Porto vs Besiktas | Falsa partida para o dragão

FC Porto sofreu os primeiros golos em jogos oficiais esta época e, consequentemente, a primeira derrota. O Besiktas foi ao Estádio do Dragão vencer por 3-1, com dois antigos jogadores que actuaram em Portugal a terem total protagonismo no primeiro tento da noite.

Para a história fica um Porto que dominou no segundo tempo, rematou muito, mas foi tacticamente ultrapassado por uma formação turca que chegou com pragmatismo junto à baliza de Iker Casillas e soube aproveitar as suas melhores ocasiões.

O Jogo explicado em Números

  • O Porto conseguiu o primeiro remate enquadrado logo no primeiro minuto, por Marega, mas o Besiktas cedo mostrou que não estava no Dragão para ver jogar. Com passes longos para as laterais, onde estavam Babel e Quaresma, os turcos criavam perigo e, aos dez minutos, somavam 46% de posse e dois remates, embora nenhum enquadrado.
  • Não espantou o primeiro golo dos visitantes, aos 13 minutos, por Talisca, de cabeça, após cruzamento de Quaresma. Um tento 100% construído por antigos jogadores da Liga portuguesa.
  • Porto teve de ir atrás do prejuízo e Óliver acertou no poste aos 19 minutos, num bom lance de insistência portista. E essa intensidade deu frutos aos 21 minutos, com Tosic a fazer autogolo após canto de Alex Telles. Nesta fase o Besiktas tinha, apesar de tudo, mais bola, 52%, e quatro remates, mais um que os portistas (ambos um enquadrado).
  • Adivinhava-se o tento do FC Porto, mas foi o Besiktas a marcar de novo, através de um grande golo de Tosun, num remate de fora da área aos 28 minutos. Um “balde de água fria” no Dragão.
  • Os turcos iam-se superiorizando ao Porto nos duelos individuais, com 61% ganhos, e os portugueses nos cantos (5-1). De resto o equilíbrio era nota dominante à meia-hora: 53% de posse para os portistas; seis remates, dois enquadrados, para cada equipa; 77% de eficácia de passe para ambos.
  • O intervalo chegou com o Besiktas em vantagem, em especial pela melhor abordagem táctica na exploração dos espaços concedidos pelos portistas que, por seu turno, mostravam maior intensidade.
  • Em termos estatísticos apenas detalhes separavam as duas equipas: 8-9 em remates a favor dos turcos, 2-3 enquadrados, 51% de posse para os “dragões”, 75% de eficácia de passe para os portugueses, 77% para o seu adversário.
  • Besiktas superior nos duelos individuais (63%), Porto nos cantos (6-1).
  • Talisca era o melhor nesta altura, com um golo em dois remates (um enquadrado), três passes para finalização, um drible eficaz e uma movimentação imprevisível – GoalPoint Rating de 7.3.
  • Mais Porto no reatamento, com seis remates (só um enquadrado) nos primeiros 15 minutos após o descanso e 61% de posse nesta fase. Também nos duelos os números melhoraram, com 57% ganhos. As entradas de André André e Otávio para a zona central ajudaram a essa mudança.
  • Brahimi foi subindo no GoalPoint Ratings em paralelo à melhoria de rendimento do Porto e, pelos 75 minutos, já era o segundo melhor em campo, com 6.7, graças a uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização, quatro dribles eficazes em oito tentativas, oito duelos ganhos em 13 e o máximo de recuperações de bola: dez.
  • Domínio total do Porto no segundo tempo, com 62% de posse na segunda parte, por volta dos 80 minutos, e dez remates nesta fase, três enquadrados. O problema é que o Besiktas soube adaptar-se à nova realidade e retirou espaços aos “dragões” na zona central, o que dificultou a criação de oportunidades de golo.
  • E foi contra a corrente de jogo que Babel fez o 3-1 para o Besiktas, a concluir na grande área um centro atrasado de Álvaro Negredo.

O Homem do Jogo

O brasileiro já tinha feito estragos na anterior visita a Portugal, com um golo apontado ao Benfica na Luz. Desta vez, no Porto, Anderson Talisca voltou a facturar, desta feita de cabeça, e foi o melhor em campo com base no GoalPoint Ratings, com 7.2.

A sua movimentação foi uma dor-de-cabeça para a defesa portista, bem como a sua capacidade de remate e último passe. Marcou a cruzamento de Ricardo Quaresma e registou bons números, em especial na primeira parte: dois remates, um enquadrado, três passes para finalização, um drible eficaz, oito duelos ganhos em 14, dois desarmes e três intercepções e quatro faltas sofridas.

Jogadores em foco

  • Brahimi 6.3 – O melhor jogador do Porto. O argelino foi subindo de produção e destacou-se naquilo que melhor sabe fazer: os dribles – quatro eficazes em 11 tentativas. Registou ainda dois remates e fez dois passes para finalização.
  • Pepe 6.7 – Excelente jogo do ex-portista. O internacional português registou 12 alívios, o máximo do jogo, mas também quatro desarmes, duas intercepções e nove recuperações de bola. Ganhou oito de 11 duelos.
  • Felipe 5.9 – Apesar de o Besiktas pouco ter atacado no segundo tempo, Felipe acabou por ter uma prestação meritória, com seis alívios, três intercepções, dois desarmes e dois remates bloqueados.
  • R. Quaresma 5.6 – O extremo português saiu sob um forte aplauso dos adeptos portistas, no final da segunda parte, apesar de ter saído dele o passe para o 1-o de Talisca. Fez dois remates, um enquadrado, e ainda dois passes para finalização.
  • Hutchinson 6.2 – O médio-defensivo canadiano foi uma parede onde o Porto esbarrava regularmente. Terminou com belos números defensivos: sete desarmes, três alívios, dois bloqueios de remate, ganhou 12 duelos em 15, recuperou sete vezes a bola e acertou 89% dos passes.

Resumo

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