O Sporting somou a segunda vitória em dois jogos na Liga NOS, mas não foi um triunfo fácil ante o V. Setúbal.
O 1-0 final foi conseguido apenas aos 86 minutos, através de um penalty convertido por Bas Dost, o corolário de um domínio intenso mas pouco objectivo durante a maior parte do tempo, reflectido em 72% de posse de bola. Quanto ao V. Setúbal, muito certo a defender, inoperante a atacar.
O Jogo explicado em Números
- Tremendo arranque de jogo por parte do Sporting, com uma pressão muito subida, intensidade em todos os momentos de jogo, que deixou o V. Setúbal algo “atarantado” com tamanha avalanche ofensiva leonina. Aos dez minutos os da casa somavam 77% de posse de bola, dois remates (desenquadrados), ambos de dentro da área, e dois pontapés-de-canto.
- Por volta dos 15 minutos, 41% do jogo disputara-se na zona central do terreno e 44% (!) no último terço ofensivo do Sporting. Os sadinos não conseguiam sair das imediações da sua grande área.
- O Vitória conseguiu, aos poucos, reduzir o ritmo da partida. Os “leões” continuaram a ter muita posse (78%), mas os seus cinco remates foram todos desenquadrados. Aliás por esta altura da partida não se havia ainda registado qualquer remate enquadrado.
- Por esta altura eram jogadores do V. Setúbal, André Pedrosa, Nuno Pinto e Frederico Venâncio, quem se destacavam, pelo acerto defensivo – duas intercepções para cada um, Pinto com três desarmes, Venâncio com quatro alívios. Adrien Silva, com 96% de passes certos, era o mais regular dos de Alvalade.
- A cinco minutos do descanso o domínio leonino já não era tão intenso, com uma redução para 73% de posse, e a pontaria de ambas as formações continuava defeituosa – 6-2 em remates, todos desenquadrados.
- Ao intervalo, muito Sporting, que acabou a primeira parte com 72% de posse e chegou a ter 78% no seu melhor período, nos primeiros 25 minutos. Nesta fase o domínio dos da casa era avassalador, mas a verdade é que o descanso chegou e os comandados de Jorge Jesus tinha somente seis remates, todos sem enquadramento com a baliza.
- Por esta altura, o sadino Nuno Pinto era o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.1. O lateral-esquerdo consegui aguentar a intensidade de jogo de Gelson Martins e registava nesta fase cinco duelos ganhos em seis, cinco recuperações de bola, três desarmes, outras tantas intercepções e quatro alívios.
- Logo no primeiro minuto do segundo tempo, Adrien Silva rematou forte, a bola desviou num adversário e acertou em cheio na barra. Novo bom arranque leonino e novamente o V. Setúbal sem saber o que fazer. Até que, aos 51 minutos, surgiu o primeiro remate enquadrado, da autoria de Podence; e a seguir, Bas Dost fez o seu primeiro remate nesta Liga NOS, 143 minutos depois.
- Primeiros 15 minutos da segunda parte muito melhores do Sporting, com 70% de posse, mas cinco remates e dois enquadrados, para além de dois cantos e 87% de passes certos. V. Setúbal inofensivo e apenas mais forte nos duelos, com superioridade em 61% deles.
- Tal como no primeiro tempo, o V. Setúbal voltou a acalmar o jogo, numa fase em que a partida começava a partir-se e as organizações defensivas a perderem consistência. Mas só o Sporting criava perigo e, aos 75 minutos, somava um total de 15 remates, somente três enquadrados.
- Piccini era, aos 80 minutos, o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.7, graças a três passes para finalização, três cruzamentos eficazes em cinco, cinco duelos ganhos em dez. E aos 86 o Sporting chegou ao golo. Árbitro assinalou falta sobre Bas Dost na grande área e o holandês estreou-se a marcar na Liga, de grande penalidade. Estava consumada a superioridade leonina.
O Homem do Jogo
O Sporting atacou muito, por isso é algo surpreendente ser um defesa-lateral a terminar o jogo como melhor em campo. Mas olhando para os números, essa surpresa desvanece-se. Piccini fez um jogo competente. O lateral-direito terminou com um GoalPoint Rating de 6.7, graças a diversos momentos de qualidade, em especial os ofensivos.
Três passes para finalização, três cruzamentos eficazes em seis tentativas, 91% de passes certos, 77 toques na bola – só atrás dos 92 de Jonathan Silva -, dois desarmes e dez bolas colocadas na área adversária, o máximo a par de Podence e Arnold.
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Jogadores em foco
- Bas Dost 6.6 – Estava a ter um jogo difícil. Fez o primeiro remate nesta Liga 143 minutos depois, mas foi sobre ele o lance que deu em penalty e que o próprio converteu. Terminou com três remates, dois deles enquadrados, e três passes para finalização.
- Jonathan Silva 6.2 – O argentino ocupou o lugar do indisponível Coentrão e esteve em bom nível. Fez dois cruzamentos eficazes em cinco tentativas, foi o jogador que mais tocou na bola – 92 vezes – e ainda fez quatro desarmes.
- Frederico Venâncio 6.1 – O defesa sadino foi o rei dos alívios, ao registar um total de dez. Fez ainda três intercepções, ganhou quatro de seis duelos e ainda rematou uma vez.
- Adrien Silva 6.1 – Foi um dos mais esclarecidos dos “leões”, em especial na primeira parte. Rematou duas vezes e acertou uma na barra, e ganhou oito de 13 duelos, para além de terminar com 87% de passes certos.
- Marcos Acuña 6.0 – Estava a fazer um jogo positivo quando foi substituído, aos 65 minutos. Muito aguerrido, fez três remates, todos desenquadrados, dois passes para finalização, sendo ambas ocasiões flagrantes, fez nove cruzamentos, dois eficazes, e recuperou oito vezes a bola.
Resumo
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