Segundo aponta um novo conjunto de e-mails, a PSP terá manipulado números relativos à apreensão de artefactos de pirotecnia no decorrer do Benfica-FC Porto, jogado a 26 de abril de 2015.
De acordo com as mensagens, divulgadas pelo blogue “Mercado de Benfica” e replicadas em diversos órgãos de imprensa e redes sociais, no final desse jogo, o comissário da PSP Rui Costa relatou a “apreensão dos 150 artigos pirotécnicos, pertencentes aos adeptos dos dois clubes”. Contudo, aponta a Renascença, omitiu que a distribuição era de 149 artefactos apreendidos a adeptos benfiquistas e apenas um a um adepto portista.
No dia seguinte, 27 de abril, Rui Pereira, chefe de segurança do Estádio da Luz, enviou um e-mail ao administrador da SAD, Domingos Soares Oliveira, no qual é referida uma comunicação entre Rui Pereira e o subintendente da PSP Pedro Pinho, sobre as declarações feitas aos jornalistas sobre a apreensão de artefactos pirotécnicos.
“Devo-lhe um agradecimento e apreço especial a si, por sentir estar implícito e notório nesta notícia um reconhecimento do trabalho e colaboração à estrutura de segurança do SLB”, escreveu. “A PSP dividiu a captura dos 150 artefactos entre adeptos SLB e FCP, omitindo à opinião pública que o resultado foi de 149-1!!!“.
Rui Pereira diz também a Domingos Soares Oliveira que a situação com as claques estava a tornar-se “insustentável” e que tinha sido descoberto, na Luz, “um verdadeiro arsenal no interior de um WC, que serve de depósito/arrecadação de artigos pirotécnicos para todos os jogos… sem terem de ser sujeitos a revista nas portas. Há quanto tempo existe este esquema?”.
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