Benfica vs Galatasaray | Águia de gestão garante passagem

O Benfica carimbou a passagem aos oitavos-de-final da Liga Europa ao empatar a zero na recepção ao Galatasaray, aproveitando a vantagem de 2-1 trazida do encontro da primeira mão, em Istambul.

Os homens de Bruno Lage limitaram-se a controlar o ritmo da partida, nunca cometendo mais riscos do que os necessários, frente a um adversário que pouco ou nada fez para dar a volta à eliminatória.

O Jogo explicado em Números

  • Bom arranque das “águias”, que fizeram os únicos dois remates do primeiro quarto-de-hora, ambos desenquadrados com a baliza. A equipa “encarnada” acertou ainda 89% dos passes que fez durante este período, ficando, contudo, bastante atrás do adversário em termos de posse de bola (39%-61%).
  • Início de partida muito apagado por parte de João Félix, que nos primeiros 20 minutos somou apenas três acções com bola, um passe, duas faltas e zero duelos ganhos em dois disputados. Seferovic, por sua vez, também não vencera nenhum dos seis duelos em que estivera envolvido.
  • Volvidos 30 minutos desde o apito inicial, ainda não se registara nenhum disparo enquadrado e o Galatasaray continuava sem fazer qualquer remate. A posse de bola, essa, já se encontrava mais equilibrada (55%-45% ainda a favor dos turcos), mas o principal factor que diferenciava as duas equipas envolvia o aspecto físico. O Benfica vencera apenas 32% dos duelos disputados até então, com João Félix e Seferovic ainda a zero após 11 disputas.
  • O primeiro remate enquadrado do desafio surgiu só aos 42 minutos, por Pizzi, após passe de João Félix. O camisola 21 “encarnado” era um dos elementos em evidência na sua equipa, juntando aos seus três remates dois passes para finalização – o máximo de um só jogador no primeiro tempo.
  • Primeiro tempo com um ligeiro ascendente do Benfica, a equipa com mais remates e pontapés de canto e a única a conseguir alvejar a baliza contrária.
  • Ainda assim, destaque para a enorme presença imposta pelos turcos, que, para além de terem tido mais posse de bola durante toda esta parte, foram superiores em termos de disputas e só raramente necessitaram de recorrer a faltas.
  • Badou Ndiaye, médio do Galatasaray, liderava os GoalPoint Ratings ao intervalo, com 5.8, com quatro acções defensivas, uma falta sofrida e apenas um passe falhado em 18.
  • Logo atrás surgia Gedson Fernandes 5.7, com números muito idênticos: um passe falhado em 18, cinco acções defensivas e um drible eficaz.
  • Excelente início de segunda parte do Benfica, que dominou por completo a posse de bola (72%-28%) e demonstrou muito maior acerto no passe (81%-59% em termos de eficácia) nos primeiros 15 minutos. Para além disso, fez quatro remates, um deles à baliza, e teve três pontapés de canto. Aumentava a pressão junto da baliza de Muslera.
  • Pizzi chegou aos 65 minutos do desafio com quatro passes para finalização, tantos quanto a equipa inteira do Galatasaray. O internacional português também liderava a sua equipa em remates, três, e levava dois duelos ganhos em outros tantos disputados.
  • A dez minutos do fim, havia um jogador do Benfica em clara evidência. Tratava-se de Ferro, que levava cinco alívios, dois desarmes, apenas dois duelos aéreos perdidos em 11 e ainda um passe para finalização. O jovem central deixava, no entanto, muito a desejar no capítulo do passe, com apenas 43% de eficácia no meio-campo contrário.
  • Um enorme calafrio percorreu as bancadas da Luz aos 85 minutos, quando o Galatasaray colocou a bola no fundo da baliza – um lance que acabou por ser anulado por fora-de-jogo de Diagne. A formação turca acabaria a partida com apenas um remate à baliza de Vlachodimos – um registo muito curto para uma equipa que tinha a obrigação de vencer para passar à próxima fase.

O Homem do Jogo

Numa partida em que atacar nunca foi palavra de ordem, acabou por ser um médio de características mais defensivas a brilhar no relvado da Luz. Gedson Fernandes terminou o desafio com sete acções defensivas, a que somou oito recuperações de posse e 19 duelos disputados (dos quais venceu apenas sete).

Teve ainda um papel importante no ataque, com dois passes para finalização, outros tantos dribles eficazes e ainda uma falta sofrida em zona de perigo. Tudo somado, terminou o desafio com o título de homem do jogo nos GoalPoint Ratings, com nota 6.3.

Jogadores em foco

  • Pizzi 6.0 – Foi líder em número de remates, três (um deles à baliza), e de passes para finalização, quatro, criando uma ocasião flagrante. Sofreu três faltas e tentou por três vezes o cruzamento, todas elas sem sucesso.
  • Ferro 6.0 – Fez dois remates, desenquadrados, e um passe para finalização. Mas foi a defender que deu cartas, perdendo apenas um duelo aéreo defensivo em dez e somando dez acções defensivas, metade delas alívios.
  • João Félix 4.7 – Noite para esquecer do jovem atacante, que desperdiçou uma ocasião flagrante, fez 14 passes, nove deles com sucesso, consentiu dois dribles e não venceu nenhum dos oito duelos que disputou.
  • André Almeida 4.6 – Errou 13 passes, oito deles no seu próprio meio-campo, perdeu 25 vezes a posse, sofreu dois desarmes e controlou mal a bola em três situações. Pela positiva, venceu os cinco duelos aéreos defensivos em que esteve envolvido.
  • Feghouli 4.4 – O argelino teve a nota mais baixa da noite. Rematou apenas uma vez, de forma desenquadrada, não criou nenhuma ocasião de perigo, venceu apenas quatro duelos em 12 e consentiu dois dribles.

Resumo

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