O Sporting vai pedir uma indemnização por danos a Bruno de Carvalho, Mustafá e restantes 38 acusados no processo relativo ao ataque à Academia de Alcochete.
A notícia foi avançada pelo Record na quinta-feira. Aparentemente, o pedido de compensação ao ex-presidente do Sporting vai mesmo avançar, faltando apenas definir a data e os valores que vão ser reclamados no processo.
A direção de Frederico Varandas entende que o clube e a SAD leonina foram gravemente prejudicados e lesados em todo o processo, que ficou marcado como um dos episódios mais “negros” do desporto português.
Desta forma, o Sporting vai pedir uma indemnização a Bruno de Carvalho; Nuno Mendes – conhecido como Mustafá -, o líder da claque Juventude Leonina; e aos restantes 38 arguidos que continuam em prisão preventiva, depois da acusação formal do Ministério Público aos suspeitos do ataque à Academia do clube.
Existe a possibilidade de o valor exigido ser determinado conforme o comprometimento de cada envolvido no processo, sendo pedida uma quantia diferente a Bruno de Carvalho, Mustafá e aos outros 38 arguidos.
Bruno de Carvalho e Mustafá em liberdade
Bruno de Carvalho e Mustafá foram detidos no domingo, 11 de novembro, com base em mandados emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
Na quinta-feira seguinte, dia 15 de novembro, o ex-presidente do Sporting e o líder da Juve Leo saíram em liberdade, sujeitos a apresentações diárias às autoridades e a uma caução de 70 mil euros, decretou o Tribunal do Barreiro.
Num comunicado divulgado aos jornalistas, o juiz Carlos Delca diz que o Ministério Público não apresentou provas suficientes dos crimes que são apontados aos dois arguidos, com exceção da droga que terá sido apreendida a Mustafá nas buscas à Juve Leo. A nota refere também riscos como o perigo de fuga, perturbação do inquérito, continuação da atividade económica e ameaça à ordem pública.
A 16 de novembro, o MP concluiu e entregou o despacho de acusação relativo à investigação do ataque a Alcochete. Bruno de Carvalho e o elemento de ligação aos adeptos Bruno Jacinto, bem como o líder da Juve Leo, foram considerados pela acusação como autores morais do ataque às instalações do clube, bem como de 101 crimes, nos quais 38 de sequestro e um de terrorismo.
O juiz de instrução criminal do Barreiro, Carlos Delca, decidiu manter a decisão de prisão preventiva aos restantes 38 arguidos que foram detidos depois do ataque ao centro de treinos do Sporting. O juiz entendeu que continua a existir perigo de fuga e de perturbação do decurso do inquérito e da ordem pública.
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