O Benfica foi ao Estádio do Bessa somar três pontos, onde na época passada perdeu outros tantos.
Os “encarnados” venceram o Boavista por 2-0, numa partida em que dominaram de princípio ao fim em praticamente todos os aspectos do jogo, em especial na segunda parte, fase em que encostaram os da casa à sua grande área nos primeiros minutos após o descanso.
Aliada ao controlo do jogo esteve a competência na frente de ataque, com oito remates enquadrados em 17.
O Jogo explicado em Números
- Início de jogo animado no Bessa, com o Benfica a tentar definir o seu jogo e pegar nas rédeas da partida, perante uma formação axadrezada no contra-golpe. Nos primeiros dez minutos, as “águias” registavam 62% de posse de bola e já cinco remates, mas só um enquadrado. O único disparo do Boavista foi às malhas laterais, na melhor ocasião até ao momento, por Falcone.
- As duas equipas conseguiram estancar os principais méritos ofensivos uma da outra, com o Benfica a conseguir apenas mais um disparo até aos 20 minutos e o Boavista sem registar mais nenhum. Porém, a tendência do jogo mantinha-se, com os lisboetas a mandar no jogo e os portuenses na expectativa.
- A meia-hora chegou com o jogo a perder qualidade. Futebol mastigado, pouco espaço para o Benfica penetrar na área, como provam os cinco remates feitos de fora da mesma, contra um apenas de dentro. O Boavista estava confortável a anular o único homem “encarnado” na área, Facundo Ferreyra.
- Até que a pressão benfiquista acabaria por dar frutos. Erro defensivo dos da casa, Ferreyra roubou a bola a dois adversários e rematou de pronto, colocado, para o 1-0. Um tento que surgiu ao sétimo disparo visitante, segundo enquadrado, numa altura em que a equipa registava 66% de posse de bola.
- Entretanto, aos 40 minutos, Salvio isolou-se, mas não conseguiu desfeitear Helton Leite, que evitou o segundo tento benfiquista. Este seria o último lance de grande perigo de um primeiro tempo em que o Benfica foi dono e senhor dos acontecimentos.
- Vantagem merecida para o Benfica ao descanso, fruto de um único golo, apontado por um jogador que, até à altura, havia sido anulado pela defesa boavisteira.
- Facundo Ferreyra “revoltou-se” pela falta de bola, roubou-a aos defensores contrários e rematou para golo. O argentino era o melhor em campo ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 6.9, um disparo, enquadrado, um passe para finalização, mas apenas oito entregas, todas certas, e 15 acções com bola.
- Eficácia acima de tudo.
- Entrada de rompante do Benfica no segundo tempo, com Helton a negar o golo a Salvio com uma intervenção de grande nível. Por volta da meia-hora, os “encarnados” registavam 73% de posse, três remates, dois enquadrados, enquanto os da casa fizeram o seu segundo disparo do encontro aos 56 minutos, novamente sem enquadramento com a baliza.
- Não surpreendeu, portanto, o 2-0, aos 62 minutos, num rápido lance de contra-ataque, quando o Boavista se aprestava para pegar no jogo em busca do empate. Salvio roubou a bola a um adversário, fugiu pela direita em velocidade e centrou atrasado para Pizzi. O médio rematou de primeira, colocado, para o seu quarto golo na Liga, um tento que surgiu ao quarto remate benfiquista no segundo tempo, 12º no total… metade deles enquadrados.
- Excelente jogo de Salvio, a criar muitos problemas pela faixa direita do Benfica. O argentino registava, nesta fase, uma assistência para golo em três passes para finalização, três dribles completos em sete tentativas e um rating de 6.4.
- Partida completamente controlada pelo Benfica a dez minutos do final. A equipa de Rui Vitória registava 70% de posse de bola no segundo tempo, cinco remates apenas, é certo, mas três enquadrados.
- Destaque para uma melhoria substancial na eficácia de passe por parte das “águias”, com 82% nesta fase do encontro. O Boavista mostrava-se simplesmente inofensivo e assim se manteve até final, permitindo até a estreia de João Félix na Liga NOS.
O Homem do Jogo
Segunda jornada da Liga NOS, segunda distinção de MVP para Pizzi. Após fazer um “hat-trick” ao V. Guimarães, o médio voltou a marcar, agora ao Boavista, um golo que o coloca com quatro tentos em duas partidas.
Pizzi terminou a partida do Bessa com um GoalPoint Rating de 8.1, fruto de um golo em quatro remates (dois enquadrados), quatro passes para finalização, 94 acções com bola e nove recuperações de posse. O brigantino mostra boa forma física e, acima de tudo, confiança.
Jogadores em foco
- Facundo Ferreyra 7.0 – Muito se tem discutido sobre a qualidade do avançado argentino, mas a verdade é que esteve em muito bom plano no Bessa. Ferreyra abriu o activo, um lance de insistência individual, e terminou com dois passes para finalização, ajudando ainda na defesa, com dois desarmes.
- Helton Leite 6.5 – O Benfica ganhou “apenas” 2-0, muito por culpa do guarda-redes do Boavista. Por duas vezes perante Salvio e uma ante Pizzi negou golos quase feitos e terminou o jogo com seis defesas, sendo o melhor dos boavisteiros.
- Eduardo Salvio 6.5 – A exibição do argentino quase cansou quem viu o jogo. No flanco direito, Salvio criou muitos problemas à formação da casa, tendo ele próprio roubado a bola a um adversário antes de assistir Pizzi para o 2-0. O extremo registou ainda três passes para finalização, três remates (dois enquadrados) e três dribles certos em sete.
- André Almeida 6.4 – Mais um jogo consistente do lateral-direito. Almeida não esteve muito activo no ataque, mas ganhou todos os duelos que disputou (5) e terminou com 89% de eficácia de passe.
- Hueglo Neris 5.8 – Excelente o central do Boavista, em especial nos momentos em que os homens da casa mais precisaram de recorrer ao alívio. Foram nada menos que nove realizados pelo defesa, que ainda somou quatro intercepções.
Resumo
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