Portugal vs Polónia | 1º lugar sem derrotas

Portugal recebeu a Polónia no fecho do Grupo 3 da Liga das Nações e não foi além de um empate 1-1. A formação das “quinas”, já apurada para a “final four”, começou melhor, dominou, marcou, mas na segunda parte viu-se reduzida a dez unidades num lance que deu penálti e empate para os forasteiros. Ainda assim, os campeões da Europa são a única equipa a concluir a fase de grupos da Liga A sem qualquer derrota.

O Jogo explicado em Números

  • Primeiro quarto-de-hora claramente com mais Portugal, a registar 59% de posse de bola e os dois únicos remates do encontro, embora nenhum enquadrado – um bloqueado por… Rafa saído dos pés de Renato Sanches e que aparentava encaminhar-se para o fundo da baliza. Os polacos destacavam-se (negativamente) nas faltas, com cinco nesta fase.
  • Os visitantes equilibraram as operações aos poucos, não permitindo mais nenhum remate a Portugal até à passagem da meia-hora. Ainda assim os lusos mostravam-se mais competentes nos duelos individuais, vencendo 21 de 34 destes lances. Até que o golo acabou por surgir.
  • Aos 34 minutos, Renato Sanches bateu o terceiro canto de Portugal e André Silva, ao primeiro poste, desviou de cabeça para o 1-0. Um golo que surgiu ao quinto remate da turma das “quinas”, primeiro enquadrado.
  • Sanches era um dos jogadores mais activos na partida. O médio do Bayern era o mais rematador nesta fase, com três disparos, mas também com uma assistência em dois passes para finalização e 100% de eficácia de passe.
  • Primeira parte agradável de Portugal, num jogo que, no global, esteve longe de mostrar um grande futebol.
  • Com muitas alterações, os campeões da Europa conseguiram, ainda assim, dominar os acontecimentos, não evitando, no entanto, alguns remates por parte da Polónia.
  • Destaque para a excelente eficácia de passe de Portugal, inclusive no vertical.
  • O melhor em campo nesta fase era Renato Sanches. Com uma assistência em dois passes para finalização, três remates, dois dribles eficazes em três tentativas e todos os 28 passes completos, o jogador do Bayern registava um GoalPoint Rating de 6.4.
  • Os polacos assumiram mais a iniciativa nos primeiros 15 minutos após o descanso, equilibrando na posse de bola e registando os dois únicos remates até aos 60 minutos. Nesta fase ganharam mesmo dez dos 11 duelos individuais, o que mostra uma atitude bem diferente.
  • Até que aos 63 minutos tudo se complicou para Portugal. William Carvalho fez um passe atrasado de cabeça para os pés de Arkadiusz Milik, Danilo Pereira perseguiu o avançado e fez falta na grande área. O árbitro expulsou o médio luso e o próprio Milik empatou, de grande penalidade – quarto disparo dos forasteiros no segundo tempo, primeiro enquadrado.
  • Pelos 70 minutos, Portugal não registava qualquer remate no segundo tempo e só aos 73 conseguiu o primeiro pontapé de canto, numa fase em que até já tinha mais posse de bola (57%), apesar da desvantagem numérica.
  • Polacos sempre mais perigosos no segundo tempo, estando perto de marcar aos 80 minutos através de um grande remate de Piotr Zielinski, para grande defesa de Beto. E nos duelos tudo na mesma, com os visitantes a ganharem 16 dos 19 que se verificaram no segundo tempo.
  • Nenhuma das equipas mostrou capacidade para mais, pelo que o empate foi o resultado, ajustando-se perfeitamente ao domínio que cada formação exerceu em cada parte. Portugal conseguiu, assim, terminar esta fase de grupos da Liga das Nações invicto.

O Homem do Jogo

Renato Sanches comandou os ratings durante grande parte do jogo, mas com a mudança no cariz da partida na segunda parte, acabou por ser um polaco a sair como MVP. Foi ele o avançado Milik, autor do tento da Polónia, de penálti, e sobre quem foi cometida a falta que deu o castigo máximo. O jogador do Nápoles terminou com um GoalPoint Rating de 7.2, pelo exposto anteriormente, mas também pelos dois passes para finalização que realizou e pelas seis acções defensivas, um número não muito habitual para um ponta-de-lança.

Jogadores em foco

  • Renato Sanches 6.2 – Bela partida do jogador do Bayern, em especial na primeira parte. Autor da assistência para o golo de André Silva, o jovem surgiu solto e confiante no jogo, sem medo de rematar (três disparos) e de partir para cima dos adversários (três dribles completos em quatro tentativas). Terminou com 45 passes certos em 47.
  • André Silva 5.8 – O ponta-de-lança do Sevilha fez o golo português, mas sentiu algumas dificuldades, sozinho na frente de ataque. Por esse motivo fez mesmo um só remate em todo o encontro e completou a única tentativa de drible.
  • Pepe 5.4 – O defesa-central não comprometeu, num jogo em que não teve muito trabalho. Ainda assim foi dos melhores de Portugal, graças, em grande parte, às cinco acções defensivas.
  • Piotr Zielinski 6.1 – Um quebra-cabeças na segunda parte. O polaco foi, a par de Renato, o mais rematador da partida, com três disparos, um deles para grande defesa de Beto. O médio-ofensivo completou 89% dos passes que fez e realizou duas entregas para finalização.
  • Frankowski 6.0 – O médio-esquerdo não deixou João Cancelo subir tanto no terreno como tanto gosta e conseguiu fazer dois remates, um passe para finalização e ajudar no seu flanco, com quatro desarmes.

Resumo

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