Braga vs Porto | Dragões em serviços mínimos garantem presença na final

O FC Porto qualificou-se hoje pela 30.ª vez para a final da Taça de Portugal de futebol, ao empatar 1-1 no terreno do Sporting de Braga, no jogo da segunda mão das meias-finais.

O FC Porto é o primeiro finalista da Taça de Portugal 2018/19. Na segunda-mão das meias-finais, e após um triunfo claro por 3-0 na primeira mão, no Estádio do Dragão, os “azuis-e-brancos” tiveram de lidar com a pressão do Sporting de Braga que, perante o seu público, chegou a estar em vantagem e criou situações para marcar mais golos.

Porém, e apesar de os “dragões” pouco terem atacado no segundo tempo, foi precisamente nesta fase do jogo que empataram a partida, terminando o encontro com uma igualdade 1-1 e com 4-1 no conjunto das duas mãos.

Esta quarta-feira, Sporting e Benfica decidem qual o outro finalista, num jogo que terá acompanhamento que só o GoalPoint lhe dá.

O Jogo explicado em Números

  • Arranque prometedor do Braga, que esteve perto de marcar logo aos três minutos, através de um remate de Wilson Eduardo na grande área que ainda raspou a barra da baliza portista. A pressão dos homens da casa era grande e Felipe fez autogolo aos 14 minutos, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo de Ricardo Horta.
  • O primeiro quarto-de-hora da partida mostrava uma formação minhota a dominar ligeiramente em termos de posse de bola (54%) e com superioridade no passe – 71% de eficácia contra pobres 58% dos “dragões” -, mas o Porto conseguia ter mais um remate (3), com ambos os ataques a registarem um enquadrado.
  • A meia-hora chegou com um jogo mais equilibrado e os portistas a controlarem as operações. Nesta fase, Jesús Corona destacava-se já com três passes para finalização, ou seja, o mexicano criara todas as situações de remate dos visitantes até esta fase.
  • Contudo, nos últimos cinco minutos do primeiro tempo, o Braga voltou a agarrar no jogo, com lances em profundidade pelos flancos a causarem calafrios à defesa portista, e aos 41 minutos, o golo surgiu mesmo.
  • Paulinho fugiu pela esquerda, sem marcação, e à saída de Fabiano, colocou a bola por cima do guardião brasileiro. Um golo ao sétimo remate “arsenalista”, segundo enquadrado.
  • Vantagem minhota na primeira parte, reflexo de uma superioridade que a espaços foi clara, apesar de os “dragões” terem controlado as operações durante grande parte do tempo.
  • Ainda assim, os homens da casa marcaram, por Paulinho, e foram superiores estatisticamente em quase todos os principais momentos do encontro, com especial destaque para os remates.
  • O melhor ao intervalo era o lateral-direito bracarense, Marcelo Goiano, com um GoalPoint Rating de 6.0, ele que somou quatro desarmes e dois bloqueios de passe, sendo o principal travão ao ataque visitante.
  • O Braga voltou a entrar bem e Maxi Pereira negou a Murilo Souza o 2-0, num corte providencial quando Fabiano já não se encontrava na baliza. Aliás, no primeiro quarto-de-hora da etapa complementar apenas os minhotos remataram, e por cinco vezes, três delas de forma enquadrada, enquanto os “azuis-e-brancos” não registavam qualquer acção com bola na área de Marafona.
  • Adivinhava-se o segundo tento dos homens da casa.
  • Apesar do equilíbrio quase total em termos de posse de bola, só o Braga conseguia atacar, chegando o jogo aos 70 minutos sem qualquer remate do Porto no segundo tempo.
  • O trabalho de João Palhinha estava a ser fundamental para esse facto, com o médio-defensivo a registar um rating de 6.9, fruto de 8 duelos aéreos ganhos em… 8, nove recuperações de posse e três desarmes. E ainda três remates, dois enquadrados.
  • Só que, aos 74 minutos, o Porto decidiu a eliminatória. Canto da esquerda apontado por Corona e Danilo Pereira, mais alto que todos, cabeceou para o empate, ao primeiro remate portista no segundo tempo.
  • O Braga sentiu que pouco ou nada havia a fazer quanto ao apuramento, pelo que o jogo arrastou-se até final, embora os homens da casa tenham continuado a atacar. Porém, sem a clarividência e a motivação anteriores.

O Homem do Jogo

O FC Porto fez um remate apenas na segunda parte, apesar de ter tentado sempre chegar perto da baliza bracarense. A organização defensiva dos homens da casa estava a funcionar em pleno, com destaque para um dos elementos mais recuados do meio-campo. João Palhinha foi o MVP desta segunda-mão, com um GoalPoint Rating de 6.9.

O jogador, emprestado pelo Sporting, foi o mais rematador deste embate, com quatro disparos, dois deles enquadrados, mas foi a destruir o jogo contrário que esteve em destaque, com oito duelos aéreos defensivos ganhos em nove, 13 recuperações de posse e quatro desarmes. E ainda mostrou destreza no drible, com dois completos em quatro tentativas.

Jogadores em foco

  • Danilo Pereira 6.3 – O médio-defensivo contrário foi também ele o melhor da sua equipa. Danilo fez o golo que fechou em definitivo as contas da eliminatória, no único remate que fez, recuperou seis vezes a posse de bola e somou quatro acções defensivas, uma delas um corte decisivo.
  • Nuno Sequeira 6.3 – Tal como tinha feito no embate anterior entre as duas equipas para o campeonato, o lateral-esquerdo voltou a estar em bom plano. Esta terça-feira arrancou quatro cruzamentos (nenhum eficaz), e na retaguarda atingiu o máximo de desarmes e intercepções no jogo (cinco cada).
  • Wilson Eduardo 6.2 – A cair muito ao lado direito do ataque, Wilson acertou na barra logo aos três minutos, deixando os “dragões” em sentido. O atacante foi sempre dos mais perigosos, com um registo final de três remates – embora nenhum enquadrado -, quatro passes para finalização e cinco cruzamentos.
  • Paulinho 6.1 – Com Dyego Sousa no banco, Paulinho foi o ponta-de-lança de serviço e não deslustrou. Para além do golo que marcou – num belo toque na bola a colocá-la por cima de Fabiano -, o avançado português fez três passes para finalização, todos de bola corrida.
  • Fabiano 5.9 – O guarda-redes brasileiro demorou a tranquilizar-se na baliza, mas acabou por ser fundamental para o empate. Ao todo registou quatro defesas, algumas de grau elevado de dificuldade, três a remates na sua grande área.

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