Fenerbahçe vs Benfica | Em frente nas asas de Gedson

O Benfica garantiu a passagem ao “play-off” de apuramento da Liga dos Campeões. A formação portuguesa foi à Turquia empatar 1-1 com o Fenerbahçe, e até esteve a ganhar, fruto de um golo de Gedson Fernandes.

A equipa da casa apertou no ataque no segundo tempo, dominou, mas o Benfica controlou sempre os acontecimentos, pelo que o resultado não sofreria alterações. Agora, no caminho das “águias”, segue-se o PAOK, da Grécia, a 21 e 29 deste mês.

O Jogo explicado em Números

  • Natural domínio do Fenerbahçe no início da partida, à procura do golo que empatava a eliminatória. Nos primeiros dez minutos os turcos registaram 56% de posse e o único remate da partida, um cabeceamento de André Ayew que saiu rente ao poste esquerdo da baliza de Vlachodimos.
  • O Benfica mostrou-se sempre muito personalizado nos primeiros 20 minutos, conseguindo equilibrar na posse de bola e registar o primeiro remate, por Eduardo Salvio, mas desenquadrado. Muito bem as “águias” nas transições, velozes, a colocar os turcos em sentido.
  • E foi num desses lances que os “encarnados” colocaram-se na frente. Boa combinação colectiva, Nicolás Castillo tocou para Gedson Fernandes e este entrou de rompante na grande área para encostar para o 1-0. Um tento ao segundo remate benfiquista, primeiro enquadrado, quando as equipas tinham praticamente o mesmo tempo de posse de bola.
  • Aos 34 minutos, Castillo lesionou-se, tendo de entrar Facundo Ferreyra para o seu lugar. O chileno havia estado muito bem na partida, apenas com cinco passes, é certo, mas um que assistiu o golo de Gedson.
  • Os turcos assumiram um pouco mais a iniciativa, chegaram aos 40 minutos com quatro remates, mas o perigo era coisa que não rondava a baliza do Benfica. Excelentes os “encarnados” no posicionamento defensivo, a recuperar muitas bolas, com destaque para Pizzi, com seis nesta fase. E antes do descanso, Ferreyra fugiu à marcação, contornou Demirel e atirou às malhas laterais, já com pouco ângulo.
  • Mas já em cima do descanso, o Fenerbahçe empatou mesmo, quando nada o fazia prever. Hasan Ali Kaldirim cruzou da esquerda e Alper Potuk saltou mais alto que todos para marcar de cabeça.
  • Exibição muito conseguida do Benfica no primeiro tempo na Turquia, personalizada, consistente no posicionamento, nas recuperações de posse de bola, não dando grandes espaços ao Fenerbahçe para criar perigo.
  • Os portugueses estiveram na frente do marcador, deixaram-se empatar perto do descanso e não é de espantar que os números mostrem um pouco mais dos homens da casa, com 56% de posse e cinco remates, quatro deles enquadrados – Vlachodimos, com três defesas, estava em bom plano.
  • O melhor em campo nesta fase era Gedson Fernandes, com um GoalPoint Rating de 6.6, pelo golo que marcou, mas também pelo passe para finalização que realizou, os dois dribles certos em quatro e os três desarmes.
  • Reatamento mais intenso por parte do Fenerbahçe, que nos primeiros 15 minutos do segundo tempo registou 68% de posse de bola. Contudo, não melhorou no passe (78% de eficácia) e não registou qualquer remate nesta fase, contra os dois dos “encarnados”. O Benfica passava a ter mais espaço para contra-atacar, mas faltava velocidade nas transições.
  • Vlachidimos brilhou intensamente ao negar o golo a Baris Alici, aos 68 minutos, numa fase de grande intensidade ofensiva do Fenerbahçe. Por volta dos 70 minutos, os turcos mantinham elevada posse de bola, cerca de 64%, mas o Benfica registava quatro remates, contra dois dos da casa (um enquadrado para cada).
  • Excelente Rúben Dias na defesa. O central tinha 11 alívios realizados por volta dos 75 minutos e a totalidade dos seis duelos aéreos defensivos ganhos. Jardel, com nove alívios e cinco duelos aéreos defensivos ganhos (em cinco), era um parceiro fiável do português.
  • A formação turca foi mantendo o domínio do jogo até final, em termos de posse e iniciativa, mas o Benfica controlava as operações, seguro na defesa, em especial pelos seus centrais. Assim, a formação portuguesa conseguiu segurar o empate e a passagem ao “play-off” de apuramento da Liga dos Campeões.

O Homem do Jogo

Jogo enorme de Gedson Fernandes. O jovem médio de 19 anos encheu o campo na Turquia, a recuperar a bola, a transportá-la para o ataque e foi ele mesmo o autor do golo “encarnado”.

Gedson terminou a partida com um GoalPoint Rating de 7.3, não só pelo golo, mas também pelos três dribles eficazes em sete tentativas, os seis desarmes e as três intercepções. Uma exibição, em suma, muito completa do centro-campista.

Jogadores em foco

  • Rúben Dias 6.1 – A qualificação benfiquista teve também origem no seu sector mais recuado. Rúben foi fundamental na coesão da equipa na retaguarda, registando números de grande qualidade: nove duelos aéreos defensivos ganhos em dez, seis recuperações de posse e 11 alívios. pecou no passe, com apenas 63% de eficácia, baixo para um central.
  • Jardel 6.0 – O parceiro ideal para Rúben, Tal como o português, o brasileiro esteve intratável pelo ar, tendo ganho a totalidade dos seis duelos aéreos defensivos em que participou (e três de quatro ofensivos). E ainda fez 11 alívios.
  • Pizzi 6.1 – Muito bom o jogo do médio, em prol do colectivo. Menos efectivo em zonas ofensivas (apenas um remate e dois passes para finalização), Pizzi esteve muito bem no passe, com 86% de eficácia, e na recuperação de posse, com um total de 13, o máximo do jogo.
  • Alper Potuk 6.5 – O homem mais avançado do Fenerbahçe foi o melhor da equipa turca. Potuk colocou alguns problemas à defesa benfiquista devido à sua mobilidade e marcou o golo do empate.
  • Vlachodimos 5.9 – O guardião do Benfica esteve seguro, realizando quatro defesas, duas delas de grande qualidade. Nos momentos certos, o guardião foi fundamental para manter os turcos fora da eliminatória.

Resumo

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