O Benfica respondeu categoricamente ao empate registado na jornada passada, no Estádio do Restelo, com o Belenenses.
Na recepção ao Rio Ave, as coisas até começaram mal para os campeões nacionais, com os visitantes a marcarem logo aos nove minutos.
Porém, os comandados de Rui Vitória realizaram uma segunda parte arrasadora e extremamente eficaz, registando cinco golos sem resposta, no mesmo número de disparos do primeiro tempo (dez), e apenas permitiram uma tentativa aos vilacondenses.
O 5-1 final é o espelho da partida, pela etapa complementar completamente desequilibrada.
O Jogo explicado em Números
- Benfica entrou forte na pressão, com 63% de posse aos dez minutos, três remates, um enquadrado, mas o Rio Ave marcou na primeira vez que desceu ao ataque, com Francisco Geraldes, aos nove minutos, a cruzar para o tento de cabeça de Hélder Guedes.
- Apesar do domínio (com 57% de posse aos 20 minutos), a verdade é que os vilacondenses controlavam as operações, não deixando o Benfica criar grande perigo. As suas equipas apresentavam valores modestos de eficácia de passe, 74% o Benfica, 70% o Rio Ave.
- A pressão benfiquista, à procura do empate, foi aumentando, com as “águias” as registarem 61% de posse por volta da meia-hora, e 14 bolas colocadas na área contrária, contra apenas duas do lado contrário. Porém, essas duas foram suficientes para fazerem funcionar o marcador.
- Aos 35 minutos, Salvio lesionou-se, entrando para o seu lugar Rafa. O argentino esteve modesto, com dois remates, nenhum enquadrado, quatro tentativas de drible, apenas uma eficaz, mas 18 de 19 passes certos.
- O Rio Ave marcou contra a corrente de jogo e controlou bem os acontecimentos até ao descanso, apesar do claro domínio do Benfica, que chegou a esta fase com 67% de posse de bola, 82% de eficácia de passe e dez remates, três deles enquadrados.
- No entanto, a eficácia dos homens de Vila do Conde e a sua segurança defensiva foram decisivas nesta fase, pois marcaram um golo em apenas dois remates.
- O melhor no primeiro tempo foi Zivkovic, aposta de Rui Vitória para o lugar que João Carvalho ocupou no Restelo, numa partida em que nenhum jogador atingiu pelo menos 6.0. O sérvio registou um GoalPoint Rating de 5.9, mercê de 92% de eficácia de passe, um passe finalização, mas também três desarmes e outras tantas intercepções.
- Excelente reentrada do Benfica, a marcar logo aos 49 minutos, por Jardel, de cabeça, na sequência de um pontapé de canto da esquerda, apontado por Franco Cervi. Nesta fase os “encarnados” registavam dois remates desde o intervalo, ambos enquadrado. A assistência de Cervi foi a sua sexta na Liga NOS esta temporada, em menos minutos de jogo que Pizzi e Jonas, que registavam cinco à entrada para este jogo.
- Por volta da hora de jogo, o Benfica registava 58% de posse de bola só na segunda parte, menos que os 67% da primeira, muito por culpa da pronta reacção vilacondense ao golo benfiquista. Estava claro que os visitantes não estavam satisfeitos apenas com o empate.
- Porém, a reviravolta benfiquista surgiu mesmo, aos 63 minutos. Jonas não quis deixar fugir Cervi nisto das assistências e cruzou rasteiro para a entrada de rompante de Pizzi na grande área. O médio não desperdiçou. Aconteceu ao 15º remate dos “encarnados, quinto na segunda parte, terceiro enquadrado desde o intervalo.
- O Benfica empolgou-se com o golo e fez o terceiro aos 71 minutos, por Jonas, a emendar apenas com Cássio pela frente, após assistência de cabeça de Jardel. O central brasileiro confirmava também o grande jogo que estava a realizar.
- Por volta dos 75 minutos, as “águias” registavam 61% de posse de bola, embora somente 53% no segundo tempo. Porém, na etapa complementar, a eficácia ofensiva melhorou significativamente, com quatro remates enquadrados em sete disparos, e três golos. O Rio Ave não havia conseguido sequer tentar alvejar a baliza de Bruno Varela desde o intervalo.
- Rúben Dias (83′) foi o autor do 4-1, de cabeça, após canto da direita de Pizzi. O jovem defesa-central marcou assim o seu primeiro golo com a camisola benfiquista na equipa principal. E aos 87 foi Raúl Jiménez, que pouco antes entrara para o lugar de Jonas, a fazer o 5-1, assistência de Rafa.
O Homem do Jogo
Grande jogo de Jardel, a defender, mas também a atacar, na 200ª partida de “águia” ao peito. O brasileiro foi o melhor da noite ante o Rio Ave, pois não só marcou um golo, no único remate que fez, como realizou uma assistência (para o tento de Jonas) em espantosos (para um central) três passes para finalização.
Jardel recuperou ainda nove vezes a bola, registou sete acções defensivas e não perdeu nenhum dos duelos que disputou. O GoalPoint Rating de 7.8 ajusta-se na perfeição à prestação muito completa do brasileiro.
Jogadores em foco
- Rúben Dias 7.6 – Pode parecer estranho os dois melhores de uma goleada por 5-1 serem centrais, mas o facto é que, no segundo tempo, a dupla benfiquista marcou (ambos de cabeça) e não deixou os seus adversários criarem perigo. Rúben estreou-se a marcar pelo Benfica e ainda registou cinco desarmes.
- Pizzi 7.3 – O médio fez uma bela segunda parte, coroada com um golo e uma assistência (em quatro passes para finalização). Foi o segundo jogador com mais acções com bola (89, atrás das 96 de Grimaldo) e registou 85% de eficácia de passe.
- Jonas 6.5 – O brasileiro completou o décimo jogo consecutivo a marcar. Fê-lo em cinco remates, dois deles enquadrados, e ainda assinalou a sua exibição com uma assistência em três passes para finalização.
- Zivkovic 6.4 – Rui Vitória lançou-o no lugar que João Carvalho ocupou no Restelo. E o sérvio não se deu nada mal. Para além de dois remates (um enquadrado), fez dois passes para finalização e ajudou a defender, com cinco desarmes e quatro intercepções.
- Leandrinho 5.1 – O médio saiu aos 77 minutos, mas nessa altura tinha já feito o suficiente para ser o melhor do Rio Ave, o único da sua equipa (para além de Diego Lopes, que só fez quatro minutos) a registar nota positiva. Fez um passe para ocasião e somou dez acções defensivas.
Resumo
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