O Benfica terá dito definitivamente adeus ao título, ao perder em casa com o Tondela por 3-2 – colocando até em sério risco o segundo lugar.
A formação “encarnada” mandou em todo o jogo, mas mostrou sempre falta de chama e crença. A gritante falta de eficácia ofensiva dos benfiquistas teve resposta por parte da equipa contrária, em rápidos contra-golpes que deram origem a três golos nos seus quatro primeiro remates, todos enquadrados.
No final, os 25 remates do Benfica de nada valeram, pois apenas setev tiveram a melhor direcção, e quando tal aconteceu, Cláudio Ramos resolveu o problema.
O Jogo explicado em Números
- Início de jogo com natural domínio benfiquista, expresso em 68% de posse de bola nos primeiros dez minutos e um remate, desenquadrado. Grande apetência pela ala esquerda nesta fase, com perto de 70% do futebol benfiquista canalizado por este flanco.
- Até que, aos 12 minutos, mais uma jogada pelo extremo canhoto acabou nos pés de Rafa no flanco oposto. Este esperou pela chegada dos seus colegas de equipa e serviu Pizzi, que rematou colocado para o 1-0, no segundo remate das “águias” no encontro. Este foi o sexto golo de Pizzi nesta Liga NOS e a assistência de Rafa foi a quarta do jogador esta temporada na prova.
- Só dava Benfica nesta fase, sendo que aos 20 minutos registava 72% de posse, 86% de eficácia de passe, 13 duelos ganhos em 21, cinco remates, três deles enquadrados. Os beirões sentiam muita dificuldade para efectivarem transições, muito por culpa dos 59% de passes certos, número modesto.
- Mas tal não impediu os tondelenses de marcar. Em cima da meia-hora, Miguel Cardoso isolou-se perante Bruno Varela e picou a bola sobre o guardião benfiquista, fazendo o 1-1. Um tento que surgiu ao primeiro remate dos visitantes no jogo. E ao terceiro remate, aos 39 minutos, o segundo golo do Tondela. Lançamento da esquerda, a bola chegou a Miguel Cardoso e o avançado bisou na partida. Estava consumada a reviravolta.
- Grande domínio do Benfica durante toda a primeira parte, mas faltava-lhe alguma chama, facto que os visitantes aproveitaram para, com apenas três disparos e 26% de posse de bola, gelar o Estádio da Luz.
- Balde de água fria na Luz ao descanso. Após marcar primeiro, por Pizzi, o Tondela esboçou uma ténue reacção, mas ainda assim suficiente para marcar dois golos e chegar ao intervalo em vantagem por 2-1.
- De nada valeu às “águias” os 73% de posse de bola, nem os dez remates (três enquadrados), sendo que os beirões apenas precisaram de três disparos para marcar por duas vezes, ambas por Miguel Cardoso.
- Nos primeiros 45 minutos, o melhor em campo acabou por ser Pizzi, com um GoalPoint Rating de 6.9, contra os 6.3 de Miguel Cardoso. O médio benfiquista marcou um golo em três remates (dois enquadrados), colocou a bola oito vezes na área contrária e somou três desarmes.
- Reentrada a todo o gás por parte do Benfica, já com Salvio em campo, no lugar de Franco Cervi. A formação benfiquista fez cinco remates nos primeiros dez minutos do segundo tempo, dois deles enquadrados, com Salvio em destaque pela negativa, ao desperdiçar duas oportunidades para marcar, uma delas flagrante, na cara de Cláudio Ramos.
- Por volta dos 65 minutos já a formação de Rui Vitória havia realizado oito remates no segundo tempo, dois enquadrados, registando 75% de posse desde o intervalo. Mas o Tondela não deixava de criar perigo, com transições rápidas.
- Grande confusão na grande área aos 73 minutos, com Raúl Jiménez e Luisão incapazes de bater Cláudio Ramos na pequena área. O guarda-redes começava a mostrar serviço, na fase fulcral do jogo, perante um Benfica mandão (78% de posse), mas trapalhão no último passe e na zona de finalização.
- Num festival de golos perdidos por parte da “águia”, aos 81 minutos, o Tondela fez um rápido contra-ataque e chegou ao 3-1. Tomané trabalhou bem na grande área e rematou colocado junto ao poste esquerdo da baliza de Bruno Varela, sem hipótese para o guarda-redes. Um golo que surgiu ao quarto remate tondelense, todos enquadrados.
- A um minuto do apito final, Salvio fez um chapéu a Cláudio Ramos e fixou o resultado final em 3-2.
O Homem do Jogo
Mais uma grande exibição de Cláudio Ramos, um dos grandes guarda-redes da Liga NOS esta temporada. Em especial na segunda parte, o guardião esteve praticamente intransponível, numa fase em que o Benfica pressionou e rematou bastante (15 disparos após o descanso). No fim, Cláudio Ramos terminou com cinco defesas, algumas delas decisivas, o que lhe valeu um GoalPoint Rating de 6.9.
Jogadores em foco
- Pizzi 6.9 – O médio foi o melhor do Benfica, com um rating apenas uma centésima abaixo do de Cláudio Ramos. Pizzi fez um golo em quatro remates, dois deles enquadrados, registou 87% de eficácia de passe, colocou a bola 21 vezes na área contrária e foi o jogador mais interventivo, com 124 acções com bola.
- Miguel Cardoso 5.5 – O ponta-de-lança beirão bisou na primeira parte, sendo fundamental para o triunfo da sua equipa. E conseguiu-o em apenas dois remates. Porém, não emprestou muito mais ao jogo, para além de quatro tentativas de drible, todas falhadas.
- Rúben Dias 6.6 – Bom jogo do central benfiquista. Rúben foi o segundo jogador mais em jogo, com 106 acções com bola, e ganhou seis de nove duelos aéreos e registou quatro intercepções.
- Tomané 6.1 – Bom jogo de Tomané. Para além do golo que marcou, terminou a partida com dois dribles eficazes em quatro tentativas, ganhou 16 de 32 duelos, nove de 20 pelo ar.
- Salvio 5.5 – Jogou os segundos 45 minutos, completando uma exibição agridoce. Marcou um golo ao cair do pano, rematou quatro vezes (uma enquadrada), mas desperdiçou uma ocasião flagrante.
Resumo
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