O Benfica anunciou hoje ter celebrado “um acordo para a cessação do contrato de trabalho” do assessor jurídico Paulo Gonçalves, arguido no caso e-toupeira, por “razões de natureza pessoal”, e elogiou o antigo dirigente.
“A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD vem comunicar que, por proposta de Paulo Gonçalves, celebrou hoje um acordo para a cessação do contrato de trabalho”, pode ler-se numa nota da sociedade ‘encarnada’ à comunicação social.
Segundo as ‘águias’, a proposta partiu do assessor jurídico e na base da decisão estão “razões de natureza pessoal, em especial a necessidade de se dedicar à sua defesa num processo judicial” e “em nada relacionadas com o exercício de funções que lhe estavam confiadas”.
O Ministério Público (MP) acusou dois funcionários judiciais, a SAD do Benfica e um colaborador de vários crimes, incluindo corrupção, favorecimento pessoal, peculato e falsidade informática, no caso ‘e-toupeira’.
Na mesma nota, a SAD do Benfica agradece o trabalho de Paulo Gonçalves “ao longo de 12 épocas desportivas e até hoje”, realçando “o profissionalismo, a lealdade, a integridade e a dedicação” do agora ex-assessor jurídico.
Em 13 de setembro, o vice-presidente dos lisboetas Varandas Fernandes defendeu, em conferência de imprensa, a ligação entre as duas partes, e manifestou acreditar na inocência de Gonçalves. “Até prova em contrário, acredito na sua inocência. Não está julgado, está acusado. A justiça vai encarregar-se de apurar se tem ou não responsabilidade de ser acusado”, frisou.
Paulo Gonçalves, advogado e responsável pelo departamento jurídico da SAD encarnada, é acusado de 79 crimes no âmbito do processo e-Toupeira. Deixa o Benfica depois de 12 anos em funções no clube.
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