Bruno de Carvalho, em entrevista à revista Playboy, abordou vários tópicos do seu passado, presente e futuro. O ex-presidente leonino falou sobre Jorge Jesus, Pinto da Costa e o seu maior lamento.
Depois de cinco anos na presidência do Sporting CP, Bruno de Carvalho fez algumas revelações sobre o seu tempo no emblema lisboeta. Em entrevista à edição portuguesa da revista Playboy, Bruno não teve papas na língua e falou sobre tudo e todos.
Durante o seu mandato nos “leões”, Jorge Jesus abandonou o clube, o que deixou Bruno de Carvalho irrequieto. Quando questionado sobre a possibilidade de ter uma conversa frontal com o treinador, o ex-presidente sportinguista respondeu com ironia.
“Eu sou católico e a coisa que mais gostaria na vida era de me sentar um dia num restaurante com Jesus. Todos nós alguma vez na vida sentimos que estamos na sua presença, sobretudo quando estamos mais aflitos. Portanto, não tinha problema nenhum de me sentar com Jesus“, disse, citado pelo jornal ABOLA.
Bruno de Carvalho diz não guardar rancor a Jorge Jesus e que quando eventualmente se cruzarem não haverá nenhum clima de animosidade. “Errei na decisão de o contratar, foi claro, tinha tudo para dar certo, fazia muita lógica“, admite.
Atualmente, Jorge Jesus tem convite para gerir uma academia de formação na Arábia Saudita, a Rozam Football Academy. Isto depois de ter rescindido precocemente o contrato que o ligava ao Al-Hilal — também da Arábia Saudita.
“Pinto da Costa foi quem mais me surpreendeu”
Quando questionado sobre quem o surpreendeu mais durante a sua passagem pelos “leões”, Bruno de Carvalho falou sobre os dois presidentes rivais: Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira. O primeiro pela positiva e o segundo pela negativa.
“Pinto da Costa acaba por ser a pessoa com quem tenho o meu primeiro embate, é com Pinto da Costa e o FC Porto, e que depois me surpreendeu pela positiva. Pela postura, pela forma como ele é em termos de anfitrião, surpreendeu-me muito, muito pela positiva”, revelou Bruno, citado pelo jornal OJOGO.
Quanto a Luís Filipe Vieira, Bruno de Carvalho garante que foi o presidente benfiquista quem mais o surpreendeu pela negativa. “Acho que alguém com tanta experiência não devia ter feito aquela proposta. Até hoje ainda me lembro dessa proposta, que é feita na garagem da Liga, de fazer uma aliança, umas vezes ganho eu e umas vezes ganhas tu, não estava à espera”, confessou.
O jogador que gostava de ter contratado? “Cristiano Ronaldo”
Bruno de Carvalho não pensou duas vezes antes de dizer que Cristiano Ronaldo é o seu maior lamento. O antigo presidente gostaria de ter trazido o internacional português para Alvalade. Apesar de ter sido expulso de sócio do Sporting CP, não deixa ter esperança que o craque um dia se junte ao clube, tal como destaca o jornal Record.
“Há uma coisa que eu digo: não tenho dúvida nenhuma que acabaria lá a carreira“, disse o antigo líder leonino. Cristiano Ronaldo, ao abordar este assunto no passado, nunca definiu uma data ou meta no fim da sua carreira — apesar de também não deixar de parte a hipótese de regressar ao clube que o formou.
Em sentido inverso, Bruno de Carvalho destacou também uma série de jogadores que se arrepende de ter contratado. “Houve tantos. O Douglas, o André, o Ciani”, enumerou. Quanto a Shikabala, um nome que não traz boas memórias aos adeptos leoninas, Bruno considera que “não foi de todo uma má jogada do Sporting“.
Isto porque “o clube subiu brutalmente em termos de redes sociais e passou a ser muito conhecido no Egito e depois porque fizemos dinheiro com ele, entre a compra e a venda”. Além destes nomes destacou ainda Markovic, Joel Campbell, Barcos e Ewerton.
Uma carreira na política?
“Apesar dos genes que tenho, não me vejo a fazer uma carreira na política“, atirou o luso-moçambicano. Importante recordar que Bruno de Carvalho é sobrinho-neto de José Pinheiro de Azevedo, antigo primeiro-ministro português.
Complementando a este facto, Bruno de Carvalho destaca que a sua infância foi passada na Assembleia da República, porque a sua mãe trabalhava lá.
Por enquanto, Bruno de Carvalho mostra-se satisfeito com a sua vida. “Neste momento estou naquilo que precisava, a dar acompanhamento a quem o retirei durante sete anos, a mim próprio, às minhas filhas e aos meus pais e sinto-me muito bem“, confessou.
Neste ano, o ex-presidente leonino tem estado no centro de várias polémicas. Em fevereiro, foi revelado que o Sporting pagou 1,7 milhões de euros a uma empresa do seu sogro e, no mês seguinte, foi acusado de pagar 330 mil euros por “jogadores fantasma”.
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