O Benfica venceu o D. Chaves por 3-0, no Estádio da Luz, graças a uma exibição convincente, em especial na primeira parte, na qual criou as melhores oportunidades e fez dois golos.
O destaque vai todo para Jonas, que bisou e chegou aos 23 golos na Liga NOS, mas também para Krovinovic, pela exibição e pela lesão no final da partida. Isto num jogo que bateu o recorde de acções individuais com bola, 1457 – o segundo foi o Tondela-Benfica, com 1384. As “águias” estão agora a um ponto do segundo lugar.
O Jogo explicado em Números
- Início de jogo intenso e aberto, com algum equilíbrio, apesar de ligeiro domínio benfiquista nos primeiros dez minutos (54% de posse). Os “encarnados” registavam dois remates nesta fase, mas apenas um enquadrado, enquanto o Chaves apresentava uma tentativa, sem a melhor direcção.
- Contudo, o Benfica foi aumentando a pressão e, numa jogada confusa de insistência, com vários ressaltos, aos 13 minutos, Jonas recolheu à entrada da área um passe de Krovinovic e rematou com potência e colocação para o 1-0. Um tento que surgiu ao quarto disparo benfiquista, segundo enquadrado. Jonas estava endiabrado.
- Ao 19º minuto, o braseiro bisou, com um remate de primeira no coração da área, após um cruzamento atrasado de Salvio. Uns primeiros 20 minutos demolidores dos “encarnados”, que nesta fase chegava aos 61% de posse de bola, cinco disparos, três enquadrados e dois golos.
- O Chaves chegou à meia-hora com 37% de posse de bola, não um valor demasiado baixo, mas não conseguia aproximar-se com perigo junto à baliza de Bruno Varela – apenas um disparo, e sem a melhor direcção e nenhum pontapé de canto. Uma palavra, porém, para uma razoável qualidade de passe, com 76% de eficácia.
- Bom jogo de Salvio, a dinamizar o flanco direito como há muito não se via. O argentino chegou aos 40 minutos com seis tentativas de drible, duas eficazes, uma assistência em dois passes para finalização e um rating de 6.0.
- Vantagem justa do Benfica na etapa inicial, fruto de 25 minutos em alta rotação da equipa de Rui Vitória, que marcou dois golos por Jonas e ameaçou fazer ainda mais.
- No descanso os números mostravam uma “águia” dominadora, com 62% de posse, dez remates, cinco deles enquadrados, cinco cantos e 90% de eficácia de passe.
- O melhor em campo era, naturalmente, Jonas, com um GoalPoint Rating de 7.0. O brasileiro marcou dois golos, um deles com um grande remate de fora da área, e enquadrou os seus quatro disparos.
- Reentrada perfeita do Benfica, que chegou ao 3-0 aos 47 minutos, através de Pizzi. O médio rematou à entrada da área e António Filipe não conseguiu travar a bola. Este foi o quarto golo de Pizzi na prova, no primeiro disparo do segundo tempo.
- O golo do brigantino como que “matou” qualquer reacção flaviense no arranque do segundo tempo. Por isso mesmo, e devido à pressão realizada logo na primeira fase de construção dos visitantes, os “encarnados” mantinham uma boa percentagem de posse de bola (62%), e dois remates, ambos enquadrados. O Chaves fez três nestes primeiros 15 minutos da etapa complementar, mas todos sem a melhor direcção.
- A turma flaviense conseguiu o seu primeiro canto aos 69 minutos, mas nesta altura, e desde o descanso, os transmontanos registavam apreciáveis 84% de posse de bola, numa média de 79% em toda a partida.
- Grande parte da força do Benfica nesta partida assentou em dois jogadores, Fejsa e Krovinovic. Os dois médios registavam, aos 80 minutos, 94% de eficácia de passe – o sérvio acertou 67 de 70 entregas, o croata 66 de 69. Fejsa somava, nesta altura, nove recuperações de posse e Krovinovic oito, com o primeiro a somar ainda seis desarmes.
- Nos derradeiros minutos, o jogo caiu substancialmente de ritmo. O Benfica acabaria com 60% de posse de bola (58% no segundo tempo), 15 remates, oito deles enquadrados, perante um Chaves que chegou aos oito disparos, mas nenhum na direcção da baliza de Bruno Varela.
O Homem do Jogo
Jonas não dá margem de manobra na altura de escolher o melhor em campo neste jogo. O brasileiro bisou nos primeiros 19 minutos, numa exibição portentosa na primeira parte, durante a qual enquadrou a totalidade dos seus quatro remates. No segundo tempo não alvejou a baliza contrária, mas terminou o jogo com três passes para finalização e com um GoalPoint Rating de 7.9.
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Jogadores em foco
- Ljubomir Fejsa 7.2 – Grande jogo do “trinco” benfiquista. O sérvio foi um esteio autêntico, permitindo à equipa subir e pressionar bem à frente no terreno. O médio terminou o jogo com impressionantes 95% de posse de bola (75 certos em 79), fez o seu primeiro remate neste campeonato, criou uma ocasião flagrante e registou 11 recuperações de posse e sete desarmes.
- Filip Krovinovic 6.9 – O croata é um jogador cada vez mais importante para o Benfica, pelo que a lesão que sofreu perto do fim deixou em suspenso o Estádio da Luz. O médio esteve em todo o lado, registando uma assistência em quatro passes para finalização, 94% de eficácia de passe (68 certos em 72) e ainda oito recuperações de posse. Não tivesse desperdiçado uma ocasião flagrante e teria fico ainda mais próximo de Jonas.
- Pizzi 6.7 – Bom jogo do médio português, autor de um golo, o terceiro. Pizzi terminou com elevados 91% de eficácia de passe e foi quem mais acções com bola somou, 117. Esteve em todo o lado.
- Eduardo Salvio 6.3 – O argentino fez um belo jogo. É certo que apenas teve sucesso em dois dos oito dribles que tentou, mas fez dois passes para finalização e registou mesmo uma assistência, para o 2-0.
- Djavan 6.4 – O lateral-esquerdo foi o melhor dos flavienses. O brasileiro fez dois passes para finalização e registou 12 acções defensivas, cinco das quais desarmes.
Resumo
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