FC Porto arrisca-se a pagar 200 mil euros por cada novo email que divulgar

O Tribunal da Relação do Porto deu razão ao Benfica, proibindo o FC Porto de continuar a divulgar emails relacionados com o clube encarnado. Caso o faça, o clube azul e branco arrisca-se a pagar 200 mil euros por cada infração.

Segundo o Jornal de Notícias, o FC Porto arrisca-se a pagar 200 mil euros por cada vez que infringir a proibição de não revelar emails do Benfica, imposta pelo Tribunal da Relação do Porto e revelada em exclusivo por este jornal na quarta-feira.

Em causa estão mensagens de correio eletrónico dos responsáveis benfiquistas, como o presidente Luís Filipe Vieira, o assessor jurídico Paulo Gonçalves, o comentador e ex-diretor da Benfica TV Pedro Guerra, assim como outros funcionários e dirigentes.

Os juízes-desembargadores da secção cível decidiram, por unanimidade, revogar a sentença proferida pelo juiz Fernando Cabanelas, depois do recurso ao procedimento cautelar interposto pelos encarnados.

FC Porto, SAD; FC Porto clube; FC Porto Media; Avenida dos Aliados (empresa que detém o Porto Canal) e o diretor de comunicação dos dragões, Francisco J. Marques, são os réus neste processo.

Recorde-se que o clube da Luz tinha pedido, inicialmente, o pagamento de um milhão de euros por cada incumprimento. No entanto, escreve o JN, os encarnados já reagiram, congratulando-se com a decisão e ameaçando reagir contra quem prejudicou o clube.

“Esta decisão tomada por unanimidade pelos Juízes-Desembargadores revoga, assim, a absurda decisão da primeira instância, e vem de encontro à posição sempre defendida pelo Sport Lisboa e Benfica, condenando de forma inequívoca a conduta ilícita, reiterada e manifesta do FC Porto, das entidades e do sujeito acima referidos, ainda que decorridos dez meses da sua prática, com inexoráveis gravosas e lesivas consequências ao bom nome e reputação do Sport Lisboa e Benfica, que a seu tempo e no local próprio serão julgadas”, pode ler-se no comunicado.

“O Sport Lisboa e Benfica reitera a sua determinação em perseguir todos os que pratiquem condutas idênticas às ora sancionadas, estando absolutamente convicto que a Justiça, embora tardando, não falhará em todos os seus níveis”.

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