O Sporting (re)apresentou Bas Dost como reforço, neste sábado, depois de o avançado holandês ter sido um dos jogadores do clube que avançou com a rescisão de contrato por justa causa, após as agressões em Alcochete. Mas agora, o problema maior do clube são as contas penhoradas por dívidas ao Fisco e à Segurança Social.
A permanência de Bas Dost no Sporting foi oficializada neste sábado, numa conferência de imprensa onde o jogador holandês referiu que quer ficar em Alvalade a “100%”, mesmo depois dos momentos de terror que viveu na Academia de Alcochete, onde foi agredido pelos adeptos, a ponto de precisar de levar seis pontos na cabeça.
“Para ser honesto, depois do ataque a Alcochete tive muito medo e não queria estar com pessoas”, referiu o avançado aos jornalistas. Mas “agora não tenho medo” e “estou confiante”, acrescentou ao lado de Sousa Cintra, o presidente interino do clube.
“Aprendi a gostar do Sporting, do clube, dos fãs que estão sempre connosco”, disse também Bas Dost, confessando que só pensa em “marcar muitos golos”.
O avançado assinou um novo contrato de três temporadas, mantendo a cláusula de rescisão de 60 milhões de euros, e as mesmas condições salariais, segundo garantiu Sousa Cintra aos jornalistas.
“Ele não fez exigências nenhumas. Veio com o mesmo contrato e vem de alma e coração para servir o Sporting”, referiu o dirigente dos leões que negou também a ideia de que Bas Dost tenha exigido segurança privada. “Ele não exigiu nada”, garantiu Sousa Cintra, vaticinando que o avançado “vai ser muito feliz em Portugal”.
CAP reconhece justa causa a Rui Patrício e Podence
Entretanto, a Comissão Arbitral Paritária (CAP) reconhece a justa causa a Rui Patrício e a Daniel Podence no âmbito das respectivas rescisões unilaterais de contrato, no seguimento das agressões em Alcochete.
O parecer da CAP, que é meramente administrativo, reconhece o direito de “desvinculação desportiva” aos dois atletas, mas apenas confirma que o pedido de rescisão cumpriu os procedimentos necessários, libertando assim os dois jogadores.
A decisão propriamente dita, relativamente à justa causa e ao eventual pagamento de uma indemnização ao Sporting, cabe ao Tribunal do Trabalho ou ao Tribunal Arbitral do Desporto.
Contas bancárias do Sporting penhoradas
Por outro lado, a Comissão de Gestão (CG) do Sporting está a tentar desbloquear a penhora das contas bancárias do clube devido a dívidas ao Fisco e à Segurança Social.
O Expresso adianta, na edição impressa deste sábado, que as contas do clube no Novo Banco e na Caixa Geral de Depósitos estão penhoradas devido a uma dívida de 4388 milhões de euros ao Fisco e de 862 mil euros à Segurança Social. Estão em causa pagamentos em falta relativos a Abril e a Maio, ou seja, ao período em que Bruno de Carvalho ainda liderava o clube, segundo o semanário.
“A Comissão de Gestão, que entrou em funções em meados de Junho, já liquidou as prestações de IRS do mês de Abril e também o valor em dívida à Segurança Social, com o objectivo de descongelar as contas”, sustenta o jornal.
Neste momento, o Sporting pode movimentar apenas as contas que tem no Millenium BCP.
O semanário repara que o clube tem ainda uma dívida a fornecedores que ronda os 40 milhões de euros, sendo que metade do valor já ultrapassou os prazos de pagamento previstos.
O jornal cita também uma auditoria que reporta a “situação débil de tesouraria do clube”, alertando para o risco de o Sporting não conseguir cumprir o “fair play” financeiro imposto pela UEFA, o que afastaria o emblema da Liga Europa.
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