O FC Porto não abranda e somou a 12ª vitória consecutiva em todas as competições.
Na deslocação ao terreno do Galatasaray, em jogo da sexta jornada do Grupo D da Liga dos Campeões, os “dragões” tiveram de saber sofrer bastante para fazer vincar a extrema eficácia ofensiva que patentearam e defender a vantagem de 3-2.
Os turcos atacaram muito, remataram, dominaram, criaram ocasiões e até desperdiçaram uma grande penalidade, e o Porto aproveitou para somar mais três pontos, chegando aos 16 nesta fase de grupos.
O Jogo explicado em Números
- Jogo muito movimentado logo no arranque, com o Porto a sentir algumas dificuldades para travar a intensidade do ataque do Galatasaray. Aos 14 minutos, Eren Derdiyok desperdiçou um golo quase feito, sendo que no primeiro quarto-de-hora, os turcos registaram 55% de posse de bola e os dois únicos remates da partida, um deles enquadrado. O Porto não passava dos 69% de eficácia de passe.
- No entanto, no primeiro remate que realizaram na partida, os “dragões” marcaram. Alex Telles cobrou um livre da direita e Felipe, praticamente sem marcação na grande área, cabeceou com sucesso para o 1-0. Eficácia absoluta dos “azuis-e-brancos”.
- O golo portista arrefeceu os ímpetos turcos, com o Gala a perder um pouco a posse de bola, ao ponto de esta cair para os 47% à passagem da meia-hora. Os “dragões” passaram a controlar a partida e a manter os homens da casa mais longe da baliza de Iker Casillas. E tudo quase sem cometerem faltas, pois registavam apenas duas nesta fase, contra seis dos turcos.
- O jogo aproximava-se do descanso e o Galatasaray não encontrava forma de abrir a defesa portista. Aliás, desde o golo de Felipe, os anfitriões não fizeram qualquer remate até perto dos 40 minutos, e foi precisamente nesta altura que o árbitro deu penálti para o Porto, por falta de Mariano sobre Hernâni. Marega, chamado a converter, não desperdiçou o 2-0.
- A resposta do Gala aconteceu nos descontos da primeira parte. Felipe fez falta sobre Garry Rodrigues na grande área e Sofiane Feghouli reduziu de penálti, ao sétimo remate, quarto enquadrado.
- Vantagem perfeitamente justa do Porto ao descanso, fruto de uma estratégia de controlo de jogo muito inteligente, com momentos defensivos e ofensivos sempre em bloco, sem deixar pontas soltas.
- Apesar do domínio global do Galatasaray e de os turcos terem criado mais lances de remate, os “dragões” foram sempre muito perigosos e marcaram por duas vezes em três remates, numa demonstração de grande eficácia.
- O melhor em campo nesta fase era o argelino Feghouli, autor do golo turco, de penálti, e com um registo de uma ocasião flagrante de golo criada, para além de três dribles completos em quatro tentativas, que lhe valiam um GoalPoint Rating de 6.4.
- O Porto reentrou muito forte no segundo tempo e fez o 3-1 aos 57 minutos, também no primeiro remate que fez após o descanso. Marega lançou Hernâni, este foi à linha e centrou atrasado para Sérgio Oliveira, que rematou de primeira para o fundo das redes. O Gala registava três remates nesta fase, 63% de posse de bola desde o intervalo, mas a sua inoperância ofensiva mantinha-se.
- Porém, a persistência turca acabaria por dar novamente frutos aos 65 minutos. Rodrigues fugiu pela direita, cruzou rasteiro e Derdiyok empurrou para o fundo da baliza de Casillas. E logo a seguir, aos 67, novo penálti para os homens da casa, cometido por Maxi Pereira sobre Rodrigues. Mas desta feita, Feghouli acertou na barra.
- Partida muito intensa na segunda parte, mercê da pressão caseira em busca do empate. Por volta dos 70 minutos, os turcos registavam oito remates na segunda parte, três enquadrados, 68% de posse de bola e 88% de eficácia de passe. Garry Rodrigues, com quatro remates enquadrados em quatro e uma assistência, era o melhor em campo nesta fase, com um rating de 7.1.
- Tirando o golo e o início auspicioso de segunda parte, o Porto sentia muitas dificuldades para travar o futebol do Galatasaray. A formação da casa assumiu em definitivo o domínio claro da partida, com 69% de posse de bola aos 80 minutos, nove remates desde o intervalo, três enquadrados, mas o golo do empate não aparecia, mercê do recuo portista que obrigava ao remate de fora da área (quatro dos nove).
O Homem do Jogo
O Porto apresentou uma tremenda eficácia ofensiva esta terça-feira em Istambul. Porém, o melhor em campo foi um jogador do Galatasaray. O cabo-verdiano Garry Rodrigues esteve nos principais momentos ofensivos dos homens da casa ao longo da partida, registando um GoalPoint Rating de 7.0. O extremo-esquerdo foi um dos jogadores mais rematadores da partida, com quatro disparos, e enquadrou-os todos. Para além disso, fez uma assistência no único passe para finalização que realizou e sobre ele foram cometidas as duas grandes penalidades de que os anfitriões dispuseram.
Jogadores em foco
- Hernâni 5.8 – O melhor do FC Porto acabou por ser o extremo Hernâni, apesar de ter saído aos 70 minutos. Não marcou qualquer golo, mas fez a assistência para o golo de Sérgio Oliveira, no único passe para finalização que realizou. E ganhou uma grande penalidade, para além de dois dos quatro duelos aéreos defensivos em que participou. Do lado negativo os cinco mais controlos de bola.
- Felipe 5.8 – O brasileiro fez o primeiro golo da partida, num belo e oportuno golpe de cabeça. Depois foi recuar e sacudir a pressão adversária, tendo por isso registado sete alívios, o máximo da partida.
- Marega 4.1 – O maliano fez o quinto golo na Liga dos Campeões, de grande penalidade, e esteve na origem do 3-1. Contudo, passou ao lado de quase todos os outros momentos do jogo, talvez por estar desamparado na frente. O avançado rematou apenas uma vez e tentou o drible em sete ocasiões, mas só numa teve sucesso.
- Alex Telles 5.7 – Dos seus pés saiu a assistência para o 1-0, num dos dois passes para finalização que realizou. O brasileiro teve ainda sucesso em dois de três cruzamentos, mas defensivamente o ponto positivo foi apenas os seis alívios que realizou.
- Maicon 6.6 – O central ex-FC Porto esteve em evidência nesta partida, em especial pelos aspectos defensivos, mas também contribuiu para o ataque. Ao todo somou dez recuperações de posse, 11 acções defensivas, das quais cinco foram desarmes, e na frente criou uma ocasião flagrante no único passe para finalização que fez.
Resumo
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