O FC Porto garantiu um importante triunfo sobre o Sporting por 2-1, no grande “clássico” da 25ª jornada da Liga NOS.
Num jogo muito intenso, com várias ocasiões flagrantes desperdiçadas, Marcano fez o 1-0, com o 1-1 da autoria do jovem Rafael Leão. Yacine Brahimi fixou o resultado na segunda parte, o que coloca as duas equipas com oito pontos de distância. Um grande jogo de futebol que premiou o pragmatismo portista.
O Jogo explicado em Números
- Jogo muito animado logo no início, com o Porto a registar mais bola nos primeiros dez minutos (56%) e a colocar problemas à defensiva leonina mercê da velocidade e potência física de Moussa Marega, em trocas posicionais com Otávio.
- Primeira grande ocasião para o Porto aos 18 minutos, com Marega a cabecear primeiro ao poste e, depois, na recarga (também de cabeça), a ver Bryan Ruiz evitar o golo em cima da linha.
- Excelente ocasião para o Sporting aos 20 minutos, com Marcano a desentender-se com Iker Casillas e a permitir o remate a Doumbia. A bola, contudo, saiu ao lado. Nesta fase o equilíbrio era total em termos de posse, com os “dragões” a exercerem um ligeiro ascendente nos remates, com quatro, um enquadrado, contra dois disparos leoninos (sem boa direcção).
- Aos 26 minutos, Marega isolou-se pela direita e falhou perante Rui Patrício, chegando às três ocasiões flagrantes desperdiçadas. Tantas quantas tinha falhado contra o Benfica. Mas aos 28 minutos, um defesa-central não falhou. Marcano subiu mais alto que toda a gente, em cruzamento de Herrera, e cabeceou para o 1-0. Foi o sexto remate portista (segundo enquadrado), segundo disparo do espanhol.
- Por volta dos 35 minutos o equilíbrio continuava a ser a toada, com algumas diferenças de estilo. O Porto mais intenso e perigoso, por isso mesmo com menos rigor no passe (74% de eficácia), perante um Sporting a querer abrandar o ritmo e a pensar mais o seu futebol (80% de passes certos).
- Aos 43 minutos, “contrariedade” para o Sporting. Doumbia saiu lesionado, entrou para o seu lugar Rafael Leão. As aspas não são depreciativas em relação a Doumbia, mas apenas porque, logo a seguir, já em período de descontos, Leão acorreu a um passe rascado de Bryan Ruiz e rematou com êxito para o 1-1, com a bola a passar por entre as pernas de Casillas.
- Tudo empatado ao descanso, num jogo muito intenso e com momentos de grande emoção, num ambiente escaldante no Dragão. Porto marcou primeiro, por Marcano, Rafael leão entrou perto do intervalo e empatou rapidamente.
- As duas formações chegaram a meio do jogo com a mesma posse de bola, os “dragões” com sete remates contra os seis dos “leões”, mas menos um enquadrado (2-3). Isto apesar de os lisboetas apenas terem rematado quatro vezes dentro da área contrária, ao contrário da totalidade dos disparos portistas.
- As três ocasiões flagrantes falhadas por Marega eram um dos factos da noite. E o melhor nesta fase era Bruno Fernandes.
- O médio registava um GoalPoint Rating de 5.9, com três remates (um enquadrado) e uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização.
- O melhor do Porto era Maxi Pereira, com 5.8.
- Mas o Porto reagiu logo no reatamento. Aos 49 minutos, Gonçalo Paciência trabalhou bem na direita, cruzou, a bola passou por vários jogadores até chegar a Yacine Brahimi. Este não desperdiçou perante Patrício.
- A hora de jogo chegou com mais Sporting em termos de posse (56% no segundo tempo), mas sem remates, enquanto o Porto, no seu estilo pragmático, registava já três, um enquadrado, o do golo de Brahimi.
- “Leão” à procura do empate, com 62% de posse na segunda parte, quando se atingiram os 70 minutos. Porém, um domínio sem grande essência, apenas com dois remates desde o descanso, nenhum deles com a melhor direcção. Ainda assim, os únicos pontapés de canto do segundo tempo pertenciam à equipa de Jorge Jesus (3).
- Aos 79 minutos, Marega fez um chapéu a Patrício, com Battaglia a cortar em cima da linha. Foi a quarta ocasião flagrante desperdiçada pelo maliano, que se lesionou a seguir e teve de ser substituído.
- Pressão final dos leões que, no entanto, pelos 80 minutos, somavam apenas quatro remates no segundo tempo, um enquadrado (5-2 para o Porto neste capítulo). Isto porque o Porto estava forte na sua defesa, sem dar espaços ao adversário para criar perigo.
- Até final, duas ocasiões flagrantes falhadas pelo Sporting, primeiro por Montero, que permitiu a Casillas realizar uma grande defesa. E a seguir Rafael Leão, sozinho, a atirar por cima.
O Homem do Jogo
O jogo foi intenso, emotivo, aberto, com ocasiões flagrantes. O Porto desperdiçou quatro, o Sporting duas. Mas das quatro dos “dragões”, nenhuma aconteceu por obra de Rui Patrício, que terminou sem defesas.
Ao invés, Iker Casillas fez quatro intervenções, algumas de monta, pelo que terminou como melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.4. O espanhol esteve sempre muito atento, travando dois disparos dentro da sua grande área, numa dessa defesas a negar um golo quase certo a Fredy Montero.
Jogadores em foco
- Marcos Acuña 6.2 – O melhor do Sporting no Dragão. O argentino esteve muito consistente, em especial no capítulo defensivo. Na luta intensa desta partida, Acuña ganhou dez de 16 duelos, quatro deles aéreos (em cinco) e realizou cinco desarmes. Na frente fez dois passes para finalização.
- Yacine Brahimi 6.1 – O argelino marcou o golo que deu os três pontos ao FC Porto. Esse foi o ponto mais alto de uma exibição modesta, que viu o extremo ter sucesso em uma de duas tentativas de drible (muito abaixo do seu normal).
- Rafael Leão 5.0 – O jovem entrou perto do intervalo para o lugar de Doumbia e marcou pouco depois. A sua influência no jogo foi imediata, mas ao pouco foi perdendo gás. No final desperdiçou um golo quase feito, o que penaliza o seu rating.
- Bruno Fernandes 6.1 – O médio teve menos espaços do que é habitual, ainda assim esteve em bom plano. Bruno rematou três vezes, apenas uma enquadrada, terminou com uma ocasião flagrante criada em cinco passes para finalização e colocou a bola 14 vezes na área contrária.
- Moussa Marega 3.7 – O maliano é capaz do melhor e do pior. Se frente ao Portimonense foi o melhor em campo, frente ao Sporting foi o pior. Simplesmente porque falhou quatro ocasiões flagrantes para marcar. E já frente ao Benfica tinha desperdiçado três.
Resumo
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