O Benfica somou a primeira derrota na Liga NOS 2017/18. Os campeões nacionais caíram por 2-1 no Estádio do Bessa ante o Boavista, depois de terem estado a ganhar.
Uma segunda parte muito má e um “frango” de Bruno Varela ditaram o desfecho para uma equipa de Rui Vitória que somou, assim, o segundo desaire em quatro dias, apesar do domínio estatístico. Para Jorge Simão foi a estreia perfeita ao comando dos “axadrezados”.
O Jogo explicado em Números
- Entrada decidida do Benfica, que chegou ao golo logo aos oito minutos. Zivkovic cruzou da esquerda e Jonas surgir na grande área a cabecear para o seu sétimo golo na presente Liga NOS. Foi ao segundo remate “encarnado” (e de Jonas), primeiro enquadrado, numa altura em que os lisboetas registavam 57% de posse de bola.
- O domínio benfiquista acentuou-se, apesar de estar em vantagem, com 69% de posse por volta dos 20 minutos, para além de três remates (um enquadrado). Foi precisamente nesta altura que surgiu o primeiro disparo “axadrezado”, por Renato Santos, para fora. Boavista que registava uma pobre eficácia de passe: 52%, contra 80% das “águias”.
- À meia-hora de jogo, Jonas era o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.6, graças ao seu golo e a um passe para finalização. Zivkovic, com 6.1, surgia logo a seguir. O melhor do Boavista era Renato Santos, com 5.4, ele que somava três intercepções e era o autor do único remate boavisteiro.
- Perto do descanso o Benfica registava já oito remates, quatro deles enquadrados (cinco disparos de fora da área). Mas também era a equipa mais faltosa, com 11, contra somente quatro dos homens da casa.
- Vantagem benfiquista ao intervalo que se justificava pelos números. Os “encarnados” chegaram ao descanso com 68% de posse de bola, oito remates contra um (4-0 em enquadrados), 81% de passes certos (58% do Boavista), mas com alguns problemas em entrar na grande área contrária (cinco disparos de longe).
- Jonas era o melhor, com um rating de 7.2. O brasileiro não só fez o único golo do primeiro tempo, como registou quatro remates (o máximo da partida), um passe para finalização e três recuperações de posse.
- A entrada de David Simão ao intervalo virou o jogo e o Boavista chegou ao empate por Renato Santos aos 55 minutos, num remate cruzado dentro da grande área. Nesta altura os “axadrezados” registavam 70% de posse de bola no segundo tempo e chegaram ao golo no segundo remate em todo o jogo.
- Por volta dos 70 minutos o Benfica tentava reagir ao golo boavisteiro. Aos poucos recuperou posse e chegou aos 55% só na segunda parte, com três remates, apenas um enquadrado. O Boavista somava quatro nesta fase, três com boa direcção.
- Mas foi mesmo o Boavista a dar a volta ao marcador, aos 75 minutos. Na conversão de um livre directo, Fábio Espinho atirou e Bruno Varela deu um “frango” daqueles. Benfica com uma montanha para escalar.
- Aos 80 minutos este era o cenário: Benfica com mais remates (14-7), mas os mesmos seis no segundo tempo que o Boavista – e os mesmos quatro; 65% de posse para os “encarnados”.
O Homem do Jogo
Só um jogador do Benfica esteve em nível verdadeiramente elevado. E esse foi Jonas. O brasileiro, que tinha estado apagado na derrota ante o CSKA, foi o melhor em campo no Bessa. Não apenas pelo golo que marcou, mas por tudo o que fez em campo.
Registou sete remates, quatro deles enquadrados, cinco de fora da área, fez dois passes para finalização e terminou com 82% de eficácia de passe. Mas sem acompanhamento, tudo se torna difícil. Terminou com um GoalPoint Rating de 7.6.
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Jogadores em foco
- Zivkovic 6.7 – O único que mostrou vontade de acompanhar o nível de Jonas. O sérvio fez a assistência para o golo do Benfica, em três passes para finalização, teve sucesso em dois de quatro cruzamentos e nos dois dribles que tentou, e colocou a bola 12 vezes na área contrária.
- Vagner 6.9 – O melhor do Boavista. O Benfica rematou 16 vezes, metade delas enquadradas, e o guardião defendeu sete, três desses disparos de dentro da grande área.
- Renato Santos 6.5 – Foi o homem mais perigoso do Boavista. Autor do único remate boavisteiro no primeiro tempo, acabou por fazer um golo do empate após o descanso. Registou ainda quatro intercepções e dois desarmes.
- Pizzi 6.2 – Completamente manietado pelo meio-campo “axadrezado”, sobretudo na etapa complementar. Fez três remates (um com boa direcção), acertou dois de três dribles e terminou com 86% de eficácia de passe, mas realizou apenas um passe para finalização e recuperou a bola 13 vezes. Uma exibição mais de trabalho que de construção.
- Bruno Varela 4.8 – O pior em campo. Não tinha feito nada de especial até ao 2-1, mas também não tinha comprometido. Errou aos 75 minutos, ao defender para dentro da baliza um livre de Fábio Espinho.
Resumo
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