Jesus pediu a Cintra para anular cláusula de confidencialidade

O antigo treinador do Sporting, Jorge Jesus

Nas primeiras entrevistas após a sua saída do Sporting e das agressões em Alcochete, o Jorge Jesus disse que a equipa não devia ter jogado a final da Taça de Portugal e que Sousa Cintra fez tudo para que voltasse. 

Em entrevista ao Correio da Manhã, Jorge Jesus revelou que pediu ao seu advogado e ao presidente do Sporting, Sousa Cintra, a anulação da cláusula de confidencialidade imposta na sua carta de rescisão por Bruno de Carvalho, antigo presidente dos “leões”.

“Fiz esse pedido”, admitiu o técnico do Al Hilal, que se encontra atualmente em estágio na Áustria. “Não sei se depende só dele, mas espero que possa ajudar”.

Questionado sobre a final da Taça de Portugal, que o Sporting perdeu para o Desportivo das Aves dias depois da invasão à academia de Alcochete, Jesus reconhece que a equipa não deveria ter jogado no Jamor. “Não devíamos ter jogado a final da Taça”, diz Jesus, “os jogadores não estavam em condições“.

“Se fosse hoje não tinha ido à final da Taça. Depois da final senti-me impotente, mais do que após o episódio em Alcochete”, acrescentou o antigo técnico dos leões.

Relembrando o ataque “de terror” a Alcochete, Jesus disse que depois desse dia, sentiu que muito dificilmente continuaria no Sporting. “Nunca mais voltei a Alcochete. Foi o Paulinho quem teve de ir buscar as minhas coisas”, revelou.

A sua relação com Luís Filipe Vieira foi outro dos temas abordados. “Desde o momento em que cheguei a acordo com o Benfica o relacionamento está bom“, afirmou Jesus, que admite que após o segundo ano no Sporting falava constantemente com o presidente do Benfica”.

Jesus disse ainda que Sousa Cintra fez tudo para que voltasse ao clube. “Podia ter voltado. Sousa Cintra fez tudo para que regressasse, mas já tinha dado a minha palavra e isso para mim vale mais do que qualquer contrato”, disse o treinador, elogiando o trabalho que o atual presidente tem vindo a desenvolver.

Quanto ao futuro, Jorge Jesus deixa tudo em aberto e não fecha a porta e nenhuma equipa em Portugal. “Não podemos ter um projeto muito bem definido. Aqui há uns anos se me dissessem que ia treinar na Arábia eu dizia ‘és maluco’.”, concluiu.

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