Alemanha vs México | “Aztecas” sacrificam campeã

Segunda surpresa no Mundial. Em jogo do Grupo F, o México impôs uma derrota por 1-0 à campeão do Mundo em título, a Alemanha.

Num jogo muito intenso e emotivo desde o primeiro minuto, os “aztecas” surpreenderam os germânicos com uma grande pressão sobre o portador da bola, transições rápidas e muitos elementos colocados no ataque, marcando um golo na primeira parte. Apesar da reacção alemã no segundo tempo, é legítimo afirmar que, caso os mexicanos tivessem definido melhor o último passe dos muitos contra-ataques, poderiam ter construído um resultado mais volumoso.

Espectacular a primeira metade da partida no Olimpiyskiy stadion Luzhniki, em especial por parte dos mexicanos. A Alemanha tentou implementar desde cedo o seu jogo, com posse de bola e autoridade, mas a velocidade estonteante das transições mexicanas deixaram os germânicos completamente atordoados.

Após diversos contra-ataque venenosos que podiam ter dado vantagem madrugadora aos “aztecas”, eis que, aos 35 minutos, estes marcaram mesmo. Muita intensidade na pressão sobre o portador da bola, recuperação, contra-golpe rápido, tocas de bola certeiras e “Chicharito” Hernández a assistir Hirving Lozano. Este, perante Manuel Neuer, rematou forte para o 1-0.

Um golo que conferiu uma vantagem justa para os mexicanos, apesar de terem muito menos bola que os teutónicos na etapa inicial. Aliás, o jogo chegou ao intervalo com a Alemanha a registar 64% de posse de bola, oito remates, cinco deles enquadrados, podendo lamentar-se da excelente exibição de Guillermo Ochoa na baliza contrária. O México, contudo, tinha já dez remates, quatro com boa direcção, e o melhor em campo nesta fase, Lozano, com um excelente rating de 8.7.

O segundo tempo não mudou o cariz de jogo, embora o México começasse a acusar alguma fadiga, fruto do ritmo estonteante que imprimiu no jogo no primeiro tempo. Ao longo da segunda metade, a Alemanha continuou a controlar, mas desta feita, por volta dos 70 minutos, só havia permitido um remate (desenquadrado) à formação mexicana desde o intervalo, somando, por seu turno, nove, um deles com boa direcção.

Porém, no ataque apenas Julien Draxler, com um rating de 6.8 nesta fase, conseguia imprimir uma certa criatividade, com quatro remates, dois passes para finalização, 91% de entregas eficazes, três dribles certos em cinco e uma grande capacidade de luta.

Mas a História estava do lado do México, que conseguiria segurar a vantagem, apesar de ter permitido 18 remates no segundo tempo, num total de 26 (nove enquadrados). É que na sua baliza estava um guarda-redes que costuma brilhar intensamente em fases finais de Mundiais, Ochoa. O guardião terminou como o segundo melhor em campo, com um rating de 7.8. O melhor foi mesmo Lozano, apesar de ter saído aos 64 minutos, completamente exausto. Por esta altura já havia registado um GoalPoint Rating de 8.8, fruto do golo que marcou, dos três passes para finalização que realizou e dos quatro dribles eficazes em seis tentativas.

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