O Sporting cumpriu a “obrigação” de vencer o dérbi lisboeta com o Belenenses, por 1-0, em dia de “clássico” entre Porto e Benfica.
O “leão” dominou na primeira parte, marcou de penálti, mas teve de lidar com uma pressão intensa dos homens do Restelo na segunda parte que, no entanto, não trouxe frutos para os visitantes. Assim, a equipa de Alvalade pôde assistir “de cadeirão” ao jogo grande da jornada.
O Jogo explicado em Números
- Sporting mandão nos primeiros dez minutos da partida, com procura intensa pelo golo, reflectida em 74% de posse de bola, dois remates, mas nenhum enquadrado – Bas Dost falhou mesmo uma ocasião flagrante desta fase, logo ao segundo minuto. O Belenenses, por seu turno, fez um disparo, para defesa de Rui Patrício.
- Essa pressão deu frutos aos 13 minutos, quando Bas Dost abriu o activo de grande penalidade, a castigar falta de Florent Hanin sobre Daniel Podence na grande área.
- Pouco mudou nos minutos seguintes ao golo e, por volta dos 20, a formação leonina não só mantinha a mesma posse, como atingia uma eficácia de passe de 88%. O Belenenses, por seu turno, tentava aproximar-se da baliza de Patrício e registava dois disparos, um enquadrado (3-1 para os “leões”). Podence destacava-se nos dribles, com dois certos em três tentativas.
- Formação de Jorge Jesus a apostar tudo nas alas, em especial pelo lado direito, pois à meia-hora, 52% dos ataques leoninos tinham acontecido por esse corredor. Esse facto era corroborado pelos 12 cruzamentos de bola corrida dos homens da casa, três de Podence, três de Gelson Martins e outros tantos de Fábio Coentrão.
- Belenenses nunca deixou de tentar o ataque e, por volta dos 40 minutos, os homens do Restelo tinham quatro remates, contra os sete dos de Alvalade, e dois enquadrados, para três dos da casa.
- Vantagem leonina ao descanso, mas jogo nada fácil para o Sporting. Um golo, de penálti, mais posse de bola (64%) e remates (sete, para quatro do Belenenses, 3-2 enquadrados), e muitos cruzamentos de bola corrida, para além de um especial acerto no drible.
- Bruno Fernandes destacava-se com quatro eficazes em sete, num total colectivo de dez com acerto, o que complicava a tarefa “azul”, algo expresso nos dez desarmes falhados.
- O melhor em campo nesta altura era Daniel Podence, com um GoalPoint Rating de 6.2, o único a atingir o patamar igual ou superior a 6.0. O pequeno jogador ganhou a grande penalidade para o tento de Bas Dost e ainda criou uma ocasião flagrante de golo e acertou dois de três dribles.
- Belenenses transfigurado após o reatamento, com 65% de posse de bola nos primeiros 15 minutos do segundo tempo e uma pressão intensa à procura do empate. Porém sem grande objectividade, pois registou nesta fase três remate, mas todos desenquadrado, embora de dentro da área leonina.
- Com a saída de Podence e a entrada de Battaglia, o Sporting começou a recuperar a bola mais depressa e a aproveitar mais os espaços concedidos pelos homens do Restelo, criando algum perigo. Nesses lances, os “leões” realizaram dois remates, ambos enquadrados, enquanto o Belenenses desaproveitavam a sua superior posse de bola (61% no segundo tempo, por volta dos 70 minutos) em quadro disparos sem a melhor direcção.
- Números semelhantes para as duas equipas no capítulo do remate, aos 80 minutos: Sporting com 11, cinco deles enquadrados; Belenenses com dez, três com boa direcção. Total de 54% de posse de bola para os “leões”, embora apenas 37% no segundo período, e uma palavra para os 82% de passes certos dos visitantes. Os da casa, porém, tinham o jogo controlado.
- Aos 86 minutos, Nuno Tomás tirou o golo a Bryan Ruiz, que picou a bola por cima de Muriel, antes de ver o central belenense tirar a bola em cima da linha de baliza.
O Homem do Jogo
Triunfo difícil do Sporting frente ao Belenenses, com um golo apenas, pelo seu goleador-mor, Bas Dost. Mas o holandês nem esteve nos seus dias e o melhor em campo foi outro, Bruno Fernandes.
O médio português destacou-se, desta vez, por detalhes distintos daqueles que são a sua imagem de marca. Não fez qualquer golo, rematou apenas duas vezes (enquadradas), mas fez num único jogo o mesmo número de dribles eficazes que tinha conseguido nas 12 jornadas anteriores: seis (neste caso em dez tentativas). O português registou ainda quatro passes para finalização, criou duas ocasiões flagrantes e ganhou 11 de 15 duelos individuais – GoalPoint Rating de 7.3.
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Jogadores em foco
- Sebastián Coates 6.7 – O facto de Coates ter sido o segundo melhor em campo explica bem a forma como o Belenenses esteve em Alvalade. O uruguaio foi obrigado a realizar sete alívios e dois desarmes, ganhou a totalidade de duelos que disputou e ainda teve sucesso nas duas tentativas de drible.
- William Carvalho 6.2 – Jogo seguro do “trinco”, que realizou um passe para finalização e acertou 54 dos 61 passes que fez. O médio recuperou ainda nove vezes a posse de bola.
- Nuno Tomás 6.2 – O central do Belenenses esteve impecável. Fez seis alívios e cinco intercepções e não dá para ignorar aquele corte em cima da linha perto do fim, a negar um golo certo a Bryan Ruiz.
- Daniel Podence 6.1 – O pequeno avançado jogou apenas 59 minutos, mas enquanto esteve em campo sofreu a falta que deu o penálti decisivo, criou uma ocasião flagrante de golo, teve sucesso em duas de três tentativas de drible e fez a cabeça em água à defensiva “azul”.
- Bas Dost 5.6 – O ponta-de-lança fez o golo da partida, de penálti, e dois passes para finalização, mas registou uma ocasião flagrante desperdiçada e esteve uns furos abaixo do normal.
Resumo
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