O Benfica somou a sua terceira derrota na presente edição da Liga dos Campeões, em três jogos, ao perder, por 1-0, diante do Manchester United, no Estádio da Luz.
A equipa “encarnada” entrou bem na partida, mas perdeu fulgor a partir da meia-hora, passando a estar sempre um passo atrás do adversário. Um erro de Svilar — que ocupou a baliza após uma boa exibição na Taça de Portugal — acabou por premiar os “red devils”, que não permitiram nenhum remate enquadrado ao Benfica.
O Jogo explicado em Números
- Início de partida muito disputado, com ambos os protagonistas preocupados em anular o adversário. O Benfica chegou ao final dos primeiros 15 minutos com menos posse (49%-51%) e menor eficácia de passe (76%-82%), mas já com dois pontapés de canto e com o único remate até então, da autoria de Salvio, após uma grande jogada individual de Grimaldo no flanco esquerdo.
- Raúl Jiménez dava o “peito às balas” na tentativa de puxar os seus companheiros para a frente, realizando inúmeros esforços inglórios. Aos 30 minutos, o mexicano era o jogador “encarnado” com mais duelos disputados (oito, apenas dois bem-sucedidos). Dos seus nove passes, somente três tinham sido eficazes.
- À entrada para os últimos cinco minutos da primeira parte, o cenário era algo negro para a equipa do Benfica, que vira as suas percentagens de posse de bola e eficácia de passe caírem para os 34% e 67%, respectivamente. As “águias” continuavam sem rematar à baliza de David de Gea, enquanto o United já tinha um disparo enquadrado e o dobro de cantos do adversário (4-2).
- Finda a primeira parte, era notório que o ascendente tinha pertencido aos visitantes, ainda que, em número de remates, o equilíbrio fosse total. As “águias” tinham sido a única equipa a criar uma ocasião flagrante de golo, mas a formação inglesa fechara a segunda parte a dominar a posse de bola e com uma grande vantagem no que diz respeito à distribuição. Matic liderava os GoalPoint Ratings ao intervalo, com 6.6, graças a três dribles eficazes, 57 interacções com a bola, oito recuperações e três desarmes. Na equipa do Benfica surgiam três jogadores a disputar a liderança: Rúben Dias, Svilar e Grimaldo, todos eles com 6.0. O central dava nas vistas com sete alívios, dois desarmes e um fora-de-jogo provocado, enquanto o jovem guarda-redes já tinha uma defesa e duas saídas pelo solo eficazes. Por outro lado, Grimaldo somava três dribles eficazes, uma ocasião flagrante criada e 100% de eficácia de passe.
- A segunda parte começou com mais United novamente. A equipa inglesa, embora sem criar muito perigo, fechou os primeiros 15 minutos com três remates, um deles enquadrado, e já com mais de 60% de posse de bola. Rui Vitória tentou mexer no jogo colocando Zivkovic em campo para o lugar de Pizzi que, no tempo em que esteve em jogo, acertou 68% dos seus passes, somou 31 toques e venceu dois dos oito duelos que disputou.
- E foi então que a resistência “encarnada” finalmente cedeu. Aos 64 minutos, um livre aparentemente inofensivo de Rashford acabou por resultar em golo graças a um erro de Svilar que, mal posicionado, acabou por entrar com a bola na baliza, ele que, minutos antes, revelara algumas dificuldades para desviar dois cantos directos do jovem inglês.
- Volvidos 80 minutos, David de Gea continuava a ser um mero espectador, sem nenhuma defesa efectuada – uma tendência que haveria de continuar até ao apito final. Mas ainda antes houve tempo para mais uma má notícia para Rui Vitória, que perdeu Luisão, expulso, para o jogo da segunda volta diante do Manchester United, em Old Trafford. Não restam muitos motivos para os adeptos “encarnados” recordarem esta partida, na qual a equipa da casa passou mais de uma hora um passo atrás dos visitantes, terminando o desafio com 36% de posse.
O Homem do Jogo
No regresso à Luz, Matic demonstrou toda a sua qualidade, rubricando mais uma exibição de encher o olho. O internacional sérvio foi o autor de três dribles eficazes, 77 passes certos em 85 tentativas, 103 toques e ainda dez duelos ganhos em 12 disputados. O antigo jogador do Chelsea deu ainda um enorme contributo defensivo, com 14 recuperações (mais do que qualquer outro jogador) e seis acções defensivas, terminando a partida com 7.1 nos GoalPoint Ratings.
Jogadores em foco
- Rashford 6.6 – Marcou o golo do triunfo num dos dois remates enquadrados que realizou. Tentou por seis vezes o drible, sendo feliz apenas numa ocasião. Fez ainda um passe para finalização e colocou a bola cinco vezes na área contrária.
- Grimaldo 6.1 – Foi o melhor jogador da equipa “encarnada”. Criou uma ocasião flagrante de golo e três das suas quatro tentativas de drible foram bem-sucedidas. Falhou apenas dois dos 34 passes que realizou e somou seis acções defensivas.
- Svilar 5.9 – Cometeu o erro que resultou no golo do adversário, é certo, mas ainda assim foi um dos melhores da sua equipa, com três defesas, duas delas a remates de dentro da área, duas saídas a soco e três saídas pelo solo eficazes.
- Douglas 5.8 – De um erro seu resultou um remate perigoso do adversário. Ainda assim, rubricou uma exibição positiva, com dois passes para finalização, três cruzamentos eficazes, quatro dribles bem-sucedidos, dez recuperações de posse e quatro desarmes. Disputou 19 duelos, vencendo dez.
- Rúben Dias 5.2 – Desperdiçou uma ocasião flagrante de golo, já perto do fim, mas esteve bastante seguro a defender, contabilizando dois desarmes, nove alívios, um bloqueio de remate e dois foras-de-jogo provocados.
Resumo
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