FC Porto vs Boavista | Golo madrugador embala dragão

O FC Porto sacudiu a pressão exercida pelo Benfica e bateu o Boavista, por 2-0, no dérbi da Invicta.

A partida acabou por ficar condicionada pelo golo madrugador dos “dragões”, logo aos dois minutos, mas nem por isso os visitantes deixaram de lutar por um resultado melhor, embora só por uma vez tenham conseguido verdadeiramente ameaçar a baliza de Casillas.

Após o intervalo, Herrera marcou o golo do descanso, com Sérgio Oliveira a desperdiçar de forma caricata uma grande penalidade. Na retina ficou uma exibição de luxo do “axadrezado” Raphael Rossi, que até bateu um recorde nesta edição da Liga NOS.

O Jogo explicado em Números

  • Ainda mal os adeptos se haviam sentado e já se comemorava um golo nas bancadas do Dragão. Aos dois minutos de jogo, Felipe cabeceou para o fundo da baliza após cruzamento teleguiado de Sérgio Oliveira, logo no primeiro remate da partida.
  • Seria difícil imaginar um melhor começo de jogo para os “dragões”, que fizeram os dois únicos remates enquadrados durante os primeiros 15 minutos, embora revelassem algumas dificuldades para construir jogo, apresentando uma menor eficácia de passe (66%-74%) e menos posse de bola (42%-58%) do que o adversário.
  • Na equipa do Boavista destacava-se o central Raphael Rossi, que chegou aos 25 minutos de jogo com 100% de eficácia de passe (após 11 entregas), 22 acções com bola, oito acções defensivas e quatro recuperações de bola – que lhe iam valendo um  GoalPoint Ratings de 5.6, o mais alto dos “axadrezados”.
  • Aos 30 minutos da partida, Herrera era o único jogador na dezena de passes no meio-campo adversário (13), embora tivesse apenas 62% de eficácia na distribuição. O destaque na equipa “azul-e-branca” ia para Sérgio Oliveira, já com dois passes para finalização e 21 acções com bola – máximos na equipa da casa.
  • Brahimi esteve muito pouco em jogo nos primeiros 40 minutos do desafio, contabilizando apenas sete passes (todos certos), 16 acções com bola (só Aboubakar e Casillas tinham menos), zero remates e duas recuperações de posse. O argelino estava ainda no fundo da lista de jogadores portistas em termos de perdas de bola (apenas duas), o que demonstrava a sua pouca intervenção.
  • Primeira parte algo complicada para o FC Porto que, ainda assim, foi a única equipa que conseguiu ameaçar a baliza contrária, acabando por marcar num dos dois remates enquadrados que fez, ambos por Felipe.
  • Os “dragões” apresentavam números surpreendentemente baixos de eficácia de passe (75%) e posse de bola (50%), mas a disparidade no número de bolas colocadas na área adversária entre as duas equipas (22-9) não deixava dúvidas sobre o lado para que o jogo tinha pendido na primeira parte.
  • Sem surpresas, Felipe liderava os GoalPoint Ratings, com nota 6.9, juntando ao golo apontado cinco acções defensivas e dois duelos ganhos, ambos pelo ar.
  • Na equipa “axadrezada” o destaque ia para Raphael Rossi 6.6, ainda com 100% de eficácia no passe e 17 acções defensivas.
  • Início intenso de segunda parte, com boas ocasiões de parte a parte – o Boavista conseguiu, por fim, fazer um remate à baliza de Casillas, por Mateus. Os “axadrezados” fecharam os primeiros 15 minutos com mais posse de bola (54%-46%) e com ligeira inferioridade na eficácia de passe (76%-77%).
  • E foi então que surgiu o golo que deu alguma tranquilidade aos “dragões”, por intermédio de Herrera. Na origem do 2-0 esteve uma “prenda” do guarda-redes Vagner, que colocou a bola nos pés do mexicano, e este, no um-para-um, não desperdiçou. Herrera era já o jogador portista com mais remates, três, todos enquadrados e no decorrer do segundo tempo.
  • Aos 68 minutos, o FC Porto dispôs de uma grande penalidade após uma falta sobre Maxi Pereira dentro da grande área. Sérgio Oliveira ainda festejou o golo, mas o lance foi anulado por falta do médio português, que tocou por duas vezes na bola ao escorregar na cobrança.
  • A 15 minutos do final da partida, Sérgio Oliveira continuava a ser o único jogador com mais do que um passe para finalização. Na equipa do Boavista, apenas um atleta havia criado uma situação de remate, o médio Fábio Espinho.
  • Aboubakar acabou substituído a dez minutos do final da partida sem contabilizar um único remate enquadrado. Noite para esquecer do camaronês, que fez apenas quatro passes na segunda parte e venceu seis dos 13 duelos que disputou.

O Homem do Jogo

Não é comum um defesa conseguir o título de melhor em campo num jogo que a sua equipa perdeu e em que sofreu dois golos. Só isto diz muito sobre a excelente exibição de Raphael Rossi, que certamente merecia um resultado melhor.

O central brasileiro bateu o recorde de intercepções na presente edição do campeonato (dez), a que somou quatro desarmes, três deles dentro da área, 11 alívios e três bloqueios de remate.

Para além disso, foi o autor de um dos dois disparos enquadrados do Boavista, falhou apenas quatro dos 31 passes que fez e venceu oito dos 13 duelos em que esteve envolvido. Tudo somado, o central deixa o Dragão com mais uma grande exibição esta época e com um GoalPoint Rating de 7.9.

https://twitter.com/_Goalpoint/status/975133583726776320

Jogadores em foco

  • Herrera 7.2 – Foi o jogador que mais remates fez, três, todos eles à baliza, e um dos quais resultante em golo. Foi feliz no único drible que arriscou e contabilizou 38 passes certos – mais do que qualquer outro jogador. Pela negativa, falhou quatro desarmes, o número mais alto desta partida.
  • Sérgio Oliveira 6.7 – Criou uma ocasião flagrante, que resultou no primeiro golo da partida, e foi o jogador que mais bolas colocou na área contrária (13). Sofreu três faltas, duas delas em zona de perigo, e cometeu cinco. Foi ainda líder em perdas de posse (19).
  • Brahimi 5.7 – Arrancou cinco dribles eficazes, mas não rematou nem fez nenhum passe para finalização. Disputou 16 duelos, vencendo 11, e sofreu cinco faltas, duas em zona de perigo.
  • Vagner 5.1 – Cometeu o erro que resultou no segundo golo do FC Porto, mas importa salientar que realizou três defesas, todas elas a remates de dentro da área,
  • Sparagna 4.2 – Esteve 24 minutos em campo, tempo suficiente para cometer duas faltas, uma delas resultante em grande penalidade. Ainda assim, venceu metade dos seis duelos em que esteve envolvido e conseguiu um drible eficaz.

Resumo

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