O FC Porto garantiu a liderança natalícia da Liga ao bater o Rio Ave por 2-1.
Os vilacondenses assustaram o Dragão no arranque da partida, mas os campeões nacionais operaram a reviravolta, sob o comando de Brahimi, perante um adversário personalizado que não acusou a partida de José Gomes rumo ao futebol inglês.
O Jogo explicado em Números
- Início animado no Dragão. Os “dragões” procuraram entrar forte nos primeiros minutos, com mais posse (65%) e dois remates, mas foram os vila-condenses os primeiros a abrir o activo, aos 12 minutos, num contra-ataque venenoso concluído por Vinicius, a castigar uma perda de posse “azul-e-branca” no meio do terreno.
- Passados quatro minutos, surge a resposta portista, com Brahimi a concluir um lance cuja perigosidade nasce de uma arrancada sua pela zona frontal da área do Rio Ave, com a bola a chegar como se quer ao argelino, vinda da cabeça de Tiquinho Soares. Estava feito o empate e confirmado o arranque de partida interessante.
- O argelino ia sendo aliás, nesta fase do jogo, o “dragão” mais endiabrado, não só pelo golo mas também pelos desequilíbrios que ia somando.
- Aos 26 minutos, os “dragões” deram forma à vontade e à eficácia: ao terceiro remate enquadrado, o segundo golo, desta feita por Marega, lançado por Maxi. Reviravolta rápida em tons de azul.
- Arranque de jogo muito interessante, de parte a parte, com os “dragões” a reagirem como se exige a um líder da prova, mas com o Rio Ave a apresentar um desempenho muito interessante, com 45% de posse, apenas menos um remate enquadrado e a mesma eficácia de passe dos portistas (82%).
- O argelino Brahimi cotava-se como o melhor em campo na primeira parte, com um rating de 6.5, marcando não só o primeiro golo portista como mostrando a sua habitual qualidade (e quantidade) no drible, com três execuções eficazes em quatro tentadas.
- O Porto regressou do balneário tudo menos adormecido, somando cinco remates nos primeiros 10 minutos da segunda metade, mas nenhum deles enquadrados. Por sua vez, o Rio Ave praticamente equilibrou a posse de bola (49%) no reatamento e quase chegou ao empate aos 60 minutos, não fosse um corte providencial de Alex Telles.
- Os homens de Augusto Gama tentavam reagir, mas a verdade é que o Porto reclamava, aos 75 minutos, a autoria de todos os remates (7) realizados na 2ª parte, nenhum deles enquadrado com os postes.
- Gerindo o andamento das operações, o Porto conseguiu não só garantir a vitória como fechar o jogo com mais disparados na 2ª parte (10) do que na primeira (8), perante um Rio Ave que nunca baixou os braços mas a quem faltou maior objectividade no último terço, mesmo tendo em conta os bons sinais que (mais uma vez) Carlos Vinícius deixou.
O Homem do Jogo
Quando aparece… faz a diferença. Brahimi fechou no topo com um rating de 7.5 assumindo-se como o principal catalizador do jogo ofensivo “azul-e-branco”, sobretudo na primeira parte.
Terminou com um golo em dois remates, dois passes para finalização (um deles para ocasião flagrante desperdiçada por Corona) e finalizou quatro dos seis dribles que realizou, desarmando ainda dois adversários.
Jogadores em foco
- Tiquinho Soares 6.6 – Pouco rematador (1), assistiu de cabeça o golo de Brahimi, acabando por se destacar num capítulo imprevisto: foi o jogador com mais desarmes realizados, quatro.
- Jesús Corona 6.4 – O mexicano podia ter rivalizado com Brahimi pelo MVP, caso tivesse aproveitado da melhor maneira a ocasião flagrante que o argelino lhe endossou. Ultrapassou-o, sim, no capítulo do drible, concluíndo seis das nove tentativas que realizou, o maior registo da tarde.
- Nélson Monte 6.0 – Foi o vilacondense em maior evidência, inteceptando oito bolas e aliviando outras sete, vencendo ainda três dos quatro duelos aéreos defensivos que travou. Sólido.
- Carlos Vinicius 5.9 – Começou o jogo assustando o Dragão, num jogo em que voltou a deixar sinais de que pode ser um avançado para outros voos. Terminou com três remates, dois deles enquadrados.
Resumo
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