O Benfica sofreu a bom sofrer para somar três pontos na deslocação ao terreno do V. Setúbal, graças a uma vitória por 2-1.
Numa partida em que começou praticamente a perder, com um tento sofrido aos três minutos, e sem o seu goleador Jonas, que se lesionou no aquecimento, a “águia” reagiu e realizou uma boa primeira parte, chegando ao descanso empatada.
Mas na segunda, a sua produção ofensiva caiu a pique e realizou o primeiro disparo da etapa complementar apenas aos 83 minutos.
Porém, os campeões nacionais foram a tempo de marcar, de penálti, já nos descontos, por Raúl Jiménez, que foi o herói benfiquista graças a um bis.
O Jogo explicado em Números
- Excelente arranque de partida por parte do Vitória, que chegou à vantagem logo aos três minutos. Nuno Pinto cruzou da esquerda e Costinha surgiu ao segundo poste para bater Bruno Varela, logo no primeiro remate do jogo.
- Sadinos bem organizados. Apesar do claro domínio do Benfica em termos de posse de bola (80%) nos primeiros 15 minutos da partida, só por uma vez os “encarnados” conseguiram rematar, mas de forma desenquadrada.
- O domínio benfiquista foi-se consolidando, com 75% de posse por volta dos 25 minutos, uma grande pressão ofensiva e três remates, embora nenhum enquadrado. E aos 26, Jardel cabeceou para grande defesa de Cristiano. O jogo estava aberto, intenso e animado e “cheirava” a golo.
- E ele apareceu aos 28 minutos. Raúl Jiménez, no lugar de Jonas (que se lesionou no aquecimento), surgiu ao segundo poste a acorrer a um cruzamento de Rafa e empatou o jogo para as “águias”. Um tento que surgiu aos sexto remate dos visitantes, segundo enquadrado.
- A precisar de vencer para não perder pontos na luta pelo título, a equipa de Rui Vitória pressionou mais ainda no ataque, chegando aos 35 minutos com apreciáveis 84% de eficácia de passe, muito fruto do recuo cada vez maior do Vitória, que permitia trocas de bola seguras por parte do Benfica. As “águias” registavam também duas ocasiões flagrantes e 21 bolas colocadas na área contrária, contra oito dos da casa.
- Igualdade à beira Sado ao intervalo, fruto de um golo madrugador do Vitória e do empate a meio do primeiro tempo, a culminar uma pressão intensa do Benfica sobre o seu adversário.
- Os homens da Luz registavam 74% de posse de bola ao descanso, oito remates, dois deles enquadrados, contra um único disparo dos da casa, o que deu golo.
- Raúl Jiménez, chamado à titularidade para o lugar do lesionado Jonas, era o melhor ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 6.3 fruto do golo no único remate que realizou, mas também um passe para finalização.
- Reinício de jogo algo confuso e sem esclarecimento, ao ponto de, à chegada à hora de jogo, registar-se apenas um remate nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, para o Vitória e desenquadrado. Mas o domínio benfiquista mantinha-se (78% de posse), apesar de, aos 62 minutos, Edinho perder uma grande oportunidade de golo, atirando por cima, sem marcação, no coração da grande área.
- Rui Vitória percebeu que a defesa sadina estava a lidar bem com o avançado único do Benfica e lançou Seferovic aos 66 minutos, para o lugar de Rafa. Mas ainda assim, as dificuldades benfiquistas persistiam, pois o meio-campo deixou de ser tão “mandão” – e aos 70 minutos, os únicos quatro remates da segunda parte (todos desenquadrados) pertenciam ao Vitória.
- Por volta dos 80 minutos o Benfica continuava sem qualquer remate realizado no segundo tempo, e até nos cruzamentos a equipa perdera fulgor, com apenas quatro de bola corrida, contra os 15 que havia realizado no primeiro tempo. O primeiro disparo surgiu apenas aos 83 minutos, num lance acrobático de Raúl Jiménez para defesa de Cristiano. A “águia” estava claramente em dificuldades.
- Aos 85, Salvio isolou-se e, perante Cristiano, rematou muito por cima, de pé esquerdo, numa das melhores oportunidades do Benfica em todo o jogo. A pressão do Benfica intensificava-se de novo e acabou por dar frutos já em período de descontos. O árbitro assinalou falta de Luís Felipe sobre Salvio na grande área e Raúl Jiménez (92′), de penálti, fez o 2-1.
O Homem do Jogo
⏰ 32’ | Vitória Setúbal 1-1 Benfica
Raúl Jiménez regista uma acção directa para golo a cada 60 minutos na #LigaNOS 17/18, o mesmo tempo que Jonas#VFCSLB pic.twitter.com/UxZTESjegm
— GoalPoint (@_Goalpoint) April 7, 2018
Poucas dúvidas havia sobre o homem mais importante deste jogo, Raúl Jiménez. E em termos de desempenho e respectivos números, o melhor em campo também foi o ponta-de-lança mexicano, com um GoalPoint Rating de 7.1.
Para além dos dois golos, Raúl fez quatro remates, três deles enquadrados, um passe para finalização e participou em dez duelos aéreos, ganhando apenas três deles. Sofreu ainda quatro faltas, o segundo jogador mais castigado da partida, três delas em zona de perigo.
Jogadores em foco
- Pizzi 6.5 – Quando o Benfica se viu obrigado a lançar um segundo ponta-de-lança para tentar o golo, já na segunda parte, Pizzi voltou a não corresponder no 4-4-2, tendo o Benfica perdido o meio-campo. Mas com as alterações de Rui Vitória e o regresso aos três homens no “miolo”, o português voltou a carburar, terminando a partida com quatro passes para finalização, uma ocasião flagrante criada e 89% de eficácia de passe.
- Nuno Pinto 6.4 – O melhor jogador dos sadinos. O lateral-esquerdo fez a assistência para o golo de Costinha, logo no arranque da partida, e terminou com dois passes para finalização, dois dribles certos, para além de dez bolas colocadas na área benfiquista. E ainda somou seis acções defensivas.
- Cristiano 6.3 – O guarda-redes do Vitória até nem teve muito trabalho, mas quando foi chamado a intervir, esteve atento, com um registo de três defesas, todas a remates no interior da grande área.
- Zivkovic 6.1 – O sérvio esteve mais discreto, muito por culpa da grande quantidade de jogadores sadinos no meio-campo. Ainda assim registou um passe para finalização, cinco cruzamentos de bola corrida (só um eficaz) e colocou 11 vezes a bola na área contrária.
- Ljubomir Fejsa 5.8 – Apesar do rating modesto, a verdade é que o outro sérvio do Benfica voltou a ser muito importante, perante as subidas em bloco dos jogadores sadinos. O “trinco” terminou com cinco desarmes, nove recuperações de posse, 89% de eficácia de passe e, pasme-se, dois remates (desenquadrados).
Resumo
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