFA, bem como de um candidato do Qatar, por suspeitas de envolvimento em casos de corrupção desportiva.
Foi ainda responsável pela pressão sobre um responsável do futebol do Koweit, envolvido nos casos que estão a ser investigados nos EUA, acabando este por sair do organismo.
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