O FC Porto sofreu a bom sofrer para somar três pontos no Estádio do Jamor, nova “casa” do Belenenses.
Os “dragões estiveram a ganhar por 2-0, deixaram-se empatar, e somente em período de descontos, de grande penalidade, os campeões nacionais garantiram a vitória por 3-2, através da conversão exemplar do castigo máximo por parte de Alex Telles. Para a História fica um encontro em que o Belenenses esteve por cima em diversos momentos da partida, valendo aos portistas uma maior eficácia atacante.
O Jogo explicado em Números
- Entrada atrevida do Belenenses, a registar os únicos dois remates nos primeiros dez minutos da partida, embora ambos desenquadrados. O Porto garantia o domínio do jogo nesta fase, com 56% de posse de bola, mas pouca profundidade ofensiva.
- O jogo pouco ou nada mudou até aos 20 minutos, sem qualquer disparo de parte a parte e os “dragões” com muitas dificuldades para furar a defensiva contrária. Sérgio Oliveira, com quatro desarmes nesta fase madrugadora do encontro, começava a destacar-se nos campeões nacionais.
- A primeira grande oportunidade portista surgiu no primeiro remate dos visitantes quando, aos 23 minutos, André Pereira cabeceou à trave da baliza de Muriel. Mas apenas três minutos volvidos, o jovem central Diogo Leite fez bem melhor, ao marcar de cabeça, após livre de Alex Telles. Estava feito o primeiro do jogo.
- A meia-hora chegou com o Porto na frente, mas perante um Belenenses ambicioso e à procura da sua sorte. Nesta fase o Porto ainda tinha mais bola e as duas equipas registavam os mesmos três remates, os “dragões” com maior eficácia. E se no início o Belenenses ganhou a maioria dos duelos individuais, os portistas corrigiram esse aspecto e chegaram a este momento por cima neste detalhe importante do jogo, com quase (superioridade em 60%).
- Os últimos momentos do primeiro tempo como que inverteram a tendência da partida. O Belenenses chegou ao intervalo com ligeiramente mais bola (51%), mas o Porto passou a rematar com mais facilidade, chegando ao descanso com seis disparos, dois enquadrados, contra quatro tentativas (uma com boa direcção) dos homens do Restelo.
- Porto em vantagem ao descanso, aproveitando melhor as situações de remate de que dispôs.
- Já durante os primeiros 45 minutos Sérgio Oliveira ia dando sinais de qualidade, e a meio do jogo era o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.0.
- O médio registava um passe para finalização e impressionantes seis desarmes, mais um que o máximo da ronda. E ainda somava quatro recuperações de posse.
- No primeiro minuto do segundo tempo, o FC Porto fez o 2-0. Após um erro clamoroso da defensiva “azul”, Otávio recuperou a bola, contornou Muriel e atirou a contar para o fundo da baliza. O brasileiro pouco tinha ainda feito no jogo, mas quando surgiu, foi decisivo.
- A resposta dos “pastéis” foi rápida, com Fredy Ribeiro a reduzir de grande penalidade, na sequência de mão na bola de Diogo Leite na grande área e após recurso ao vídeo-árbitro. O jogo estava nervoso, com mais emoção e, mais uma vez, com os portistas a registarem mais posse de bola e o Belenenses mais remates.
- Muito equilíbrio na partida por volta dos 65 minutos. Nesta altura ambas as equipas registavam oito remates (3-4 em enquadrados a favor do Porto), embora os da casa mais activos neste domínio no segundo tempo (quatro disparos). Ambas as equipas registavam 50% de posse de bola, com os portistas a somarem 54% desde o intervalo.
- Aboubakar com algumas dificuldades nesta partida. O ponta-de-lança camaronês não registava qualquer remate nesta altura do jogo e apenas por três vezes interagira com a bola dentro da grande área do Belenenses, todas na primeira parte.
- À entrada para os últimos dez minutos o Belenenses já tinha mais remates (10-8) e posse de bola (54%) que os “dragões” e ameaçava o golo. Tento que acabaria por aparecer aos 83 minutos. Fredy centrou da direita e Alhassane Keita saltou mais alto para o empate, marcado de cabeça. Foi ao sétimo disparo do Belenenses no segundo tempo, quarto enquadrado.
- Porém, no período de descontos, o árbitro recorreu de novo ao vídeo-árbitro para assinalar grande penalidade para o “dragão”, por mão de Henrique na grande área, e Alex Telles não desperdiçou o castigo máximo, dando três difíceis pontos aos “azuis-e-brancos”.
O Homem do Jogo
Num jogo repartido, dois jogadores brilharam mais que os restantes, um de cada equipa, Fredy Robeiro e Héctor Herrera. O belenense marcou um golo e fez uma assistência, pelo que acabou por ter o GoalPoint Rating mais elevado, um 7.0, mas apenas com mais uma centésima que o portista. No final, realce ainda para os dois dribles eficazes em três tentativas e para as cinco faltas sofridas, tantas quantas Sérgio Oliveira.
Jogadores em foco
- Héctor Herrera 7.0 – O mexicano terminou o encontro com dois remates, dois passes para finalização e quatro duelos aéreos defensivos ganhos nas quatro vezes em que participou em lances semelhantes. E ainda registou cinco desarmes, batido apenas pelos oito de Sérgio Oliveira.
- Sérgio Oliveira 6.7 – O médio liderou os ratings durante grande parte do encontro, sendo apenas ultrapassado perto do fim. Oliveira destacou-se sobretudo a defender, com oito recuperações de posse e o máximo de desarmes da segunda jornada até ao momento, também oito.
- Alex Telles 6.7 – O “rei” das assistências da época passada voltou a fazer das suas neste capítulo, ao fazer o cruzamento para o 1-0, de Diogo Leite. Teles somou ainda três passes para finalização, sendo que registou ainda cinco acções defensivas.
- Alhassane Keita 5.7 – O autor do segundo golo do Belenenses estava a ter um jogo discreto, mas acabou com três remates realizados, dois deles com boa direcção. Não tem um rating mais elevado porque, na realidade, a sua acção no jogo não foi além do exposto anteriormente.
- Dálcio 3.9 – Jogo para esquecer de Dálcio. Entrado aos 39 minutos para substituir o lesionado Matija Ljujic, acabou por fazer o passe disparatado para o 2-0 do Porto, logo no arranque do segundo tempo.
Resumo
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