Paços de Ferreira vs Benfica | Jonas leva águia ao triunfo

O Benfica sofreu a bem sofrer para somar três pontos na visita ao Paços de Ferreira.  A equipa da casa marcou cedo, deu muito trabalho aos visitantes no primeiro tempo.

Na segunda parte, uma “águia” dominante, exuberante e muito pressionante deu a volta ao resultado, com Jonas, mais uma vez, a destacar-se com um bis e muito envolvimento no jogo.

O Jogo explicado em Números

  • Excelente arranque de partida do Paços, que marcou logo aos nove minutos, por intermédio de Luiz Phellype, a rematar de primeira na grande área após cruzamento rasteiro de António Xavier – que roubou a bola a Grimaldo e fugiu pelo flanco direito. Apesar de ter apenas 38% de posse de bola, os pacenses registavam nesta altura quatro remates, um enquadrado, contra apenas um disparo do Benfica, e sem a melhor direcção.
  • A tentativa de reacção do Benfica foi confusa. O domínio subsistia aos 20 minutos, com 68% de posse, mas a fraca eficácia de passe (76%, ainda assim bem superior aos 55% do Paços) contribuía para uma clara inoperância ofensiva, com apenas dois disparos, e sem enquadramento.
  • A meia-hora passou e os dois únicos remates enquadrados continuavam a ser do Paços (seis disparos no total), com o Benfica sem conseguir criar qualquer situação de perigo, apesar das 18 bolas colocadas na área contrária, para as cinco do Paços.
  • Rafa foi o autor do primeiro remate enquadrado do Benfica, à passagem dos 36 minutos, após tirar do caminho Quiñones. O extremo português era dos mais inconformados das “águias”, com um rating, ainda assim, modesto, de 5.5, à passagem dos 40 minutos, atrás apenas de Jonas e Fejsa (ambos 5.6), no que toca aos visitantes. Jonas que, aos 41 minutos, desperdiçou uma óptima ocasião para empatar.
  • Vantagem dos “castores” ao descanso, que se justifica pelo melhor arranque na partida, com mais remates e mais perigo, apesar de nunca ter tido o domínio dos acontecimentos.
  • O Benfica apenas chegou ao intervalo com o mesmo número de remates do Paços (sete, dois enquadrados, contra três dos da casa) porque o último quarto-de-hora pertenceu por completo aos “encarnados”, com remates e várias ocasiões de perigo.
  • O lateral-direito pacense, Bruno dos Santos, era o melhor em campo nesta fase, com um GoalPoint Rating de 6.0, o mesmo de Phellype, o autor do golo, mas com vantagem de milésimas. O brasileiro registava um passe para finalização e oito acções defensivas, com destaque para os cinco alívios.
  • Reentrada forte do Benfica, que registou 75% de posse de bola nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, para além de três remates, dois deles enquadrados, contra apenas um (desenquadrado) dos pacenses.
  • A pressão benfiquista era forte, até que o empate surgiu aos 72 minutos. Jogada de insistência pela direita, com a bola a chegar ao recém-entrado Raúl Jiménez, que rematou contra os pés de Jonas, mas este reagiu de pronto e não falhou, apenas com Rafael Defendi pela frente. Um tento que surgiu ao nono remate benfiquista no segundo tempo, terceiro enquadrado – o quinto disparo do brasileiro.
  • Por volta dos 80 minutos só dava Benfica, à procura dos três pontos. As “águias” somavam 52 bolas colocadas na grande área contrária, numa pressão constante que rendera 11 remates apenas na segunda parte, cinco enquadrados e um total de 11 cantos, contra um do Paços. E tal deu frutos.
  • Aos 88 minutos, Jonas, sempre ele, colocou o Benfica na frente, ao concluir de primeira um passe de Seferovic, também ele recém-entrado. Foi ao 20º remate do Benfica, 13º no segundo tempo.
  • Um golo que partiu definitivamente o Paços e permitiu a Rafa, aos 94 minutos, isolar-se e fazer tranquilamente o 3-1, nova assistência de Jiménez. Isto quando o Paços já jogava apenas com dez jogadores, por cartão vermelho directo a Gian.

O Homem do Jogo

Mais um jogo de grande nível do brasileiro Jonas. O Benfica sentiu muitas dificuldades para marcar, perante um Paços de Ferreira muito aguerrido e concentrado, mas a pressão intensa, aliada à entrada de Raúl Jiménez, abriu espaços para Jonas, que aproveitou para bisar e dar a volta ao marcador.

O ponta-de-lança registou um GoalPoint Rating de 8.9, graças aos dois golos, que conseguiu em seis remates, quatro deles enquadrados, mas também a três passes para finalização e dois dribles eficazes em três tentativas.

Destaque para as 47 acções com bola. Um número não muito elevado para um médio, por exemplo, mas relevante para um ponta-de-lança, o que reflecte também as características e a preponderância do jogador na manobra colectiva.

Jogadores em foco

  • Rafa Silva 7.7 – O extremo português teve finalmente o jogo pelo qual tanto esperava. Começou cedo a dar problemas ao Paços no flanco direito e terminou com três dribles eficazes em quatro tentativas. Mas também marcou um golo em quatro remates (três com boa direcção) e registou três passes para finalização.
  • Raúl Jiménez 6.8 – O Benfica está em 4-3-3, o que retira espaço ao mexicano no “onze”. Mas num jogo com um adversário fechado, a sua entrada para o lado de Jonas foi fundamental para os “encarnados”, dando espaço ao brasileiro e colocando mais homens na frente. Terminou com quatro remates, um enquadrado, e duas assistências em três passes para finalização.
  • Rafael Defendi 6.4 – O guarda-redes do Paços foi o melhor da sua equipa. Foi evitando males maiores, com cinco defesas, todas elas a remates dentro da sua grande área. Mas não conseguiu travar a pressão benfiquista na segunda parte.
  • Ljubomir Fejsa 6.2 – Mal se vês em campo, mas o seu trabalho é fundamental na equipa de Rui Vitória. O sérvio terminou a partida com uma eficácia de passe de 94%, teve sucesso em 14 de 16 passes longos, fez sete recuperações de posse e ainda quatro desarmes.
  • Rúben Micael 6.0 – Belo jogo do veterano médio de 31 anos. O internacional português foi um dos principais criadores da sua equipa, com dois passes para finalização, mas também trabalho defensivo, com sete recuperações de posse e dois bloqueios de remate.

Resumo

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