Se a corrida continuar a três, McLaren ameaça deixar a Fórmula 1

McLaren MCL-33 / Stoffel Vandoorne

A McLaren, a segunda equipa mais antiga da Fórmula 1, ameaça desistir da modalidade caso os regulamentos elaborados para 2021 não a tornem numa competição justa.

A visão da Fórmula 1, a modalidade de automobilismo mais famosa do mundo, para 2021, está já a ser discutida pelos seus responsáveis: a Liberty Media e a FIA. As dez equipas reúnem-se esta terça-feira em Londres para debater o futuro da F1.

De acordo com a BBC, as medidas sugeridas passam por introduzir um limite de orçamento às equipas, a distribuição reestruturada de receitas e novas regulamentações de corrida, que “tornarão a Fórmula 1 mais competitiva“.

À mesma fonte, Andrew Benson, sugeriu que a Liberty Media quer evitar que a F1 seja uma corrida de três “cavalos”, na qual Mercedes, Ferrari e Red Bull têm “uma vantagem enorme em relação às outras equipas”.

A McLaren é a equipa que se mostra mais preocupada em inverter esta situação. A histórica equipa, fundada em 1963, pôs em questão a sua continuação na Fórmula 1. O chefe de equipa, Zak Brown, disse em declarações ao The Guardian, que a “McLaren pode ter de repensar o seu futuro na F1, caso não hajam mudanças“.

Brown afirmou ainda que para a McLaren “tem de ser financeiramente viável e competitivamente justo“, para que a equipa inglesa continuasse na Fórmula 1. Estas declarações põe pressão para que, nesta terça-feira, sejam discutidas na reunião medidas que possam contrariar esta corrente.

“Uma vez niveladas estas diferenças, será possível acelerar a competitividade de todos. A F1 teve períodos dominantes, mas uma grande F1 é que ninguém mais domina. Uma coisa é uma equipa a ganhar dois campeonatos seguidos, outra coisa são cinco ou seis”, acrescentou.

O chefe da McLaren afirmou apoiar amplamente a direção da Liberty, mas é o acordo para um novo arranjo comercial que é mais urgente e complicado. O acordo atual esgota-se no fim de 2020 e a assinatura de um novo contrato exigirá um consentimento quanto às reduções de gastos e à distribuição de receitas mais justa.

Em declarações à BBC, o diretor da Fórmula 1, Ross Brawn disse que “cada equipa tem um conjunto diferente de prioridades” e que estão a tentar “encontrar o caminho certo para obter a melhor solução“. Aquando do fim da reunião, novidades em relação à decisão das equipas e das entidades responsáveis deverão ser anunciadas.

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