Chaves vs FC Porto | “Dragão” dá lição de pragmatismo

O FC Porto regressou ao comando da Liga NOS, ao vencer categoricamente na visita ao D. Chaves por 4-0.

Mesmo com algumas poupanças, como Ricardo Pereira e Brahimi, a estratégia portista resultou em pleno, não dando espaços ao Chaves – que quis dominar a partida -, ao mesmo tempo que apostava nas transições rápidas e objectivas.

Foi assim que o “dragão” praticamente resolveu a partida na primeira parte, graças a um bis de Tiquinho Soares e a várias exibições de bom nível – quatro jogadores terminaram com rating superior a 7.1.

O Jogo explicado em Números

  • Boa entrada do Chaves na partida em termos de posse de bola, com 64%. Porém, o Porto mostrava-se mais perigoso, com os dois únicos remates da partida, um deles enquadrado, e o único pontapé de canto, por volta dos dez minutos.
  • Nem de propósito, os “dragões” colocaram-se na frente à passagem do primeiro quarto-de-hora, em mais um lance em que roubou a bola ao Chaves no meio-campoSérgio Oliveira serviu Tiquinho Soares e este rematou cruzado e com sucesso. Foi o quinto remate portista, terceiro enquadrado, contra nenhum dos flavienses.
  • Primeiro remate dos homens da casa apenas aos 16 minutos, por Pedro Tiba, sem a melhor direcção. O Chaves registava 85% de eficácia de passe, muito seguro nas entregas, mas continuava a pecar na objectividade.
  • Do lado contrário, a eficácia era total e, aos 29 minutos, Maxi Pereira cruzou e Soares rematou de primeira, forte, para o 2-0. Um grande golo do atacante brasileiro, que chegava ao bis em quatro remates.
  • Muitas dificuldades para o Chaves perante o posicionamento defensivo portista. Por volta dos 35 minutos, os flavienses registavam 55% de posse de bola, 86% de eficácia de passe (Porto 80%), mas não passava dos dois passes para finalização e quase metade da quantidade de bolas colocadas na área adversária (7-12).
  • Excelente jogo do Porto na primeira parte em Chaves. Mesmo sem Ricardo Pereira e Yacine Brahimi, poupados por Sérgio Conceição, mas no banco de suplentes, os “dragões” assumiram uma atitude pragmática, à espera da iniciativa de um Chaves habituado a ter bola e a fazê-la circular. A ideia era roubar o esférico aos flavienses no “miolo” e partir para transições rápidas e simples. E foi isso que aconteceu. Apesar de ter apenas 44% de posse, os portistas chegaram ao descanso com sete remates, cinco deles enquadrados, dois golos e o jogo controlado. O melhor em campo era, naturalmente, Soares, com um GoalPoint Rating de 7.4, graças ao bis, em quatro remates, dois com boa direcção, e um passe para finalização.
  • Mais do mesmo no arranque do segundo tempo, com Marega a fazer o 3-0, aos 57 minutos, após assistência de Otávio. Foi o 16º tento do maliano na presente Liga NOS, ao nono remate portista. Marega contribuíra, até essa altura, com dois, ambos com a melhor direcção.
  • Por volta dos 65 minutos, os homens da casa haviam melhorado ainda mais a eficácia de passe, com 91% na segunda parte, e 61% de posse. Números de “grande”, mas nada mais do que isso, pois a falta de profundidade e objectividade era gritante.
  • Muito bom jogo de Maxi Pereira, a defender e a atacar. O uruguaio registava, aos 75 minutos, um rating de 7.0, graças a uma assistência em dois passes para finalização, eficácia nas duas tentativas de drible e nove acções defensivas, entre elas quatro desarmes e quatro intercepções.
  • O 4-0 final surgiu já em tempo de compensação, com Sérgio Oliveira a marcar, após passe de Herrera. Os números finais confirmaram a ideia inicial: Chaves com mais bola, mas sem saber o que fazer com elaPorto pragmático e com a melhor estratégia para este jogo.

O Homem do Jogo

Soares bisou, fez um grande jogo, mas o esteio da grande exibição portista em Chaves foi o médio Sérgio Oliveira. O jogador português está a dar cartas na equipa de Sérgio Conceição, aposta para suprir a ausência de Danilo Pereira. Na partida deste domingo esteve um pouco por todo o lado. Oliveira terminou com um GoalPoint Rating de 7.6, pois acabou por marcar um golo mesmo ao cair do pano, mas antes disso, registou uma assistência em três passes para finalização, 84% de eficácia de passe e ainda três desarmes e duas intercepções.

Jogadores em foco

  • Tiquinho Soares 7.4 – Aboubakar está lesionado e Soares foi a aposta para ponta-de-lança. O brasileiro correspondeu com dois golos e ambição ofensiva, pois terminou com um registo de seis remates, dois enquadrados, e cinco duelos aéreos ganhos em oito.
  • Hector Herrera 7.3 – O mais recuado dos médios portistas voltou a estar em grande plano. O mexicano enquadrou o único remate que fez, registou uma assistência em dois passes para finalização, teve sucesso nos dois dribles que tentou e ainda fez seis desarmes.
  • Maxi Pereira 7.1 – O quarto jogador com um rating superior a 7.0. O lateral-direito assistiu para o 2-0, de Soares, fez dois passes para finalização, teve sucesso nas duas tentativas de drible e somou dez acções defensivas. Um todo-o-terreno.
  • Moussa Marega 6.3 – O maliano não pára de marcar e fez o 16º tento na Liga NOS, em dois remates, ambos enquadrados. Tirando isso, passou relativamente discreto pelo jogo, surgindo quando necessário.
  • Pedro Tiba 6.1 – O português foi o melhor do Chaves, o único com rating acima de 5.9. O médio rematou muito – cinco vezes -, sempre sem o melhor enquadramento, mas registou um passe para finalização, teve sucesso em três de seis dribles e terminou com 88% de eficácia de passe.

Resumo

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