O Ministério Público vai investigar o alegado “esquema de corrupção de árbitros” a favor do Benfica”, na sequência da denúncia feita esta terça-feira pelo director de comunicação dos dragões, Francisco J. Marques.
O Ministério Público confirmou, esta quarta-feira, ter recebido uma denúncia anónima em que o Benfica é acusado de corrupção, tendo a mesma sido encaminhada para o DIAP de Lisboa com vista a instauração de inquérito.
“Confirma-se que foi recebida uma denúncia anónima, através da plataforma do DCIAP, e a mesma foi encaminhada para o departamento do Ministério Público competente – o DIAP de Lisboa – com vista a instauração de inquérito”, indica o MP numa resposta enviada à agência Lusa.
O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, acusou o Benfica de corrupção, revelando uma alegada troca de emails entre Pedro Guerra, comentador e director de conteúdos da Benfica TV, e Adão Mendes, ex-árbitro, na época 2013/14.
No alegado esquema estará envolvido o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que é referido nos emails como “o primeiro-ministro“, enquanto os árbitros são designados como “padres”.
Entretanto, na sua página oficial, o Benfica “repudia e desmente de forma veemente as falsas e absurdas insinuações do diretor de comunicação do FC Porto”, acrescentando ir avançar “com um processo crime por difamação e outros processos que se justifiquem”.
Para os ‘encarnados’, as acusações do FC Porto visam “desviar as atenções da crise e graves problemas por que passam outras instituições”.
https://youtu.be/UjYSM22WqL0?t=1490
Entretanto, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol também anunciou a abertura de um inquérito após a denúncia de corrupção feita pelo FC Porto.
Em declarações à TSF, o diretor de comunicação do Benfica, Luís Bernardo, congratula-se com a abertura de todos os inquéritos, de modo a esclarecer todas as questões relativas às acusações do clube azul e branco.
A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) também já apelou ao FC Porto que apresente “às instâncias competentes” dados que comprovem as acusações.
“Se existe alguma veracidade nas graves acusações que fazem, devem, para bem do futebol, apresentar esses dados às instâncias competentes, PJ e MP, se é apenas mais uma diversão, então condene-se e penalize-se estes comportamentos de uma vez por todas”, refere a APAF em comunicado.
“As declarações feitas são graves e não devem deixar de ser analisadas e investigadas desde a sua veracidade à intencionalidade, para bem da transparência do futebol. A APAF, tal como em casos anteriores, quer o prestigio da classe e do futebol e, para tal, irá tomar as ações e diligências necessárias para apuramento da verdade e não poderá deixar uma vez mais cair por terra mais este episódio detrator do nosso futebol”, acrescenta.
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