O Benfica não foi além de um empate a dois golos, no Bessa, frente ao Boavista, na sua última partida do campeonato.
Com o título já assegurado e com o pensamento na final da Taça de Portugal, as “águias” apresentaram um “onze” inicial muito desfalcado, o que permitiu aos “axadrezados” chegar a uma vantagem de dois golos.
As alterações realizadas por Rui Vitória permitiram ao Benfica chegar perto da baliza de Vágner e marcar por duas vezes em 20 minutos, por intermédio de Mitroglou e do estreante Kalaica. Para a história o facto de o Boavista não ter perdido com o campeão em 2016/17.
O Jogo explicado em Números
- Início muito lento da partida, sem um único remate enquadrado nos primeiros 15 minutos. Embora apresentasse a sua segunda linha, o Benfica terminava este período inicial com uns esclarecedores 69% de posse de bola.
- O Boavista acabaria por marcar ao minuto 16 naquele que foi o seu primeiro remate da partida. Na génese da jogada esteve Iuri Medeiros, a descobrir Fábio Espinho no meio de dois defesas “encarnados”, e este deixou rasteiro para Renato Santos rematar para o fundo da baliza.
- À entrada para a meia-hora de jogo, apenas 12% dos ataques do Boavista provinham do corredor central. Os “axadrezados” privilegiavam o corredor esquerdo (68%), certamente para tirar partido da falta de experiência de Pedro Pereira, que terminaria a primeira parte com 12 perdas de posse (máximo das “águias”), apenas uma acção defensiva e 47% de passes certos.
- A primeira parte terminou com dez remates ao todo, embora apenas um deles de forma enquadrada, e com uma substancial vantagem do Benfica em termos de posse de bola (62%-38%) e eficácia de passe (79%-65%). Renato Santos liderava os GoalPoint Ratings, com 6.6. Para além do golo apontado, o extremo “axadrezado” tinha um passe para finalização, colocara a bola três vezes na área adversária e realizara outras tantas acções defensivas. Já o melhor do Benfica era Lisandro López 5.2, o segundo jogador do Benfica com mais passes (37, 33 dos quais certos), a que somava duas acções defensivas.
- Com Rafa para o lugar de Hermes, o Benfica entrou na segunda parte a todo o gás, apresentando 92% de posse de bola e dois remates (um desenquadrado e um bloqueado) logo nos primeiros minutos. Só que o Boavista mostrou grande frieza e marcou novamente à primeira tentativa, desta vez por Schembri, a rematar cruzado após assistência de Iuri Medeiros.
- Volvidos 20 minutos desde o reatamento da partida, o Benfica continuava sem incomodar Vágner. André Horta era o jogador das “águias” com mais disparos (três, todos eles na primeira parte), enquanto Zivkovic era o foco de inspiração do ataque “encarnado”, já com três passes para finalização.
- O Benfica acabou por marcar no primeiro remate enquadrado que fez, de autoria de Mitroglou. O grego surgiu na cara de Vágner após um “sprint” de Rafa pelo corredor central. Décimo sexto golo de Mitroglou no campeonato e quarta assistência para Rafa na competição.
- Já ao cair do pano, o Benfica chegou ao golo da igualdade, num cabeceamento certeiro de Kalaica após canto batido por Zivkovic. Os “encarnados” acabaram por marcar nos dois únicos remates enquadrados que fizeram ao longo da partida, apenas menos um do que a equipa da casa que, no entanto, teve apenas 35% de posse de bola.
O Homem do Jogo
Não marcou mas foi uma constante dor de cabeça para a defesa do Benfica. Fábio Espinho foi o homem da noite, com 6.1 nos GoalPoint Ratings, graças em grande parte à assistência que fez, num dos dois passes para finalização de que foi autor. Para além disso, o camisola 10 do Boavista protagonizou um remate enquadrado, um drible eficaz, sete recuperações de posse e cinco acções defensivas.
Jogadores em foco
- Renato Santos 6.1 – Marcou um golo no único remate enquadrado que fez e conseguiu um passe para finalização. Ajudou ainda nas tarefas defensivas, com duas intercepções e um desarme.
- André Horta 6.0 – O melhor “encarnado” desta noite. Rematou três vezes (nenhuma delas à baliza), somou três passes para finalização e entrou colocou a bola na área adversária por cinco vezes.
- Iuri Medeiros 5.9 – Voltou a rubricar uma boa exibição frente ao Benfica. Compensou a falta de acerto na hora de rematar com três passes para finalização, um deles resultante em golo.
- Kalaica 5.9 – Viveu uma noite memorável com o golo apontado já no último suspiro. Venceu apenas quatro dos sete duelos que disputou e somou duas acções defensivas.
- Talocha 4.2 – O pior jogador da noite. Falhou uma ocasião flagrante, falhou quatro passes no seu próprio meio-campo e perdeu a posse 17 vezes.
Resumo
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