O diretor de conteúdos da Benfica TV, Pedro Guerra, admitiu hoje que poderia ter trocado emails com o ex-árbitro de futebol Adão Mendes, embora afirme que não se lembra dos mesmos e que estes não configuram casos de corrupção.
“Não me recordo destes emails. Na altura não tinha qualquer função, era apenas sócio do Benfica e colaborador do jornal Benfica. Não tinha nenhuma função e nenhuma responsabilidade, mas, vamos admitir, em tese, que existem, mesmo assim não há ali nada que indicie corrupção”, afirmou Pedro Guerra, durante o “Prolongamento” da TVI24.
“Admito que em tese possa ter trocado emails, mas não me lembro mesmo desses emails. Fui à procura, mas não encontrei nenhum email. Não me lembro de os ter enviado, mas não há ali nada que indicie corrupção”, disse o responsável da BTV.
“Sinto-me envolvido numa vergonhosa cabala. É completamente falso. Só não tiveram coragem de assinar a denúncia, que dizem ser anónima”, disse Pedro Guerra. “É uma acusação caluniosa sobre o Benfica e sobre a arbitragem portuguesa”.
Pedro Guerra referiu-se a este caso como o “segundo pior ataque à arbitragem portuguesa” depois da questão dos vouchers, denunciada pelo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, em 2015, e lamentou que não seja a administração da SAD do F. C. Porto “os verdadeiros autores” da denúncia, a sentar-se no banco dos réus, em tribunal.
As suspeitas que envolvem Pedro Guerra partiram do diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, durante um programa da Porto Canal, no qual acusa o Benfica de um esquema de aliciamento e corrupção com oito árbitros da I Liga para favorecimento do clube ‘encarnado’.
Francisco J. Marques diz ter em sua posse e-mails trocados entre Pedro Guerra e o ex-árbitro de futebol Adão Mendes.
Na sequência das acusações, o Ministério Público (MP) anunciou ter recebido uma denúncia anónima em que o Benfica é acusado de corrupção e que a mesma tinha sido encaminhada para o DIAP de Lisboa com vista a instauração de inquérito.
“Confirma-se que foi recebida uma denúncia anónima, através da plataforma do DCIAP, e a mesma foi encaminhada para o departamento do Ministério Público competente – o DIAP de Lisboa – com vista a instauração de inquérito”, indicou o MP.
O Benfica, na sua página oficial, repudiou e desmentiu as acusações do diretor de comunicação do FC Porto, tendo acrescentado ir avançar com um processo crime por difamação e outros processos que se justifiquem.
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