O Sp. Braga venceu esta segunda-feira o Sporting por 1-0, na Pedreira, em jogo que fechou a quinta jornada da Liga NOS.
Num embate muito intenso e disputado, mas nem sempre com o melhor futebol, os minhotos acabaram por beneficiar de uma maior eficácia na concretização, em especial na segunda parte, com Dyego Sousa a marcar o único tento da partida.
O Jogo explicado em Números
- Arranque de jogo muito animado, com ligeiro ascendente leonino (52% de posse) no primeiro quarto de hora. O primeiro remate do jogo surgiu apenas aos 16 minutos, após bom lance do “leão” Raphinha, mas a bola saiu um pouco por cima da baliza de Tiago Sá.
- Jogo intenso, táctico e muito disputado, com o Sporting a chegar à meia-hora com maior domínio (57% de posse), mas apenas um remate, o de Raphinha que falámos anteriormente. Os minhotos apostavam nas transições e registavam três disparos nesta fase, um enquadrado, todos eles de fora da área – “leões” muito bem nos momentos defensivos.
- Muito bem Sebastián Coates a contribuir para essa consistência leonina. O uruguaio somava três duelos aéreos defensivos ganhos nesta fase, nos quatro em que participara, e ainda três alívios. Marcelo Goiano era o melhor do Braga, já com oito acções defensivas, entre elas três desarmes.
- A intensidade do jogo não permitia uma grande qualidade no passe, com o Braga a não passar dos 71% de eficácia e o Sporting dos 77% por volta dos 40 minutos. Mas emoção não faltava ao jogo, apesar de escassearem as ocasiões de golo.
- Nulo chegado ao descanso na Pedreira, reflexo de um jogo de certa forma repartido, disputado com muita intensidade e garra, nem sempre com a melhor qualidade.
- Somente oito remates no primeiro tempo, cinco para o Braga, com o “leão” a enquadrar mais um e a usufruir de mais tempo de posse de bola (54%). Porém, as oportunidades de golo escassearam, tirando dois lances, um em cada uma das balizas.
- O melhor nesta fase, com um GoalPoint Rating de 6.4, foi Coates, que se mostrou imparável no futebol pelo ar – quatro duelos aéreos ganhos em cinco – e registou oito acções defensivas (quatro desarmes e outros tantos alívios).
- O reatamento trouxe mais do mesmo, com a diferença que, chegada a hora de jogo, o Braga apresentava mais posse de bola (55%) desde o descanso. Contudo, nestes 15 minutos, apenas dois remates, um para cada lado. As equipas continuavam encaixadas e a anularem-se mutuamente, ao ponto de o Sporting não passar dos 60% de eficácia de passe e o Braga de 71%.
- O jogo acabou por ser desbloqueado aos 67 minutos. Eduardo, lançado poucos minutos antes por Abel, fugiu pela esquerda, cruzou atrasado e o goleador do Braga, Dyego Sousa, desviou para o fundo da baliza sportinguista. Um tento ao nono remate bracarense, quarto no segundo tempo, num total de quatro enquadrados.
- Excelentes os “arsenalistas” a cortarem as vias mais perigosas para a sua baliza. O Sporting chegou aos 80 minutos com mais um remate que o seu adversário no segundo tempo (6-5), mas sem conseguir enquadrar nenhum deles.
- Muito bem Jovane Cabral aos 88 minutos, a passar por toda a gente a flectir para o meio e a rematar para grande defesa de Tiago Sá. O jovem extremo veio dar mais ânimo ao futebol leonino nos últimos minutos. Mas os minhotos aguentaram firme a pressão final do Sporting e arrecadaram os três pontos.
O Homem do Jogo
Num jogo em que as equipas encaixaram os seus esquemas tácticos e as ocasiões apenas surgiram a espaços, é natural que os defesas tenham sido os que melhores desempenhos mostraram. Assim, o melhor na Pedreira foi o sportinguista Sebastián Coates, que já no primeiro tempo se havia destacado. Com um GoalPoint Rating de 7.1, o uruguaio terminou o embate com oito duelos ganhos em dez e 14 acções defensivas, entre elas nove alívios. Só mesmo aquele remate de Dyego Sousa deitou por terra o trabalho defensivo do central.
Jogadores em foco
- Marcelo Goiano 6.7 – Que grande jogo do lateral-direito bracarense. Ao todo, Goiano somou 20 acções defensivas, entre elas oito desarmes (máximo da jornada) e cinco bloqueios de passe. Esteve menos afoito no apoio ofensivo.
- Dyego Sousa 6.0 – O brasileiro decidiu o jogo, com um golo em três remates, dois enquadrados, e esteve muito activo, com quatro duelos aéreos ofensivos ganhos em nove. A sua nota não é mais elevada porque foi desarmado seis vezes e somou seis maus controlos de bola.
- Romain Salin 6.5 – O guarda-redes do Sporting continua em grande forma e evitou males maiores para o “leão”. Ao todo realizou três defesas, um número não muito elevado, mas o grau de dificuldade das mesmas justifica o rating alto.
- Marcos Acuña 6.0 – O argentino, que jogou a lateral-esquerdo, teve alguma dificuldade a nível do passe, com 67% de eficácia apenas, e perdeu 29 vezes a posse de bola. Porém, recuperou-a nove vezes e ainda registou 11 acções defensivas, entre elas cinco desarmes.
- Eduardo Teixeira 5.9 – O brasileiro entrou a 30 minutos do fim e acabou por ser decisivo. Fez um remate e apenas um passe para finalização, mas este acabou por ser a assistência para o golo do seu compatriota. Completou ainda as três tentativas de drible.
Resumo
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