FC Porto regressou aos triunfos na Liga, após o empate em Alvalade. Na deslocação ao terreno do Desportivo de Chaves, os “dragões” venceram por 4-1, numa partida em que dominaram por completo em todos os principais detalhes de jogo
A partida teve em Tiquinho Soares, autor de um “hat-trick”, uma das grandes figuras da partida. Mas não foi o único, pois o atacante foi “apenas” o homem que teve de concluir, com competência, o bom futebol colectivo dos portistas.
O Jogo explicado em Números
- Os primeiros 15 minutos foram algo incaracterísticos. Muita luta, equipas encaixadas, apesar do claro domínio territorial dos “azuis-e-brancos”, que atingiam nesta fase 70% de posse de bola e registavam três remates, porém, todos desenquadrados. O Chaves, por seu turno, somava um disparo, com boa direcção.
- O primeiro lance de verdadeira emoção surgiu apenas aos 23 minutos, altura em que Marega, de primeira, rematou colocado, para grande intervenção de António Filipe. Contudo, no minuto seguinte, o guardião nada pôde fazer. Canto da direita, Marega desviou ao primeiro poste e Soares, na pequena área, só teve de empurrar para o 1-0. Um tento ao quinto remate portista, segundo com boa direcção.
- A meia-hora chegou sem que os flavienses conseguissem verdadeiramente reagir à desvantagem. Os “dragões” mantinham um domínio intenso (71% de posse) e uma eficácia de passe de 88%, muito por culta do recuo sem pressão dos homens da casa, apenas a tentar anular os espaços entre linhas.
- A primeira ocasião do Chaves surgiu aos 38 minutos. Luther Singh trabalhou bem na esquerda e rematou de longe, de pé direito, para excelente defesa de Iker Casillas. Contudo, este foi apenas o quarto disparo dos da casa, segundo com boa direcção, numa altura em que o Porto somava já 16 cruzamentos de bola corrida, contra somente sete dos da casa.
- Essa superioridade dos visitantes viria, esta sim, a dar frutos novamente aos 42 minutos, mais uma vez com Marega a assistir, com um cruzamento rasteiro da direita, para conclusão oportuna de Soares na pequena área. Tudo fácil, ao nono remate portista, terceiro enquadrado.
- Vantagem justa do FC Porto ao descanso, mercê de uma exibição dominadora desde o primeiro minuto, com muita posse de bola, eficácia de passe elevada, remates, muitos cruzamentos (18) e controlo total de todos os detalhes de jogo.
- Os dois golos foram marcados por Tiquinho soares, mas o brasileiro não era o melhor em campo nesta fase. O MVP era Moussa Marega.
- O maliano não marcou, mas foram dele as duas assistências para os golos, pelo que registava um GoalPoint Rating de 6.4.
- Pouco ou nada mudou no arranque do segundo tempo. O Chaves surgiu com vontade de mudar a tendência do encontro, mas à passagem da hora de jogo os “dragões” já registavam 67% de posse de bola desde o descanso e o único remate desta fase inicial da etapa complementar.
- Não espantou, portanto, o 3-0, de novo apontado por Soares, que chegou assim ao “hat-trick”. Sem marcação, o brasileiro só teve de encostar, após uma assistência de primeira de Herrera na direita da grande área. Tudo fácil para os “dragões”, que ampliavam ao segundo remate do segundo tempo, 12º do jogo, quinto com boa direcção.
- Aos 70 minutos, o Chaves somava apenas uma acção com bola na grande área portista deste o intervalo, protagonizada por André Luís. Os três remates dos flavienses no segundo tempo, desenquadrados, aconteceram todos de fora da área, prova de que os problemas ofensivos dos da casa agravaram-se.
- Aos 74 minutos, contudo, o árbitro assinalou falta de Pepe sobre William na grande área e o respectivo penálti. Ao primeiro remate enquadrado dos flavienses no segundo tempo (à quarta tentativa), os da casa reduziram mesmo, por Bruno Gallo.
- Até final, no entanto, os portistas ainda aumentaram a vantagem. Fernando Andrade isolou-se, colocou a bola sobre o guardião António Filipe e, na tentativa de afastar a bola, Nuno André Coelho fez autogolo. Uma goleada portista assente num grande domínio e superioridade em todos os momentos de jogo.
O Homem do Jogo
O jogo teve muito para contar relativamente aos golos. Soares foi o homem encarregue de finalizar as jogadas, todas elas com facilidade, mas o homem do jogo foi outro. Moussa Marega foi um verdadeiro quebra-cabeças para a defesa do Chaves, pelo que registou o melhor GoalPoint Rating do jogo, um meritório 7.0. O maliano fez duas assistências, para os dois primeiros golos da partida, e terminou com três ocasiões flagrantes criadas em cinco passes para finalização, para além de dois duelos aéreos ganhos.
Jogadores em foco
- Tiquinho Soares 6.0 – Destaque também, como não podia deixar de ser, para Soares. O brasileiro foi decisivo, ao fazer um “hat-trick”, não arrecadando um rating mais elevado pelo facto de ter sido “somente” o homem que concluiu as jogadas, das tais que seria inesperado se não as aproveitasse com êxito (somou um expected goals de 2,6). Ainda assim, registou sete remates, enquadrando os três que deram golo, mas pouco mais mostrou – nem precisava.
- Óliver Torres 6.8 – O espanhol chegou a liderar os nossos ratings, devido a um conjunto de acções de grande qualidade. Não marcou ou assistiu, mas o que fez, fê-lo com qualidade, com destaque absoluto para os 12 passes longos eficazes em 18 tentativas. Para além disso, foi o segundo jogador com mais acções com bola (88) e ainda somou sete recuperações e quatro desarmes.
- Éder Militão 6.8 – Em dia de notícias que dão conta do avanço do Real Madrid para a sua contratação, o brasileiro voltou à posição que o notabilizou no Brasil, a de lateral-direito, e manteve a qualidade que patenteou até agora a central. Para além de seis passes longos em oito, completou três de quatro tentativas de drible, ganhou os quatro duelos aéreos defensivos em que participou e fez 12 acções defensivas, com destaque para cinco desarmes.
- Héctor Herrera 6.7 – Excelente a assistência, de primeira, do mexicano para o 3-0, mas o médio fez mais do que isso. Para além de dois passes para finalização, Herrera completou 92% dos passes que fez (sete longos em oito), foi o mais interventivo na partida, com 99 acções com bola, e registou dez acções defensivas, com destaque para três bloqueios de passe.
- Jefferson 6.3 – O médio foi o melhor do Chaves. Para além de dois remates (desenquadrados), o brasileiro fez um passe para finalização e somou 11 acções defensivas, com destaque para quatro intercepções.
Resumo
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