Porto vs Chaves | Dragão castigou ingenuidade flaviense

O FC Porto bateu o D. Chaves no Dragão por 3-0, mas o resultado volumoso não espelha as dificuldades sentidas pelos comandados de Sérgio Conceição, em especial na segunda parte.

Os flavienses foram muito perigosos no segundo tempo, desperdiçaram ocasiões para marcar e só se renderam nos minutos finais, perante a eficácia atacante portista.

O Jogo explicado em Números

  • Jogo morno nos primeiros 15 minutos, com o Porto a pegar naturalmente no jogo e a tentar imprimir um ritmo elevado, mas o posicionamento dos jogadores do Chaves foi complicando a vida aos “dragões”. Ainda assim, no primeiro quarto-de-hora os portistas registavam 71% de posse de bola, 88% de eficácia de passe, três remates, um enquadrado, contra um deserto ofensivo da parte dos flavienses.
  • Curiosamente, foi a meio de todo o domínio “azul-e-branco” que, aos 28 minutos, Iker Casillas realizou uma estupenda defensa, a remate de William em zona frontal. Pela meia-hora de jogo o Porto continuava a mandar, com 67% de posse, três cantos contra nenhum dos visitantes, mas apenas três disparos (contra um dos flavienses).
  • Brahimi ia-se destacando, como sempre, no serpentear do seu futebol, com três dribles eficazes em quatro tentativas. Registava ainda 93% de passes certos nos primeiros 35 minutos. Mas o melhor nesta fase era mesmo o lateral-esquerdo flaviense Djavan, com um GoalPoint Rating de 6.3. Realizara um passe para finalização, três alívios e duas intercepções, e somava 93% de passes certos.
  • Djavan foi mesmo o melhor na primeira metade. O brasileiro não abrandou o ritmo e atingiu um rating de 6.5 ao descanso, acrescentando mais um alívio, uma intercepção e um desarme às suas acções defensivas.
  • Colectivamente, muito Porto, com 67% de posse e seis remates contra dois do D. Chaves. Mas o facto é que ambas as equipas registavam apenas um remate enquadrado.
  • Os “dragões”, aliás, apenas realizaram três passes para ocasião em toda a primeira parte, contra um dos visitantes. Muito pouco, e algo que explica o nulo.
  • Perfeito recomeço da partida para o Porto. Aos 49 minutos, Aboubakar tirou Paulinho da frente e rematou, com a bola a tabelar no flaviense andes de entrar junto ao poste esquerdo. Estava feito o mais difícil para os “dragões”, o 1-0.
  • O Chaves sentiu necessidade de atacar e, nos primeiros 15 minutos dos segundo tempo, dispôs de 44% de posse de bola, dois remates, um deles enquadrado, mas somente dois passes para ocasião. E aos 70 minutos, William fez o impossível, ao falhar a emenda à entrada da pequena área, só com Casillas pela frente.
  • Aos 81 minutos foi Thiago Galvão a desperdiçar só com Casillas pela frente, atirando ao lado. Nesta altura a ideia ficava de que ao Chaves só faltava competência na frente para empatar, pois registava 48% de posse e quatro remates (um enquadrado) no segundo tempo, com a única ocasião flagrante da partida. E quem não marca…
  • Aos 86 minutos, Tiquinho Soares fez o 2-0, na recarga à grande penalidade por si apontada e defendida por Ricardo, após o árbitro assinalar mão na bola de Maras na grande área. E aos 88, Óliver Torres assistiu Marega para conclusão fácil do atacante no 3-0 final.

O Homem do Jogo

Óliver Torres ganhou a distinção de melhor em campo a Yacine Brahimi ao sprint. O argelino andou quase sempre no topo do GoalPoint Rating (acabou em terceiro), mas a assistência do espanhol para o 3-0 de Marega decidiu os números finais – Óliver terminou com 6.9.

Para além da assistência, o médio fez ainda dois passes para finalização, tentou seis cruzamentos (um eficaz), acertou 86% dos passes (nove em dez longos) e ainda recuperou sete vezes a bola e realizou quatro desarmes. Um jogo completo.

Jogadores em foco

  • Alex Telles 6.7 – Ficou centésimas acima de Brahimi. O lateral brasileiro é sempre influente e registou três passes para finalização, colocou 12 vezes a bola na área contrária e fez quatro intercepções e dois desarmes.
  • Brahimi 6.7 – Uma verdadeira enguia. Tirar-lhe a bola é um problema, pois faz dançar os seus adversários para depois os deixar “pendurados”. Tentou nove vezes o drible e teve sucesso em três, teve eficácia em 90% dos passes, ganhou nove de 17 duelos, recuperou a bola 11 vezes (o máximo da partida) e ainda sofreu quatro faltas.
  • Djavan 6.5 – Foi o melhor na primeira parte e continuou em destaque até sair aos 80 minutos. O lateral-esquerdo flaviense fez um passe para finalização, acertou as duas tentativas de drible, terminou com apenas um passe falhado em 25 entregas e realizou seis alívios, três intercepções e quatro desarmes.
  • Marega 6.5 – Marcou um golo e esteve muito activo ao longo de toda a partida. Fez dois remates (um enquadrado), teve sucesso em quatro de sete tentativas de drible, mas pecou nas perdas de bola (21) e nos controlos deficientes da mesma (3).
  • William 3.2 – O ponta-de-lança do Chaves teve uma noite para esquecer. Fez apenas um remate e logo numa ocasião flagrante desperdiçada, sozinho perante Casillas. Foi quem mais duelos disputou, 22, mas perdeu 17 (ganhou apenas três duelos aéreos em 17) e terminou como o jogador com mais controlos de bola deficientes: cinco.

Resumo

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