O ex-futebolista decidiu partilhar uma fotografia no hospital com o primo para confirmar que o transplante de fígado que lhe salvou a vida foi legal.
Eric Abidal decidiu reagir nas redes sociais à notícia publicada pela imprensa espanhola, esta quarta-feira, que dá conta que o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, lhe terá comprado um fígado no mercado negro.
O ex-internacional francês e antigo jogador do Barça, que foi diagnosticado com um cancro em 2011, utilizou o Twitter para dizer basta. “Com a publicação desta imagem quero pedir respeito pelo meu primo Gerard e defender a sua honra. Denuncio publicamente a atitude de alguns media que continuam a pôr em causa a legalidade de uma intervenção que me salvou a vida. Já chega!”, pode ler-se na rede social.
Em 2012, na altura do transplante, noticiou-se que o dador seria um primo de Abidal, identificado apenas como Gerard. Mas agora, o El Confidencial revela que esse primo pode ter sido inventado para esconder a alegada compra ilegal do fígado.
A teoria tem por base as escutas telefónicas realizadas ao ex-presidente do clube catalão, em prisão preventiva há mais de um ano por suspeitas de lavagem de dinheiro, relacionadas com comissões ilegais alegadamente recebidas da Confederação Brasileira de Futebol e da marca desportiva Nike.
Rosell poderá enfrentar agora um outro processo judicial e pode vir a ser acusado de tráfico de órgãos, referiu o jornal espanhol, que realça que a juíza do caso entende que os indícios são “suficientemente explícitos e contundentes” para merecerem uma investigação independente.
Segundo o Observador, o transplante do antigo futebolista já tinha sido investigado, mas acabou por ser arquivado. Esta quinta-feira, a Organização Nacional de Transplantes (ONT) anunciou que vai abrir uma nova “investigação interna”.
“A ONT teve conhecimento deste assunto pela imprensa. Perante a gravidade dos feitos denunciados, deu início a uma investigação interna em colaboração com a OCATT (Organização Catalã de Transplantes) e com o Hospital Clinic de Barcelona”, lê-se num comunicado enviado hoje ao El Confidencial.
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